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(Orelha do Livro)
DA ARTE DE FAZER CONTOS
O que mais se pode esperar de um bom livro de contos, além de nos inquietar com seus temas e linguagens, de nos deixar com cem pulgas atrás das orelhas após cada boa história, de nos deixar sempre a procurar rastros não tão óbvios por trás da aparente inocência de suas veredas e frases?
O que mais se pode querer de um bom escritor, além de um profundo conhecimento do mundo, de um competente domínio das mil situações comuns e imprevistas das diversas personagens entre elas e (ou) em suas eternas cismas consigo mesmas?
Neste pequeno grande livro de Carlos Gildemar Pontes, vemos tudo isto e muito mais: o autor, com maestria, brinca com o leitor em sutis jogos de referência a outras obras literária, se diverte com uma linguagem não tão óbvia, esnoba os temas com brincadeiras e falsas pistas; em suma, domina seu ofício de escritor como poucos.
Da Arte de Fazer Aeroplanos segue a trilha vitoriosa de Miragem no Espelho, do qual resgata três contos ligeiramente modificados, mas não se repete em temáticas e estilos, apenas (e principalmente) na inquietude com que salta de um conto lírico para outro trágico, de uma história mais desenvolvida para um miniconto, de um relato realista para uma parábola fantástica. Sempre com muita ironia e competência lingüística.
Com este belíssimo livro, o autor consolida seu nome como um dos melhores contistas de sua geração em nosso Estado do Ceará, o que não é pouco, visto a tradição do gênero entre nós, que já produziu nomes como Gustavo Barroso, Herman Lima, Oliveira Paiva, Moreira Campos, Caio Porfírio Carneiro, Juarez Barroso, Nilto Maciel e muitos outros excelentes cultuadores da história curta.
Pedro Salgueiro
(Contracapa)
Gildemar cultiva os mais variados temas, além de se mover com desembaraço pelo fantástico, pelo humorístico, pelo poético e pelo realismo mais brutal. No breve “O homem que botava ovo” o fantástico se desencadeia desde o título e vai até o final nesse ritmo. A metáfora aparece em “Da arte de (des)fazer 500 anos”. Em “Meus dias de ostra” se vê o amor, a vida, a doença, a decadência física do narrador. Um dos mais soberbos momentos do livro é, sem dúvida, “Diário de um cego”. Narração sem sobressaltos, sem grandes arrufos, porém afastado da linearidade comum a muitos escritores. O final inesperado e poético é digno dos melhores cultores de composições ficcionais. Também o desfecho de “Da arte de fazer aeroplanos” faz balançar os corações mais sadios.
Nilto Maciel
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