An edition of Virá e Não Tardará (2015)

Virá e Não Tardará

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Last edited by Silvio Dutra
September 2, 2016 | History
An edition of Virá e Não Tardará (2015)

Virá e Não Tardará

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Neste livro apresentamos evidências e implicações relativas à segunda vinda de Jesus.
Por que podemos crer que Ele voltará?
Desde que Jesus fez a promessa de que voltaria são passados cerca de dois mil anos. E como podemos ter esperança e crer no cumprimento desta promessa, depois de tanto tempo?
Em primeiro lugar, deve ser dito que esta esperança é infundida no coração dos que nEle creem pelo Espírito Santo, mas Deus não nos deixou sem evidências históricas para entendermos os motivos desta aparente demora.
Não podemos esquecer que houve também promessas feitas por Deus para a primeira vinda de Jesus para ser o Salvador e Redentor da humanidade, quando Ele morreu na cruz carregando sobre Si mesmo os nossos pecados.
Esta promessa de um Redentor foi feita ao primeiro casal, logo depois de ter sido enganado pelo diabo, ficando a sua descendência (toda a humanidade) sujeitada à morte espiritual e eterna.
A promessa de um Redentor foi feita a Adão e Eva, mas o início da formação de um povo exclusivo de Deus seria iniciado somente cerca de dois mil anos depois da promessa, e há uma razão para esta aparente demora.
Sabemos que a humanidade se corrompeu de tal forma, que não restou a Deus senão a alternativa de destruir toda a carne com as águas do dilúvio, com exceção de Noé e sua família (oito pessoas).
Foi com estes que foi reiniciado o repovoamento da Terra, com a crença no único Deus verdadeiro.
Todavia, sabemos que muitos destes também viriam a se corromper; assim, Deus os espalhou pelo mundo pela confusão de línguas que lhes trouxe em Babel, e então começaram a ser formados os povos e nações.
Em sua grande maioria se tornaram politeístas e idólatras, com raras exceções, como Salém, do rei e sacerdote Melquisedeque.
Mas, não foi nestes poucos que permaneceram fiéis que Deus foi buscar alguém para formar a nação de Israel a partir dele, pois Abraão era de uma nação idólatra – ele vivia na cidade de Ur dos caldeus.
Assim, temos cerca de dois mil anos contados desde a promessa que fora feita a Adão - de que da sua descendência viria Aquele que esmagaria a cabeça da Serpente, Satanás, o diabo, ou seja, que destruiria suas obras, governo e liderança usurpadora sobre os pecadores – até a chamada de Abraão por Deus.
E a Abraão foi feita a promessa e aliança de dar ao povo que seria formado a partir dele, o Messias, o Salvador, o Redentor da humanidade.

Publish Date
Publisher
Silvio Dutra
Language
Portuguese
Pages
329

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Edition Availability
Cover of: Virá e Não Tardará
Virá e Não Tardará
2015, Silvio Dutra
Paperback in Portuguese

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Book Details


Table of Contents

Virá
e
Não Tardará
Silvio Dutra
DEZ/2015
2
Sumário
Virá e Não Tardará
4
ZWI – Uma Revelação
10
O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada
17
O Cavalo Preto do Apocalipse
22
Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens
25
Profecia de Daniel Sobre o Tempo do Fim (Cap11 e 12)
29
O Palco Já Está Armado
66
Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade
70
Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará
72
Paz em Todas as Circunstâncias
75
Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus
77
O “deus” da Nova Ordem Mundial
81
Mega Templos e Mega Igrejas
85
A Sempre Presente Necessidade de Reforma
90
A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável
98
O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado
105
Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia
107
Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação
118
Não Tomar o Todo Pela Parte
124
Escatologia
127
Adultério Espiritual
235
Para Subir Com Cristo
239
3
Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará?
244
Nicolaítas Modernos
254
A Volta do Senhor - Zacarias 14
260
A Origem das Manifestações Mundiais
274
O Grande Conflito Final
283
O Arrebatamento
288
A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo
293
Guardando-se Incontaminado de Babilônia
296
A História se Repete em Maior Dimensão
299
A Grande Ceifa da Iniquidade
304
Comerciantes de Almas
307
Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31
313
4
Virá e Não Tardará
Muitos em Israel se perderam nos dias de Jesus e dos apóstolos, porque desconfiavam que não era ainda o tempo do cumprimento da profecia, da mensagem bíblica da promessa do envio do Messias e do Espírito Santo, para converter o coração dos israelitas e de muitas pessoas no mundo inteiro para Deus.
Eles ficavam desconfiados olhando o rio de água viva do Espírito Santo passando diante de seus olhos, nas obras que estavam sendo operadas por Deus em Sua presença e pensavam: “já se passaram séculos desde as promessas, e até agora nada de Messias e de Espírito Santo... é melhor esperar um pouco mais.”
E assim, morreram nesta condição de incredulidade em seus pecados, com a Fonte de água da vida eterna que nos purifica dos nossos pecados, bem ao alcance de suas mãos.
5
O mesmo sucede hoje com a Igreja do Senhor. Muitos estão aguardando ainda o cumprimento do primeiro sinal para o retorno do Senhor, que é a profetizada apostasia da Igreja exatamente no tempo do fim. Esta apostasia já ocorreu em todo o mundo, desde meados do século passado (XX), e muitos ainda não aceitaram ou não conseguiram enxergar isto.
Estão esperando por este primeiro sinal, enquanto vivem suas vidas de modo não inteiramente santo, que comprova que são também participantes desta realidade já ocorrida.
Possa o Senhor nos despertar do sono em que nos encontramos. Que a Igreja atenda ao Seu rogo amoroso para o arrependimento e santidade, antes que seja tarde demais.
Ele está fazendo isto, pela boca e ministério de muitas pessoas em todo o mundo, através de sonhos e revelações que lhes tem dado, de que o tempo acabou e importa despertar do sono e ter azeite em nossas lâmpadas, para que sejamos achados na luz e não em
6
trevas, quando da Sua vinda para nos arrebatar entre nuvens.
Antes de trazer juízos sobre Sodoma e Gomorra, Deus mandou alertar a família de Ló, mas seus genros não creram que viria fogo do céu e gracejaram com ele; não se dispuseram a sair daquelas cidades, o que significava não estar disposto a deixar as práticas pecaminosas do mundo, e assim foram apanhados pelo juízo do Senhor, quando poderiam ter sido salvos, se atendessem ao aviso que lhes fora dado.
Noé também advertiu do mesmo modo as pessoas em seus dias, mas eles não somente não creram no dilúvio que viria como não se dispuseram a emendar suas vidas, abandonar o pecado, e voltarem para Deus.
Todos haviam vivido muito tempo confortavelmente na Terra, de maneira que lhes era difícil crer na chegada de um juízo destruidor da parte de Deus.
De igual modo sucede com a grande maioria em nossos dias. Já se passaram 20 séculos desde que Jesus aqui
7
estivera, e por que haveríamos de crer que Ele virá nesta hora conforme tem alertado a tantos?
Todavia Ele cumprirá o que prometeu em breve, muito breve.
2Pe 3:3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
2Pe 3:4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
2Pe 3:5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,
2Pe 3:6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.
2Pe 3:7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo,
8
estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.
2Pe 3:8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.
2Pe 3:9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
9
2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,
Ele virá agora, porque o tem revelado a muitos, em todas as partes do mundo; basta ver as publicações que têm sido feitas na Internet, de 2012 para cá, e como têm crescido em número, falando a mesma mensagem do arrebatamento que ocorrerá em nossos dias. A nós mesmos foi feita uma destas revelações por meio de visão espiritual, em Fev/2014, que descreveremos adiante.
10
ZWI – Uma Revelação
Fomos impulsionados à reaplicação em nossos estudos e publicações relativas à interpretação das circunstâncias que conduzirão ao arrebatamento da Igreja, e à segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, que estão sendo presentemente antecedidas, conforme profetizado na Bíblia, pela grande apostasia dos valores judaicos cristãos, e ao clímax dos eventos que brevemente manifestarão o governo mundial do Anticristo.
A citada reaplicação foi estimulada por uma visão que nos foi dada pelo Senhor das três letras de nosso título, em formato grande e negro – ZWI.
Pesquisando na Internet, a única referência que fazia sentido e correspondia à visão era o nome de “Sabatai-Zwi”, que em 1666 se proclamou o Messias aguardado por Israel, e cujos ensinos se baseavam não no judaísmo com base bíblica, mas no judaísmo baseado na Cabala e no esforço sionista de Israel produzir o seu próprio
11
Messias. É importante frisar que foi a partir de então, que recrudesceu o modo de vida judaico secular que representa atualmente, mais da metade da população de Israel, por terem se afastado do modo de vida baseado nos mandamentos da Bíblia.
É interessante o cruzamento de todo o esforço que vem sendo realizado desde então, com as condições presentes, para a implantação da chamada Nova Ordem Mundial.
Os princípios promulgados por Zwi foram implantados por um dos seus seguidores, Jacob Frank, que formou uma ordem secreta dentro de outra sociedade secreta – a maçonaria, com o fim de trabalhar a destruição dos valores judaico-cristãos bíblicos, para o estabelecimento de um governo mundial que seria firmado com base nos princípios do sabataísmo (não confundir com sabatismo, como, por exemplo, dos Adventistas do Sétimo Dia).
Este foi o fator principal propulsor da Revolução Francesa em 1789-1799, uma vez que o
12
sabatismo/frankismo já havia se infiltrado na maçonaria, em todas as partes do mundo, não somente no Ocidente, como também no Oriente.
Pressupomos que a visão que nos foi dada pelo Senhor é para que nos acautelemos dos falsos cristos que estão se apresentando já neste momento, como os salvadores deste mundo em caos, e que culminará com a manifestação do principal e chefe deles que será o Anticristo.
As condições para o cumprimento das profecias do Apocalipse estão plenamente amadurecidas em nossos dias, e não antes; pois hoje há tecnologia suficiente para garantir a implantação de um chip contendo a inscrição 666, em todas as pessoas do mundo, com o fim de serem controladas e realizarem toda sua movimentação financeira exclusivamente através do citado chip, que já há algum tempo vem sendo produzido à taxa de um bilhão de unidades por ano.
Lembremos que em 1 de Maio de 1776, Adam Weishapt fundou a Ordem dos Perfeitos, ou Illuminatis.
13
Weishaupt estrategicamente se tornou global e infiltrado com os agentes franquistas entre os ritos das lojas maçônicas britânicas e escocesas. Os ritos iniciáticos até o trigésimo terceiro grau da maçonaria foram alterados. A mensagem messiânica contrária à Lei de Deus bíblica do judaísmo havia sido então, incutida em todas as nações que compunham o império britânico em todo mundo por meio de suas lojas maçônicas.
A influência destes ritos maçônicos se tornou global, junto às trilhas do imperialismo britânico. Eles são praticados hoje na Europa, América do Norte e do Sul, Ásia, África, Austrália e Nova Zelândia.
Esta mesma heresia de Zwi se tornou o núcleo da sociedade "Skull and Bones” de Yale, da qual fazem parte muitos presidentes e políticos americanos, e sua marca gigante na CIA e no império financeiro global da América.
O Shabbetaísmo Messiânico de Zwi é visto hoje naqueles que controlam as relações internacionais da
14
América, no Departamento de Estado e na Presidência dos Estados Unidos.
Com a "Guerra ao Terror", a unidade da América para trazer a democracia com liberdade e prosperidade está se tornando o motor dinâmico, que vai transformar este mundo rapidamente sob o manto de um governo universal.
Foi dos lombos dos llluminatis e sabataístas (seguidores de Zwi), que os judeus, Karl Marx e Friedrich Engel estabeleceram as raízes do comunismo. A partir dos lombos dos Rothschild franquistas sabataístas, John Jowe Astor e Jacob Schiff foram para a América, e contaram com o apoio dos barões usurpadores da América - Rockefeller e JP Morgan, e estabeleceram as raízes do globalismo, no Conselho de Relações Exteriores (CFR). O objetivo do CFR é o de derrubar a Constituição americana, e mudar a diplomacia do país para os interesses da globalização internacional.
Temos assim, um só e único movimento em todo o mundo para a formação do futuro e próximo governo
15
mundial, sob as diferentes capas de capitalismo, comunismo, socialismo etc, que migrarão para um modelo fascista, com o controle total da elite mundial das finanças, dos meios de produção e da força de trabalho.
Este único movimento a que nos referimos tem seu início marcado, não propriamente no fundador dos illuminatis (Adam Weishaupt), senão em Sabatai-Zwi, que formulou os princípios para a criação do governo do Anticristo.
Não é para se admirar, que o ensino de Zwi tenha angariado tantos admiradores para sua exposição da Cabala – A cantora Madona é uma dessas pessoas – pois Zwi afirmou que a vinda da era messiânica significava que os mandamentos bíblicos não eram obrigatórios, e que Deus agora permitia tudo.
Esta é a oração deles: "Louvado seja aquele que permite o que é proibido"
16
Uma vez que todas as coisas seriam permitidas na era do messias, Zwi declarou que muitas das antigas restrições morais da Torá não eram mais aplicáveis. Ele aboliu as leis sobre relações sexuais; e finalmente declarou, que todos os trinta e seis grandes pecados bíblicos eram agora permitidos, como também instruiu alguns de seus seguidores, que era seu dever praticar tais pecados, a fim de apressar a Redenção.
Esta é a religião do Anticristo, que tem sido abraçada pelo mundo desde os dias de Zwi.
Ele é o ponto de partida para as blasfêmias, perseguições e críticas aos mandamentos de Deus que são características da profecia relativa ao Anticristo. O berço já foi preparado para recebê-lo.
Vigiemos e oremos, e nos exortemos à pratica do amor cristão e às boas obras; isto porque o tempo da volta do Senhor está às portas.
17
O Grande Risco em Escolher uma Porta Errada
A salvação da alma, como tudo o mais em nossa vida, possui também a sua porta de entrada.
Esta porta é única, eterna e insubstituível.
Corremos, portanto um sério risco em nos dar por satisfeitos com alguma porta religiosa, filosófica, ou qualquer outra que tenhamos escolhido como porta para a nossa salvação; e no fim da nossa vida, quando esta for aberta, não nos conduzir para o céu, para o nirvana, ou para outras condições agradáveis em relação ao destino eterno do nosso espírito, uma vez que este tiver deixado o nosso corpo pela morte.
Ora, é bem patente que se fosse deixado por Deus, que por nossa própria escolha viéssemos a adotar o modo de vida ou pensamento que nos conduzirá ao céu, é bem certo que todos nós nos perderíamos, porque, afinal, Deus é espírito invisível, e Seus caminhos não são os
18
nossos caminhos, nem os Seus pensamentos os nossos pensamentos.
Se no próprio mundo físico em que vivemos e apalpamos pelo tato, e vemos com nossos olhos, muitas coisas permanecem encobertas ao nosso conhecimento e entendimento, quanto mais isto não é verdadeiro de modo absoluto, quanto ao que se refere ao mundo espiritual, celestial e invisível.
Por isso, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia para conosco, não nos deixou sem a Sua ajuda e direção para nos levar à porta que se abre para o cominho da salvação, do céu, da vida eterna.
Ele não somente nos Deus o Senhor Jesus Cristo para morrer em nosso lugar, pagando o preço exigido pela Sua justiça quanto aos nossos pecados, como também nos atrai para Ele, revelando a Sua pessoa divina, para que pelo poder da Sua graça possa, não somente desvendar nossos olhos para o mundo espiritual verdadeiramente santo e celestial, como também operar a transformação de nossa vida, segundo o
19
caráter e virtudes que foram por Ele descritas na Sua Palavra, que nos foi revelada para confirmar Seu propósito eterno relativo ao modo da nossa salvação.
Assim, as Escrituras não contêm apenas mandamentos de Deus, mas também descrevem as características que passam a existir na vida dos que são salvos, pela Sua graça mediante o arrependimento e fé em Jesus.
Elas, portanto confirmam se estamos ou não entrando pela única porta e caminho que conduz à salvação, a saber, a pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo, que passa a viver em nós em espírito.
É, sobretudo neste sentido que Jesus afirma, que não fomos nós que O escolhemos, mas Ele que nos escolheu. Não meramente num sentido eletivo, mas revelador, diretivo, instrutivo, operativo, porque se não fosse pelo Seu trabalho de nos trazer para a porta e caminho da salvação, jamais conheceríamos aquela vida espiritual, celestial e divina, que é comum a todos que dela têm participado pela fé nEle.
20
Então, não é pela escolha que faço de uma determinada filosofia de vida ou religião, que posso estar seguro de ir para o céu, ou de estar vivendo do modo que seja agradável a Deus.
Não nos foi dado por Deus escolher o modo de vida que me conduzirá à Sua presença, em espírito, pois este caminho já foi estabelecido por Ele desde antes da fundação do mundo, e não há outros caminhos que possam conduzir ao mesmo objetivo.
Posso orar, louvar, ler a Bíblia, ser caridoso, frequentar os cultos de uma igreja, e ainda assim estar fora do caminho, porque posso fazer tudo isto, sem ter tido um encontro pessoal com Cristo, e por conseguinte, não ter sido regenerado e santificado pelo Espírito Santo, que é quem testifica com o nosso espírito que fomos tornados filhos de Deus pela nossa comunhão com Jesus Cristo.
João 15:16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;
21
a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
22
O Cavalo Preto do Apocalipse
Juntamente com os três outros poderes causadores de ruína à Terra, representados nos cavalos branco, vermelho e amarelo; este cavalo (o cavalo preto) tem o significado espiritual de que Deus tem permitido agora, em nossos dias, mais precisamente a partir do ano de 2008, que a economia mundial esteja em crise permanente, conforme era o antigo desejo de Satanás e dos grandes agentes financeiros que controlam a economia em todo o globo, permissão esta que não lhes fora concedida anteriormente, de produzir tal dano de cunho internacional, por um período de tempo continuado e tão extenso.
Há uma inquietação desde que partiu a ordem no céu – “VEM” para a liberação do Cavalo Preto, indicando que havia chegado a hora de produzir a condição que traria inquietação e grande prejuízo às massas(“uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário” – Apo 6.6a), pela ação daqueles que se aproveitariam desta crise produzida por eles próprios
23
para o aumento e a manutenção de sua imensa riqueza no regime fascista da Nova Ordem Mundial (“não danifiques o azeite e o vinho.” – Apo 6.6b).
Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
Foi dada por Deus em 19 de agosto de 2008, a visão do ser vivente e do cavalo preto com seu cavaleiro com a balança na mão, ao Dr David Owuor, e como estava destinado a produzir uma crise econômica global.
E poucos após ter tido a visão, foi anunciada em 15 de setembro de 2008 a quebra de uma das maiores instituições bancárias de investimento global chamada Lehman Brothers.
24
A anunciada falência da Lehman Brothers provocou um efeito cascata sobre os mercados de crédito em todo o mundo.
A farra financeira de Wall Street com o seu sistema de pirâmide veio ao conhecimento do público, e aplicações financeiras estavam virando fumaça da noite para o dia, trazendo enormes prejuízos inclusive a países como a China que detém mais de um trilhão de dólares da dívida externa dos EUA.
O dólar está sendo desvalorizado e há uma desconfiança geral quanto à capacidade americana para contornar a crise.
25
Quando o Meu Propósito é o Propósito que me Foi Imposto Por Homens
Arthur Tappan Pierson, na parte final do século XIX foi convidado do por Charles Haddon Spurgeon para estar à frente dos trabalhos do Tabernáculo Metropolitano, no período em que a enfermidade que o levaria à morte, havia se agravado.
A pedido da própria congregação, ele foi convidado a assumir o pastorado da Igreja que Spurgeon havia conduzido por tantos anos.
Pierson havia escrito muitas obras, e era profícuo em tudo o que fazia, especialmente em sua dedicação à obra missionária, que viria a inspirar muitos outros depois dele neste trabalho na virada do século.
Profundamente inspirado por Spurgeon dedicou a ele o livro que escreveu, intitulado Life-Power, no qual enfoca a importância de ter propósitos definidos para a nossa vida. E, na dedicatória que fizera destacou o próprio
26
Spurgeon como um exemplo vivo, que havia encarnado todas as coisas que escrevera em seu livro, referentes ao poder de um propósito definidor da vida, a inspiração de ideais, sobretudo na moldagem do caráter e da conduta.
Nós vemos atualmente, este material de Pierson sendo usado de maneira desviada do propósito original com o qual escrevera sua obra, cuja releitura parcial tem servido para incentivar a obra de missões mundiais, de modo afastado daquela integridade de caráter bíblico que havia no autor.
Ora, isto se torna não somente danoso para o verdadeiro crescimento do cristão em santificação, como o expõe ao perigo de definir como sendo o seu propósito de vida, aquilo que outros têm definido para ele, sob a alegada condição afirmada, de serem os seus únicos e genuínos guias e mentores.
Quanto isto nos afasta daquela liberdade que temos em Cristo, e que deveríamos preservar para o bem de nossa própria alma e de todos aqueles que se miram em nosso exemplo!
27
Este evangelho com cheiro de “tecnelho”, ou seja, uma mistura de técnica com evangelho, e ainda por cima, não com o evangelho em toda a sua integridade, mas um evangelho parcial, que esconde o significado do verdadeiro arrependimento, do trabalho da cruz na mortificação do eu, no despojamento das obras da carne, e do revestimento do fruto do Espírito Santo furta toda aquela atmosfera de liberdade santa e agradável à alma, que tendo vencido o pecado, tem no Espírito, quando andamos na verdade por instrução e direção do mesmo Espírito, e não pela vontade, planos e metodologias dos homens.
Todos os membros da Igreja com suas funções e ministérios ficam amarrados pelos líderes nicolaítas, cuja obra Jesus odeia, porque impede a Igreja de ser de fato, a Sua Igreja, dirigida por Ele, o Supremo Pastor, e pelo Espírito, segundo a vontade de Deus Pai.
Que Deus tenha misericórdia de nós, para que os propósitos que estabeleçamos sejam de fato provenientes do céu para nós, e não da terra, de homens
28
carnais, que não entendem as coisas que são de Deus, senão somente as que são dos homens.
29
Profecia de Daniel Sobre o Tempo do Fim (Cap11 e 12)
Daniel 11
“1 Mas eu, no primeiro ano de Dario, o medo, me levantei para o fortalecer e animar.
2 Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia.
3 Depois, se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver.
4 Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora de seus descendentes.
30
5 O rei do Sul será forte, como também um de seus príncipes; este será mais forte do que ele, e reinará, e será grande o seu domínio.
6 Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro; a filha do rei do Sul casará com o rei do Norte, para estabelecer a concórdia; ela, porém, não conservará a força do seu braço, e ele não permanecerá, nem o seu braço, porque ela será entregue, e bem assim os que a trouxeram, e seu pai, e o que a tomou por sua naqueles tempos.
7 Mas, de um renovo da linhagem dela, um se levantará em seu lugar, e avançará contra o exército do rei do Norte, e entrará na sua fortaleza, e agirá contra eles, e prevalecerá.
8 Também aos seus deuses com a multidão das suas imagens fundidas, com os seus objetos preciosos de prata e ouro levará como despojo para o Egito; por alguns anos, ele deixará em paz o rei do Norte.
31
9 Mas, depois, este avançará contra o reino do rei do Sul e tornará para a sua terra.
10 Os seus filhos farão guerra e reunirão numerosas forças; um deles virá apressadamente, arrasará tudo e passará adiante; e, voltando à guerra, a levará até à fortaleza do rei do Sul.
11 Então, este se exasperará, sairá e pelejará contra ele, contra o rei do Norte; este porá em campo grande multidão, mas a sua multidão será entregue nas mãos daquele.
12 A multidão será levada, e o coração dele se exaltará; ele derribará miríades, porém não prevalecerá.
13 Porque o rei do Norte tornará, e porá em campo multidão maior do que a primeira, e, ao cabo de tempos, isto é, de anos, virá à pressa com grande exército e abundantes provisões.
14 Naqueles tempos, se levantarão muitos contra o rei do Sul; também os dados à violência dentre o teu povo se levantarão para cumprirem a profecia, mas cairão.
32
15 O rei do Norte virá, levantará baluartes e tomará cidades fortificadas; os braços do Sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir.
16 O que, pois, vier contra ele fará o que bem quiser, e ninguém poderá resistir a ele; estará na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos.
17 Resolverá vir com a força de todo o seu reino, e entrará em acordo com ele, e lhe dará uma jovem em casamento, para destruir o seu reino; isto, porém, não vingará, nem será para a sua vantagem.
18 Depois, se voltará para as terras do mar e tomará muitas; mas um príncipe fará cessar-lhe o opróbrio e ainda fará recair este opróbrio sobre aquele.
19 Então, voltará para as fortalezas da sua própria terra; mas tropeçará, e cairá, e não será achado.
20 Levantar-se-á, depois, em lugar dele, um que fará passar um exator pela terra mais gloriosa do seu reino;
33
mas, em poucos dias, será destruído, e isto sem ira nem batalha.
21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino, com intrigas.
22 As forças inundantes serão arrasadas de diante dele; serão quebrantadas, como também o príncipe da aliança.
23 Apesar da aliança com ele, usará de engano; subirá e se tornará forte com pouca gente.
24 Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais: repartirá entre eles a presa, os despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo.
25 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul, à frente de grande exército; o rei do Sul sairá à batalha com grande e mui poderoso exército, mas não prevalecerá, porque maquinarão projetos contra ele.
34
26 Os que comerem os seus manjares o destruirão, e o exército dele será arrasado, e muitos cairão traspassados.
27 Também estes dois reis se empenharão em fazer o mal e a uma só mesa falarão mentiras; porém isso não prosperará, porque o fim virá no tempo determinado.
28 Então, o homem vil tornará para a sua terra com grande riqueza, e o seu coração será contra a santa aliança; ele fará o que lhe aprouver e tornará para a sua terra.
29 No tempo determinado, tornará a avançar contra o Sul; mas não será nesta última vez como foi na primeira,
30 porque virão contra ele navios de Quitim, que lhe causarão tristeza; voltará, e se indignará contra a santa aliança, e fará o que lhe aprouver; e, tendo voltado, atenderá aos que tiverem desamparado a santa aliança.
31 Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora.
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32 Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo.
33 Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo.
34 Ao caírem eles, serão ajudados com pequeno socorro; mas muitos se ajuntarão a eles com lisonjas.
35 Alguns dos sábios cairão para serem provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim, porque se dará ainda no tempo determinado.
36 Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito.
37 Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá.
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38 Mas, em lugar dos deuses, honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram, honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis.
39 Com o auxílio de um deus estranho, agirá contra as poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem, multiplicar-lhes-á a honra, e fa-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio.
40 No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará.
41 Entrará também na terra gloriosa, e muitos sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom, e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.
42 Estenderá a mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará.
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43 Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão.
44 Mas, pelos rumores do Oriente e do Norte, será perturbado e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos.
45 Armará as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.”
A visão do Senhor, que Daniel tivera no capítulo anterior foi no terceiro ano de Ciro, que correspondia também ao terceiro ano de Dario da Média, e foi dito naquele capítulo que havia poderes celestiais lutando contra a Pérsia, e que ela estava resistindo.
Agora é dito pelo próprio Senhor, neste capítulo, que Ele havia fortalecido e animado Dario no seu primeiro ano de reinado (v. 1), porque importava que reconduzisse os judeus de Babilônia para a Palestina, porém o Senhor passou a declarar qual seria o futuro da Pérsia, que três
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reis ainda se levantariam nela, e o quarto seria cumulado de grandes riquezas, que as usaria para entrar em Guerra contra a Grécia, e isto seria a sua ruína (v. 2)
O rei poderoso que se levantaria depois dele e com grande domínio não seria um rei persa, mas a referência é a Alexandre, o Grande (v. 3), que teria seus domínios repartidos em quatro partes, e nenhum de seus descendentes assumiria o trono em seu lugar; isto de fato ocorreu, porque os quatro generais de Alexandre não permitiram que seu filho se tornasse seu sucessor (v. 4).
O rei do Sul, destes reinos repartidos do de Alexandre, é Ptolomeu, que governou sobre o Egito, do qual sairiam príncipes fortes, entre os quais é contada a própria Cleópatra (v. 5).
A aliança do rei do Sul (Ptolomeu) com o rei do Norte seria promovida pelo casamento da filha do rei do Sul com o rei do Norte, mas em vez de fortalecer os reinos, lhes enfraqueceria (v. 6). No entanto, um descendente deste casamento avançaria contra o Norte (selêucidas –
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um dos reinos remanescentes de Alexandre que governava a Síria) e prevaleceria (v. 7).
Este foi Ptolomeu Euergetes, que foi o filho e sucessor de Ptolomeu Filadelfo, que lutou contra Seleuco Callinicus, rei da Síria, para vingar a sua irmã.
Este saqueou a Síria e trouxe um grande despojo para o Egito (v. 8). E permaneceu regendo a Síria por 46 anos, mas teve que voltar para o Egito (Sul) para guerrear contra a conspiração que havia sido levantada em sua própria terra contra ele (v. 9).
Veja que estas conspirações dos reinos, por prolongados anos são um tipo das coisas que sucederiam na terra depois destes dias, até a manifestação do Anticristo, com reinos sendo estabelecidos pela guerra, conspiração, intriga e ambição pelo poder
Seleuco Callinicus, que tinha sido o rei do Norte (Síria) e havia sido vencido (v. 7) morreu em miséria, deixou dois filhos, Seleuco e Antíoco, e estes incitaram uma multidão e grandes forças para recuperar o que o pai
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havia perdido (v. 10). Mas sendo Seleuco já velho e fraco, foi incapaz de comandar seu exército; foi envenenado por seus amigos, e reinou somente dois anos. Seu irmão Antíoco lhe sucedeu e reinou por 37 anos e foi chamado de Magno.
Foi com um grande exército que se colocou em batalha contra Ptolomeu Philopater, o rei do Sul. Foi-lhe dado vencer esta batalha (v. 10, 11), e isto fez com que se tornasse insolente e orgulhoso, o que o levou a entrar no templo do Senhor em Jerusalém desafiando a lei e o lugar santo, derrubando miríades, porém não prevaleceria segundo o conselho de Deus contra ele (v. 12); porque Ptolomeu reuniria um exército muito grande e marcharia contra Antíoco Magno (v. 13, 14).
Muitos estavam contra Ptolomeu, o rei do Sul, inclusive Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Por isso os judeus se renderam a Antíoco e se uniram a ele para sitiarem as guarnições de Ptolomeu (exatamente o que os judeus farão no final dos tempos, se aliando no início do governo de sete anos do Anticristo, para serem livrados da ameaça de invasão dos árabes, só que o
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Anticristo se voltará depois contra eles, tal como fizera Antíoco com os judeus).
Este Antíoco Magno não entraria num confronto direto com Ptolomeu, rei do Sul (Egito), mas usaria de estratagemas tomando as fortalezas daquele reino em Samaria e Israel; com isto se fez mestre da terra da Judeia (v. 16)
A terra de Israel estava entre as disputas destes dois reinos poderosos, a saber, da Síria e do Egito. Daí ter sido disputada por ambos.
O verso 18 faz referência às guerras contra os romanos. O verso 20 ser refere a Seleuco Philopater, filho mais velho de Antíoco Magno, que foi um grande opressor do seu próprio povo, lhes extorquiu muito dinheiro, e quando lhe disseram que perderia muitos amigos agindo daquela forma, disse que não conhecia melhor amigo do que o dinheiro.
Tal era sua ganância que tentou saquear o templo de Jerusalém, mas foi destruído, segundo a profecia do
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Senhor, sem ira nem batalha (v. 20), porque foi envenenado por um dos seus servos chamado Heliodoro, depois de ter reinado por 12 anos, sem ter feito nada notável, a não ser suas pilhagens.
A partir do verso 21 até o final deste capítulo, tudo se refere a Antíoco Epifânio, o pequeno chifre insolente citado em Dn 8.9. Um grande inimigo da religião judaica, e um grande perseguidor de todos que se declarassem judeus.
Grande parte das revelações do Senhor a Daniel foram destinadas neste capítulo, a Antíoco Epifânio, porque tudo o que ele fez, será exatamente o que o Anticristo fará em seus dias, especialmente o que é referido nos versos 36 e 37.
Todavia, nos ocuparemos em comentar em detalhes a respeito da relação existente entre as ações de Antíoco Epifânio e o Anticristo, na parte final do décimo segundo capítulo, no comentário geral relativo ao período da Grande Tribulação, que abrange a grande maioria das profecias escatológicas contidas em toda a Escritura.
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Daniel 12
“1 Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.
2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.
3 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.
4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.
5 Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um, de um lado do rio, o outro, do outro lado.
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6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Quando se cumprirão estas maravilhas?
7 Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão.
8 Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu senhor, qual será o fim destas coisas?
9 Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim.
10 Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.
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11 Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.
12 Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.
“13 Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.”
O início deste capítulo confirma, que a intenção da revelação de nosso Senhor a Daniel, no capítulo anterior era a de apontar para o tempo do fim, nos dias do Anticristo, e não particular e exclusivamente a Antíoco Epifânio, que em muitos pontos foi um tipo do Anticristo, e das coisas que ocorrerão no tempo do fim.
Ao introduzir este capítulo com a citação “Nesse tempo”, e logo em seguida, ao falar das coisas que se referem aos últimos dias, usando a citação “naquele tempo”, nosso Senhor, vinculou tal tempo aos dias em que se dará a ressurreição, tanto de crentes (no
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arrebatamento), quanto de ímpios (juízo final). Não padece, portanto, qualquer dúvida que a profecia se refere à consumação de todas as coisas, e não particularmente aos dias de Antíoco Epifânio.
Chegou o momento, conforme prometemos anteriormente, de fazer uma conexão das profecias de Daniel 9 a 12, com outras profecias escatológicas das Escrituras relativas ao período da Grande Tribulação, ao qual se refere profeticamente esta porção do livro de Daniel, mesmo quando usa as revelações relativas às intrigas e guerras, por meio das quais os reinos se sucederam no período babilônico, persa, grego, e romano, especialmente, quanto ao dois grandes braços resultantes do reino de Alexandre, o Grande, na Síria (rei do Norte na profecia de Daniel) e Egito (rei do Sul).
Então, há o propósito de revelar como estes reinos se estabelecem pelo engano, e como pelo próprio engano, eles caem.
O engano citado em Mt 24.4,5:
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“4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão.”, culminará com o maior engano de todos, na pessoa do Anticristo que agirá pela eficácia de Satanás, enganando a muitos, que depositarão nele inteira confiança para a resolução dos problemas mundiais. Ele será o último falso salvador que o mundo verá. O último falso messias; por isso é chamado de Anticristo, já que é um cristo falso.
O abominável da desolação, citado em Mt 24.15 é uma referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em Daniel 9.27.
Agora o que é o lugar santo?
Algumas pessoas dizem que é a terra. Outras dizem que é a cidade de Jerusalém. O que é o lugar santo?
Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo Testamento, e encontra-se em Atos 21.28. O Lugar Santo
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era um dos ambientes do tabernáculo e do templo de Jerusalém.
A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um último cumprimento na pessoa do Anticristo:
“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora.”
A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo do fim. O verso 31 trata de um duplo cumprimento, e historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C. correspondente ao governo do rei sírio Antíoco.
Ele se chamava Epifânio, que quer dizer, "o grande". Ele foi um grande perseguidor do povo de Israel, sendo assim um tipo perfeito do Anticristo
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Ele tentou acabar com a religião judaica, e matou milhares e milhares de judeus, inclusive mulheres e crianças.
Ele profanou o templo entrando nele e matando um porco no altar, obrigando os sacerdotes a comerem sua carne.
Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim profanado, os judeus deixaram de apresentar seus sacrifícios nele; assim o sacrifício diário determinado pela lei foi completamente parado.
E foi exatamente isso, que Daniel profetizou cerca de 400 antes que ele faria (11.31). Desta forma, o templo ficou desolado por causa daquela abominação, isto é, daquele ato detestável aos olhos de Deus e do Seu povo.
O Anticristo também profanará o templo que será reconstruído, para afrontar os judeus e o Deus de Israel, e pelo mesmo efeito de rejeição que isto produzirá, tal como no passado, nos dias de Antioco Epifânio, diz-se
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que será uma abominação desoladora. É por isso que ao se referir à profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27, Daniel usa as palavras desolação e abominação para se referir aos atos do Anticristo.
Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das setenta semanas. São setenta semanas de anos. Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia estabelece dois períodos distintos; um que vai desde a “saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” - são sessenta e nove semanas, isto é, 483 anos.
Depois da morte do Ungido se levantaria um príncipe que governaria por uma semana (a septuagésima semana) e que faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares no meio da semana (versos 26,27).
A profecia determina então, um período “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos.” (9.24).
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Isto está vinculado de fato, a duas fases: ao primeiro advento de Cristo trazendo a graça e a redenção para os habitantes da terra, e ao seu segundo advento para estabelecer Seu reino de justiça na terra.
Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a primeira vinda de Jesus, e também o prazo que determinaria Sua segunda vinda, que está relacionada ao período da Grande Tribulação, que será precipitada no governo de sete anos do Anticristo, que corresponde à septuagésima semana da profecia de Daniel. Esta semana é isolada das demais 69 que se cumpriram no primeiro advento de Cristo, porque Israel tem permanecido endurecido até hoje à recepção de Jesus como o Salvador e Messias.
Será exatamente no tempo do fim que se voltarão para o Senhor como nação, para a sua redenção.
Daniel queria saber de Deus quando acabaria o cativeiro de Israel, e quando seria firmado como nação e reino sacerdotal, conforme havia sido prometido por Deus, desde Moisés.
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A resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido como reino de Deus na terra.
Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas, isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de Jesus, e não até Seu nascimento, porque somando-se 33 a 450 temos os 483 anos referidos na profecia.
De fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna” conforme se encontra registrado na profecia, somente seria possível com a morte de Jesus. Por isso, a profecia de Daniel faz referência à morte do Senhor.
Mas, “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos”, conforme está também na profecia de
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Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e estabeleça Seu reino na terra, de maneira que O veremos assim como Ele é, e o que é em parte será aniquilado.
As visões e as profecias terão tido seu cumprimento, e já não andaremos somente por fé, mas também pelo que veremos.
Hoje não há um único ser humano perfeito vivendo na terra, porque mesmo o maior dos santos é pecador e ainda está sujeito ao pecado, em razão da natureza terrena.
Mas, quando o Senhor voltar e nós com Ele em glória, todos seremos perfeitos, assim como Ele é perfeito.
O plano de Deus de restaurar a criação original terá cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento do Seu reino milenal com os salvos na terra.
Deus criou a terra para este propósito, para que fosse herdada pelos justos, pelos que são puros de coração, e sem pecado.
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Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou desde antes da fundação do mundo.
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias”; isto é, decorrerão três anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente destruição do governo do Anticristo, a contar do momento em que for posta a abominação desoladora no Lugar Santo.
Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260 referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo, durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser explicado pelo fato de que a profecia de Daniel está enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e não para o término do governo do Anticristo.
Isto demandará o estabelecimento da separação entre os cabritos e as ovelhas, tendo assim, uma primeira
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contagem de um prazo já determinado para o início do estabelecimento do reino.
Em Daniel 12.12 lemos:
“Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” ;isto é, 45 dias depois dos 1290 já referidos.
Muitas providências deverão ser tomadas para que a terra seja restaurada a uma condição adequada para o governo dos santos, juntamente com Cristo. Para a separação das ovelhas, dos cabritos e tudo o mais que for necessário. Haveria assim, provavelmente, um período de transição de 75 dias desde o retorno do Senhor até o estabelecimento do Seu reino milenal.
Jesus começou a remover a maldição do pecado da terra.
A terra foi restaurada.
Em Ezequiel 36.36 lemos:
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“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o Senhor, o disse, e o farei.”
A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento quando da volta do Senhor:
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
Daniel chama o Anticristo, de “pequeno chifre, o rei com a face feroz, o rei voluntarioso”. João o chama de “a besta”. E Paulo o chama de “filho da perdição e homem do pecado”.
Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele é tão convincente nisto, que Daniel 9.27 diz que Israel fará um pacto com ele, crendo que seja o seu libertador e
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protetor. E todas as nações do mundo, em razão das suas perseguições vêm a ficar debaixo do seu poder, pois ele engana a muitos.
Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver, bem como destruirá os poderosos e o povo santo (Dn 8.24).
Não é seu próprio poder; é o poder do inferno. Pela astúcia dos seus empreendimentos políticos fará prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, usa a negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu poder.
No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais coisas sobre ele, nos versos 36-45:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está
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determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas em lugar dos deuses honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas agradáveis. Com auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem multiplicar-lhe-á a honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio. No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros, e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará. Entrará também na terra gloriosa e muitos sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom. Estenderá a sua mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as cousas preciosas do Egito, os líbios e os etíopes o seguirão. Mas pelos rumores do oriente e do norte será perturbado, e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos. Armará as suas tendas palacianas entre os
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mares contra o glorioso monte santo; mas chegará aos seu fim, e não haverá quem o socorra.”
E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, seu engano é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13. Lá, João não o vê com uma face feroz nem como um rei voluntarioso, mas em outra perspectiva; como uma besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o simbolismo é muito vívido.
Ele é uma besta poderosa. É uma besta devastadora. O verso 5 diz, que lhe foi dado 42 meses para agir com autoridade. Isto equivale a três anos e meio, correspondentes à metade final dos sete anos referidos em Daniel 9.27 como o tempo total do seu governo. Assim, ele passará a empreender suas perseguições contra Israel, desde a colocação da abominação desoladora no lugar santo, neste período de três anos e meio, correspondente à Grande Tribulação.
Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:
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“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”
E, sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também registrou em Apo 13.5,6:
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus; para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.”
Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia
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olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.” (7.8).
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade dum tempo” que é também uma linguagem profética para designar os três anos e meio a que nos temos referido (7.25).
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).
Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de ter vencido as nações, exercido domínio sobre elas, e de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles, ter se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto de se assentar no templo proferindo palavras contra o Altíssimo. Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio Senaqueribe, que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu palavras de afrontas em desafio através de Rabsaqué, seu porta-voz (Is 36 e 37).
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Aliado ao poder obtido sobre as nações e sobre Israel, o Anticristo também terá por motivo de exaltação, o fato de ser enganado pelo próprio Satanás e demônios, aos quais estava servindo, porque o falso sistema religioso que estará a seu serviço, personificado na pessoa do chamado falso profeta (Apo 13.11-15) fará uma imagem do Anticristo, e a imagem falará. Será determinado que todos adorem a imagem, instituindo-se assim um culto idolátrico, onde todo aquele que se recusar a adorar a imagem da besta será morto.
Será tal o sentimento de grandeza e de posse do Anticristo sobre toda a humanidade, que será determinado que todos recebam certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da besta ou o número relativo ao seu nome, que é 666 (Apo 13.16-18).
Muitos poderão estar perguntando como poderia Israel se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele assuma o controle sobre as nações, revelando seu
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caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os israelitas tê-los livrado da ameaça do mundo árabe.
O ódio incurável e histórico do mundo islâmico contra Israel, não cessará por qualquer tratado de paz.
Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio no poder político que estará em evidência na ocasião sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas dependem da sua aliança histórica com os Estados Unidos, para sua segurança no Oriente Médio.
É possível mesmo, que nos três primeiros anos e meio de seu governo, ele seja tido como o próprio messias pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso libertador.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que; “logo em seguida à tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda vinda, e quando isto ocorrer, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados.
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“Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão a Sua manifestação, vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.” (verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente, após a Grande Tribulação.
E, como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na parábola da figueira que deveríamos aprender da lição que ela nos dá, porque quando seus ramos se renovam, e as folhas brotam; que é um sinal de que o verão está próximo.
Assim, a geração que testemunhasse estas coisas não passaria sem que tudo aconteça, pois ao virem todas estas coisas, saberão que Ele está próximo, às portas (Mt 24.32-34).
A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela renova suas folhas. Assim, quando a geração que presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor, precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar
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certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como sabemos que o verão se aproxima, quando a figueira renova seus ramos e as folhas brotam.
Assim, os sinais estão reservados para as pessoas que estiverem vivendo no tempo do fim.
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O Palco Já Está Armado
Como que da noite para o dia começaram os protestos na Ucrânia, todavia, tudo isto fora instigado pelos mesmos agentes, que operam em todo o mundo produzindo insatisfação nas massas, para propósitos previamente planejados e definidos pelos promotores da NOM.
O pavio está sendo aceso neste momento, especialmente na Ásia e Oriente Médio, que são as duas regiões apontadas nas Escrituras, como as da conflagração que haverá no tempo do fim.
Inicialmente, a Rússia foi provocada pelos EUA com o estacionamento de tropas em vários pontos próximos da Rússia já com a intenção oculta, de provocar uma reação futura de contraresposta dos russos.
Putin tem afirmado repetidamente, que todos devem se lembrar que não foi ele quem iniciou o quadro de tensão
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que está se desenvolvendo entre a Rússia, os EUA e os países do bloco europeu.
Vemos isto no seguinte artigo publicado no site
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/eua-buscam-aumentar-tropas-na-romenia-diante-de-crise:
“Bucareste - Os Estados Unidos pediram para aumentar o número de tropas e aeronaves estacionadas em uma base aérea na aliada Romênia, disse o presidente Traian Basescu nesta terça-feira, enquanto as tensões entre o Ocidente e a Rússia continuam na vizinha Ucrânia.
As forças dos EUA têm usado a base aérea de Mihail Kogalniceanu, no mar Negro, desde 1999. O local representa uma importante base para as tropas dos EUA saindo do Afeganistão, e está localizado não muito longe da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia no mês passado.
"A embaixada dos EUA em Bucareste pediu o apoio das autoridades romenas para expandir operações em curso na base Mihail Kogalniceanu", disse Basescu em uma
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carta de notificação para o presidente da câmara baixa do Parlamento da Romênia.
De acordo com o pedido, os EUA pretendem acrescentar até 600 soldados norte-americanos aos cerca de 1.000, atualmente estacionados na Romênia, como também aumentar o número de aeronaves militares no país-membro da Otan, segundo a carta.
Os ministros das Relações Exteriores das 28 nações da Otan, se reuniram em Bruxelas na terça-feira para discutir formas de aumentar a segurança dos Estados membros no leste europeu ex-comunista depois da ocupação e anexação da Crimeia pela Rússia.”
O palco se encontra armado e independentemente das intenções de seus atores; a antiga tensão da guerra fria foi reacendida, e todo este ressentimento haverá de desembocar em algum momento, num grande conflito armado, conforme planejado na agenda dos promotores da NOM.
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Tudo leva a crer do modo que as coisas têm sido encaminhadas ultimamente no mundo, que está havendo uma grande encenação por parte das lideranças envolvidas, pois sabem previamente qual deve ser o próximo passo a ser dado depois de um terceiro conflito mundial. A segunda grande guerra conduziu à formação da ONU. E a terceira por vir, há de produzir o tão sonhado governo supremo mundial.
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Uma Unidade Falsa que Conduz à Apostasia da Verdade
Todo crescimento espiritual real procede de Deus. É ele que dá crescimento ao seu povo. O trabalho dos pastores e outros ministérios, como definido por Paulo é apenas o de semear a Palavra da verdade e regar a lavoura, pois o crescimento é operado só e diretamente pelo próprio poder de Deus.
Por isso Jesus declara a duas igrejas do Apocalipse que Ele rejeita e odeia a obra dos nicolaítas (lideres que dominam a fé do povo), porque estes tomam indevidamente o lugar que cabe exclusivamente ao Senhor e ao Espírito Santo, e tentam operar eles mesmos por seus métodos humanos, o crescimento que somente Deus pode dar tanto em quantidade quanto em qualidade quando se fala de todas as coisas relativas ao Seu reino. Por isso Ele não é somente o Salvador, como também o Senhor de tudo e de todos.
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Jesus odeia a obra dos nicolaítas porque em vez de nutrir e cuidar das ovelhas, as maltrata, lhes priva da liberdade para a qual Ele as chamou e, sobretudo as conduz à apostasia, ou seja, a se afastarem dEle, quando elas decidem seguir a liderança nicolaíta em vez da do Espírito.
Como os dissidentes, por causa da sua fidelidade a Cristo e à Palavra são considerados como cismáticos, divisivos, pelos nicolaítas, porque frustram os seus propósitos de obterem uma obediência cega, por meio do domínio dos crentes – o que o Senhor Jesus proíbe expressamente - eles – os nicolaítas - os expulsarão da comunhão dos santos.
Todavia, melhor farão, estes que têm os seus olhos abertos pela graça, para enxergarem o tipo de comunhão antibíblica que é oferecida pelo sistema nicolaíta, em tomar a iniciativa de se afastarem deles, conforme lhes é ordenado pela Palavra de Deus em várias passagens, a bem da sua fé e da manutenção da verdade em suas vidas, para ser transmitida a outros que também amem a verdade tanto quanto eles.
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Poderoso e Fiel é o Senhor, e o Fará
“Gên 13:16 Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.”
“Gên 16:10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremodo à tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada.”
“Gên 22:17 que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos,”
Sabemos pelas Escrituras, que a promessa feita a Abraão de ter uma descendência tão numerosa e incontável se refere àqueles que são reputados como seus filhos na fé, por terem sido feitos filhos de Deus, pela mesma fé que justificou a Abraão.
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Caso tivéssemos que aguardar que o número destes descendentes fosse completado na presente dispensação da graça, até o dia do arrebatamento da Igreja seria necessário esperar ainda muitos séculos para a volta de Jesus; mas não podemos esquecer que a descendência de Abraão continuará se multiplicando extraordinariamente, muito mais do que desde os seus dias até os nossos, no período do Milênio, quando nosso Senhor estiver sob o governo direto de todas as nações do mundo,
Quando houve o dilúvio coube a Noé dar início a uma nova geração sob as instruções dadas por Deus a Noé, para serem transmitidas por ele e seus filhos, às gerações que lhes sucederiam, e assim por diante.
Todavia, sabemos que o pecado logo voltou a controlar o procedimento dos homens, como se vê, por exemplo, na construção da Torre de Babel.
Mas, de quantos filhos Deus se proveu, e tem ainda se provido, mesmo no mundo governado pela iniquidade e
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com governantes injustos que não têm o temor do Senhor?
De quanto maior número de filhos então, Deus não se proverá, quando os fiéis que forem deixados sobre a Terra depois da segunda vinda de Jesus estiverem debaixo do Seu governo justo e perfeito, que não mais terminará?
Somente o final do período do Milênio porá termo à procriação na face da Terra; e até lá, a descendência de Abraão será tão numerosa como as estrelas do céu e a areia na praia.
Poderoso e fiel é o Senhor, e o fará.
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Paz em Todas as Circunstâncias
“Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.” (2 Tes 3.16)
Esta oração do apóstolo foi feita pelos cristãos de Tessalônica, no contexto da grande angústia e ansiedade em relação à segunda volta do Senhor, pois julgavam, em razão das grandes perseguições que estavam sofrendo, que Ele já tinha arrebatado a alguns da Igreja, e eles haviam sido deixados para trás, ou então que aqueles eram os sinais do princípio das dores que Ele havia profetizado e que precipitariam a Sua volta.
Então, Paulo ora por eles e por todos os cristãos no sentido de que tenham a paz de Cristo em seus corações, em todas as circunstâncias, recebendo-a diretamente de Deus, por manterem comunhão com Ele.
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Ansiedades furtam a fé, e com ela carregam a nossa comunhão e paz, portanto não foi sem razão que nosso Senhor Jesus Cristo nos advertiu no Sermão do Monte, a não estarmos ansiosos de coisa alguma, nem mesmo em meio às aflições que se intensificarão próximo da Sua volta.
Nem mesmo os ardis diretos de Satanás contra os cristãos, nem as conspirações que ele levanta no mundo usando pessoas poderosas para trazer o mal sobre a humanidade devem ser motivo para deixarmos de ter paz perfeita no Senhor Jesus, uma vez que Ele tem sob o Seu controle e poder todas as coisas, especialmente as nossas vidas.
Preservemos então, a nossa fé e confiança em Deus Pai e em Jesus Cristo, para que o nosso coração não fique turbado, conforme é o Seu desejo quanto a todos os que O amam.
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Um Reino Não Criado Pelo Homem, Mas Por Deus
“Gál 6:7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.
“Gál 6:8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.”
Das muitas aplicações desta porção bíblica, uma pode ser inferida com toda certeza; é o que concerne àqueles que semeiam para esta vida terrena, e nada colherão senão aquilo que é deste mundo, e não o que é do céu e espiritual.
Quando se semeia para o mundo, se faz provisão para a natureza carnal pecaminosa, e desta não pode advir qualquer coisa boa e eterna.
O judeu sionista-Illuminista que busca um reino de poder e domínio com o seu messias terreno imaginário perecerão aqui, juntamente com ele quando lho
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conduzirem ao domínio das nações (Anticristo), e serão alijados da possibilidade de reinarem juntamente com Cristo quando Ele voltar para julgar o mundo com justiça.
É aos mansos, aos que amam a Deus e Sua justiça que é feita a promessa da bem-aventurança da possessão eterna da terra e do céu, isto é, para os que não buscam exercer domínio opressor por via de poder econômico, político, financeiro ou qualquer outro terreno que se possa referir.
De há muito que está em andamento no mundo, um plano insidioso para o domínio das nações, por pessoas que distorcem a intenção e o objeto das profecias do Velho Testamento dirigidas à futura glória prometida por Deus para Israel. Todavia, se esquecem que o Israel ali referido é composto por pessoas piedosas e santas de todas as nacionalidades, convertidas de fato a Deus e aos Seus mandamentos, de coração, pela fé em Jesus Cristo, conforme está explicado devidamente tanto por nosso Senhor, quanto por Seus apóstolos nos escritos do Novo Testamento.
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O reino de Jesus não é deste mundo, ele é de caráter espiritual; de amor, justiça, verdade e paz que não são segundo o homem, mas segundo a natureza do próprio Deus, a qual é comunicada a todos aqueles que O buscam com um coração sincero.
“Col 3:1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
Col 3:2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
Col 3:3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
Col 3:4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
Col 3:5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
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Col 3:6 por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
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O “deus” da Nova Ordem Mundial
“2Ts 2:3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição,
2Ts 2:4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”
Não somente o Anticristo se oporá a Deus, e a tudo o que esteja relacionado ao Seu culto e adoração; como todos os seus adoradores e seguidores, que o conduzirão ao governo mundial estão preparando as condições que sejam favoráveis para a sua manifestação ao mundo, por estarem disseminando o ódio a Deus, à Bíblia e aos cristãos.
O desejo de sacudir o jugo de uma sociedade de orientação moral judaico-cristã contribuirá para que se
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dê as boas-vindas àquele que afrontará e perseguirá tudo o que se refira a Deus.
Poucos sabem que Karl Marx era cristão em sua juventude, e que passou a odiar a Deus e ao cristianismo em razão de ter se associado à práticas satanistas e ocultistas.
Ele se empenhou, juntamente com outros de mesmo pensamento, a lutar pela causa da criação de um Estado em que os princípios da religião cristã fossem arrancados da vida da população.
Estes ideais foram abraçados e materializados na criação de um estado comunista, dirigido inicialmente por Lênin, que abrigava integramente os mesmos sentimentos e expectativas de Marx.
Não seria, portanto de se estranhar que faça parte da agenda de todos os que estão empenhados na criação de uma Nova Ordem Mundial, com um governo único para o mundo, o mesmo tipo de governo fascista maquiado de comunista, como os que existem na Rússia
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e na China; com o controle geral da economia, e supressão da liberdade religiosa fundamentada em princípios judaico-cristãos, por uma minoria oligárquica, que vem trabalhando para o referido fim.
Por isso muitos desconfiam que foram os próprios capitalistas que fomentaram a criação do comunismo e ideais socialistas em países do Leste Europeu e da Ásia, com o fim mesmo de transportar futuramente, não propriamente o comunismo, mas seu modo de vida feudal e ateísta, para os países do Ocidente, onde tais mudanças seriam rejeitadas, caso implantadas pela força das armas, como no caso dos citados países, por ser o Ocidente de maioria cristã. Por isso tais mudanças estão sendo implementadas por meio de uma tentativa de destruição progressiva dos valores da sociedade cristianizada, pela adoção de práticas pagãs.
Podemos estar convictos, de que estão sendo financiados pela cúpula da Nova Ordem Mundial todos os agentes de transformação dos padrões de comportamento, especialmente através da cultura, das artes, da música, da política, da tecnologia, do
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consumismo, da liberação sexual, e de tudo o que contribua para a subversão de todas as virtudes cristãs que nos são recomendadas, como por exemplo, a da humildade, da castidade, do respeito ao direito à propriedade privada, inclusive pelo próprio Estado, do amor ao próximo e à vida, do não cobiçar, do não amar o dinheiro, da adoração exclusiva ao Deus da Bíblia, etc.
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Mega Templos e Mega Igrejas
Na década de 70 havia cerca de 10 mega templos ou mega igrejas nos EUA; na de 80, cerca de 50; e hoje, o número ultrapassa 1.800.
Será isto um avivamento?
O recuo da apostasia profetizada para os últimos dias?
O que levou à grande concorrência de pessoas aos templos das mega igrejas?
Consistência bíblica do evangelho pregado? Arrependimento? Conversões genuínas? Busca de salvação e santificação?
Ou a suntuosidade dos templos; os cenários que são usados para eventos nos templos, considerados verdadeiros espetáculos teatrais e musicais?
Ou os equipamentos eletrônicos de som, imagem e luz; os amplos e confortáveis assentos, estacionamentos e
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equipamentos para ginástica, praças de alimentação, e tudo o mais que possa entreter com requinte e charme?
Nunca é demais lembrar, que a conversão à Jesus Cristo e a manutenção da nossa comunhão com Ele, sempre é precedida por arrependimento.
Como não há quem não peque... Na vida de genuínos crentes, sempre será visto o arrependimento que conduz à contrição de espírito, e esta à restauração da comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, quanto pode contribuir para isto a pregação típica das mega igrejas voltada para prosperidade material, e para produzir emoção e deslumbramento nos assistentes?
O que motiva a maioria das pessoas que frequentam estas igrejas: participar de uma programação deslumbrante, de um agradável entretenimento, de uma busca de aprendizagem de como se conseguir prosperidade mundana?
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Quem disciplina quem, segundo a norma do evangelho de fazê-lo com longanimidade e doutrina? Quem exorta quem, à busca de uma maior santidade de vida? Quem conhece o estado espiritual do irmão ao seu lado nos cultos, para encorajá-lo à prática do amor e das boas obras?
Como o pastor conhecerá o estado de cada uma de suas ovelhas segundo a ordenança bíblica, de olhar por si mesmo e por todo o rebanho que foi colocado pelo Espírito Santo debaixo do seu cuidado, para ser apascentado por ele? (Atos 20.28)
Como fazer tudo isto, quando a religião é tratada como se fosse um grande negócio comercial como outro qualquer; quando o que dita e incentiva o crescimento são técnicas administrativas e de mídia seculares, seguindo as mesmas regras das grandes casas de espetáculo do mundo?
A moda está se espalhando pelo Brasil e pelo mundo afora, com tendência a crescer cada vez mais, porque é inegável que o chamado evangelho eletrônico e de
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espetáculo é algo imensamente lucrativo do ponto de vista financeiro.
Com mão de obra não remunerada, com isenção de taxas e impostos, e com um produto que não gera custos na sua produção, o lucro financeiro é líquido e certo.
Se toda esta multidão estivesse debaixo da pregação de Jesus e dos apóstolos, sendo-lhe exigido que vivesse em estrita conformidade com a norma bíblica, é bem provável que de mega restariam os templos, mas já não mais as igrejas, porque é certo, como costuma ocorrer até mesmo em congregações pequenas: maior é o número de evasões do que de permanências, porque a parábola do semeador se cumpre onde o verdadeiro evangelho é pregado, ensinado e aplicado na vida dos crentes.
A Igreja de Laodiceia vê a si mesma, como muito forte e não necessitada de qualquer graça de Deus para prosperar; por isso nosso Senhor diz que ela é na verdade pobre, cega, miserável e nua.
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A Igreja de Filadélfia recebe do Senhor a atestação de que tem pouca força, todavia é forte e irrepreensível por depender da Sua graça.
Cada um tire a sua própria conclusão acerca disto, que não é um fenômeno, nem um avanço do evangelho, senão o cumprimento da profecia relativa à apostasia, e, por conseguinte, da necessidade da chamada ao arrependimento que encontramos no livro de Apocalipse sendo dirigida à maioria das igrejas ali descritas.
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A Sempre Presente Necessidade de Reforma
Conhecendo o Presente pelo que Sucedeu no Passado
Reformar, seguindo a etimologia da própria palavra (re – formar), significa trazer novamente à forma original.
Não se trata, portanto de criar algo novo, ou de se acrescentar ou retirar algo do que se tornou envelhecido, como muitos assim o entendem, mas manter o estado original de algo que foi mudado.
A chamada Reforma Protestante tinha este caráter. Ela não foi basicamente uma luta contra a Igreja Romana, mas um esforço em fazer com que o genuíno evangelho de Jesus Cristo fosse pregado e ensinado à igreja, tal e qual se encontra registrado nas páginas da Bíblia, para ser por ela praticado.
O evangelho não necessita de reforma, porque está revelado de uma vez para sempre nas páginas das Escrituras, especialmente nas do Novo Testamento.
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Quem necessita então, sempre de reforma é a igreja, porque esta sim é dada a se desviar da prática dos mandamentos ordenados pelo Senhor em Sua Palavra.
As repreensões dirigidas por nosso Senhor às igrejas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, bem demonstram esta necessidade de reforma pela via do arrependimento, e retorno à estrita obediência aos Seus mandamentos.
Mesmo no caso das duas igrejas que não receberam repreensões (Esmirna e Filadélfia), todavia foram alertadas sobre a necessidade de permanecerem na fidelidade em que se encontravam na ocasião.
O conteúdo destas repreensões e advertências do Senhor, muito nos ajudam a entender o estado presente da igreja em todo o mundo. Podemos ter uma visão correta da necessidade específica de reforma em cada uma delas, a partir do que lhes é recomendado por nosso Senhor Jesus Cristo - a cabeça da Igreja.
Veja o caso da igreja em Éfeso:
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“Apo 2:1 A o anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
Apo 2:2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
Apo 2:3 e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Apo 2:4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Apo 2:5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
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“Apo 2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”
Por que Éfeso foi repreendida a ponto de ser ameaçada a deixar de ser igreja (remoção do candeeiro), caso não se arrependesse de ter abandonado o primeiro amor e suas primeiras obras, uma vez que fora elogiada por sua correta ortodoxia, por seu labor, rejeitando os falsos apóstolos e o seu ensino, rejeitando toda forma de hierarquismo eclesiástico (nicolaítas), perseverando e suportando provas por causa do nome de Jesus, sem se deixar esmorecer?
Éfeso nos ajuda a entender porque apesar de pregarmos e defendermos o verdadeiro evangelho, ainda corremos o risco de não praticá-lo em nossa vida, ou seja, não guardarmos os mandamentos do Senhor relativos à nossa santificação. É possível ser ouvinte da Palavra verdadeira e não praticá-la na vida.
Este era o problema com Éfeso e com um grande número de igrejas em nossos dias.
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Santificação não decorre apenas de se conhecer, pregar e ensinar o evangelho verdadeiro, mas em colocá-lo em prática em nossos pensamentos, ações e palavras.
O primeiro amor aqui referido pelo Senhor, certamente reporta aos dias em que sob a direção do apóstolo Paulo e Timóteo, aquela igreja andou em verdadeira santidade de vida, amando e praticando os mandamentos do Senhor registrados na Bíblia.
Mas como Éfeso era uma cidade cosmopolita, na qual se encontrava o colossal templo e culto à deusa Diana ou Astarte, e tendo a maioria dos convertidos sido alcançados de uma vida pagã e idolátrica, eles deviam ser muito tentados em voltar ao antigo modo de vida de adoração pagã, na qual o adorador serve a quem quiser e vive como quiser.
O cristianismo, todavia não é inclusivista, mas exclusivista, pois admite somente a adoração do único Deus vivo e verdadeiro, e que se pratique somente a Sua Palavra.
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Não admira que encontremos no final da primeira epístola de João, uma advertência quanto à necessidade dos seus destinatários se guardarem incontaminados da idolatria.
E certamente Éfeso contava entre os destinatários originais daquela primeira epístola do apóstolo, uma vez que por anos ele havia se fixado em Éfeso e supervisionado todas as igrejas da Ásia Menor, especialmente as mencionadas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse.
Nada justifica a falta de reforma da igreja, mesmo quando se encontra debaixo de forte perseguição, como foi o caso de todas aquelas sete igrejas do Apocalipse, uma vez que o imperador romano Domiciano estava assolando a igreja, no período do seu reinado (81-96 d.c.) exigindo que fosse adorado como Senhor e Deus. O próprio João foi deportado para Patmos por sua ordem, e muitos crentes estavam sendo martirizados.
Todavia, Éfeso permaneceu firme e perseverou, conforme testemunho do próprio Senhor Jesus.
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O que poderia se esperar mais, de uma igreja perseverante como aquela?
Santificação!
Sempre será procurado pelo Senhor, o fruto da santificação nos Seus servos, independentemente das circunstâncias em que estejam vivendo.
O argumento de que a pressão da mídia é muito forte em nossos dias, que as fontes de tentação são múltiplas e variadas, que a iniquidade tem corroído terrivelmente toda a sociedade; enfim, tudo o que for contra a possibilidade de se manter uma vida santa sem pressões, não será justificado pelo Senhor por não praticarmos Seus mandamentos.
Isto deve ser visto na vida, partindo do coração, sendo um amor não apenas de palavras, mas por obras e de fato.
Veja que Éfeso tinha muitas obras, mas não eram as obras da fé. E por isso lhe foi requerido o retorno à prática das primeiras obras que faziam em santificação.
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Não existe, portanto uma reforma de igreja dissociada do testemunho da nossa própria vida.
Muitos ouvirão o verdadeiro evangelho por anos seguidos, e, no entanto, não permitirão que o Espírito Santo reforme seus corações, trazendo-lhes à condição em que sempre deveriam se encontrar, a saber, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus, pela prática amorosa de todos os Seus mandamentos.
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A Consolidação de Um Governo Único Mundial é Inevitável
Seja pelo caminho do bem, seja pelo caminho do mal.
Ao que tudo indica, o caminho que conduzirá à consolidação da Nova Ordem Mundial está tendo duas vertentes para o mesmo propósito, uma pela busca do bem, e outra pelo cumprimento de um plano maligno.
Homens e mulheres de boa vontade, empenhados em buscar soluções para os problemas mundiais têm chegado à conclusão que a melhor delas seria a instalação de um governo único central sobre todas as nações, e por outro lado os antigos senhores do mundo têm cumprido as diversas etapas de seu planejamento maligno para preservação do seu status-quo, livres das ameaças de futuras instabilidades sociais que poderiam dilapidar suas fortunas e terminar com o seu poder de mando global informal.
Estaremos explicando detalhadamente a seguir em que consistem estes dois caminhos citados.
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Por mais incrível que possa parecer, a implantação do comunismo na Rússia, China e Coreia do Norte, foi financiado com o capital dos banqueiros de Wall-Street, como é sabidamente conhecido pelo testemunho da própria imprensa americana.
A razão disto é explicada pelo plano criteriosamente engendrado de formar no mundo dois grandes blocos antagônicos, com vistas à grande conflagração final da terceira guerra mundial.
Estes opositores deveriam ser devidamente fortes para produzirem um grande estrago e caos mundial pela confrontação das nações unificadas do eixo (União Europeia, EUA – Nafta, Brasil – Mercosul – e demais aliados), contra Rússia, China, Coreia do Norte, Irã e todos os demais países muçulmanos interessados na destruição de Israel).
Os grandes controladores do capital mundial de Wall-Street ficarão mais ricos e poderosos financiando esta guerra em ambos os lados, cujo custo será pago pela tributação das populações locais.
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Pelo pavor de evitar futuras assolações, todos estarão dispostos em todo o mundo a abrir mão de sua soberania nacional, em prol de um governo mundial forte, que diferentemente da ONU, tenha o poder real de controlar toda a população mundial, pela ação combinada da nações coligadas como parceiras sob o compromisso real de um pacto de ajuda, no qual, quando qualquer parceiro tentar violar as regras impostas, deve ser punido imediatamente pela ação das demais nações, agora reunidas em regiões (UE, Nafta, Mercosul, etc) com seus respectivos representantes oficiais junto ao governo central.
Será instalado portanto um governo fascista com um efetivo controle arbitral sobre as finanças, política, economia, religião etc.
E quem estará agora oficialmente sentado no governo central ditando as normas gerais de ação: os velhos senhores de Wall-Street e seus coligados, que sempre controlaram as finanças em todo o mundo, inclusive na Rússia, China, e pasmem, até mesmo na Coreia do Norte.
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Eles haviam financiado a indústria e as guerras destas nações, e agora o direito de estarem no comando das ações, deverá ser reconhecido por elas, até mesmo porque detêm agora o poder do argumento da força das armas num contrato de parcerias de caráter inviolável.
Em linhas rápidas e gerais, acabamos de apresentar o caminho do mal.
Vejamos agora, algumas propostas do caminho do bem, o qual está representado por exemplo nas ideias do Ex-Desembargador Francisco César Pinheiro Rodríguez.
O aumento abrupto da população no último século, e o avanço tecnológico que roubou a mão-de-obra mecânica, aponta para gravíssimos níveis de desemprego.
Para que se tenha uma ideia, a população mundial para passar de um bilhão para dois bilhões, levou cerca de cem anos, entre os séculos XIX e XX.
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Em 1950 havia dois bilhões e meio de pessoas no mundo. E apenas sessenta e três anos depois, em 2013, a população mundial é de 7 bilhões.
E a cada dez anos, atualmente, a população cresce em mais um bilhão, ou seja, dez vezes mais do que no período longo de 1800 a 1927.
É daí principalmente que decorre a maioria dos atuais problemas mundiais, notadamente nos aspectos de segurança, saúde, transportes, alimentação, moradia etc.
Este é agravado pela conhecida ciranda financeira, em que os investidores e empresas mundiais aplicam seu capital onde lhes seja mais conveniente, segundo as circunstâncias do momento ou previsões futuras – muitas delas produzidas por inquietações artificiais – levando a um constante desequilíbrio financeiro nas diversas nações.
A disputa capitalista pelo lucro e somente pelo lucro, coloca à margem outros interesses maiores e vitais
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relativos não somente à preservação da condição da dignidade humana, como também ao que se refere ao meio ambiente.
Mas como a roda capitalista não pode parar, pois ninguém está disposto a abrir mão do seu moderno estilo de vida, não há como se voltar atrás, para o modo de se viver do passado.
Assim, não há outro meio para um controle efetivo sobre a farra financeira, política etc, senão o estabelecimento de um governo central forte, porque os investidores não terão alternativas para correrem com seu capital para as nações que lhes sejam mais convenientes e confiáveis, porque afinal, todas estariam agora, por consenso mútuo, debaixo de um mesmo sistema e controle mundial.
As atuais medidas protecionistas das nações, suas barreiras alfandegárias, o câmbio flutuante monetário, tudo isto terminaria, e, supostamente, haveria uma melhor distribuição de recursos, oferta de empregos em condições de igualdade, e a eliminação de muitos outros
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problemas que existem no presente em decorrência dos interesses soberanos de cada nação.
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O Anticristo é um Juízo de Deus Sobre o Pecado
Como pode ser isto? Estaria Deus aliançado com o mal?
De modo nenhum, mas Ele permite e usa aqueles que se levantam com poder político e militar superior aos demais, para demonstrar ao homem, que é pecador por natureza, que isto, é tudo o que se pode esperar de um governo humano absoluto, pois, por detrás do mesmo se esconde o engano e o mal, uma vez que Satanás é quem governa sobre o pecado, e usa como seus agentes homens ímpios, que podem inclusive, se disfarçarem em princípio, tanto quanto ele, em ministros de justiça e de paz.
Assim foi permitido à idólatra e ímpia Babilônia exercer um juízo sobre os povos e nações do mundo antigo, e entre eles Israel, em razão da impiedade desenfreada em que viviam, tendo a própria Babilônia sido julgada posteriormente pelo braço forte da coligação medo-persa. Esta, por sua vez, por Alexandre Magno e o que restou do império deste último foi subjugado pelos
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romanos, e, assim tem ocorrido sucessivamente na Terra, até que se manifeste o último e grande opressor de todas as nações do mundo, o Anticristo, que por fim será destruído, como todos os que lhe apoiarem diretamente, pelo próprio Senhor Jesus Cristo, por ocasião da sua segunda vinda.
Somente a Deus Pai e a Jesus Cristo pertence o governo absoluto, que deve se manifestar tanto externamente, quanto no coração.
Sem isto, não pode haver segurança, justiça e paz, porque quando é buscado por meio do mero canal humano, no fim, sempre se há de cair nos braços e intentos de Satanás.
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Como Podemos Saber se Estes Nossos Dias São de Apostasia
Nunca houve uma única congregação cristã na Terra, em toda a história do Cristianismo, da qual se pudesse dizer que todos os seus membros eram consagrados e espirituais, e que os novos convertidos faziam progresso na fé, com corações sinceros procurando vencer o pecado e viver de modo agradável a Deus.
Mas de apostasia, de esfriamento na fé, de rejeição da sã doutrina bíblica, substituindo-a por doutrinas de homens e de demônios, não há testemunho nas Escrituras senão para os últimos dias.
E se há apostasia, há aumento da iniquidade; e se há aumento da iniquidade há esfriamento do amor espiritual, que pode ser produzido somente pelo Espírito Santo, quando os crentes guardam a Palavra de Deus.
Como está ficando cada vez mais difícil; mesmo em congregações pequenas, com um reduzido número de membros, achar a maioria dos cristãos vivendo de modo
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santo e agradável a Deus, que é o único modo de se ter verdadeira comunhão em amor uns com os outros, uma vez que isto não é possível de se ter, quando não caminhamos na luz do evangelho, então não é comum se ver aquela comunhão espiritual que havia entre os crentes da Igreja Primitiva.
Crentes espirituais estão gemendo e sofrendo por aspirar por um momento de comunhão plena com irmãos, que sejam pessoas de fato santificadas e consagradas ao Senhor.
Quantos estão saudosos dos cultos de adoração, que prestaram com outros irmãos amados em dias de avivamento que experimentaram no passado.
Mas os de hoje, são dias difíceis, especialmente para esta unidade de fé, doutrina e amor, que gera a verdadeira comunhão espiritual quando os crentes se reúnem para adorar a Deus.
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Por que Jesus Disse que o Mundo Odeia os Cristãos Tanto Quanto a Ele?
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.” (João 15.18)
Simplesmente, porque não O conhecem pessoalmente em espírito, e não O amam.
Este foi o problema com Nietzsche, Karl Marx e todos os que declararam seu ódio abertamente contra Cristo e o cristianismo.
Para quem não é de fato convertido, e que, por conseguinte não possui a habitação do Espírito Santo, não é de modo algum possível entender o real significado das virtudes cristãs conforme estão reveladas na Bíblia.
Ainda que muitos tentem justificá-los e a todos os demais que odeiam o evangelho secretamente, sob a alegação de que seu ódio não é propriamente contra a pessoa de Jesus e dos cristãos, mas somente contra o sistema religioso chamado cristianismo, que é
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manipulado pelos clérigos, todavia permanecem na mesma condição de opositores da verdade, porque aqueles que conhecem a Cristo combatem o erro em outros termos e com sentimentos diferentes de um ódio consumidor pelo próprio Deus, e por todos que Lhe amam.
Nietzsche não declarou apenas, que o Deus dos cristãos está morto, mas escreveu muito em todas as suas obras com o objetivo de combater o cristianismo.
São suas palavras em seu livro intitulado “O Anticristo”:
“Não devemos erigir uma plataforma para embelezar o cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra este tipo mais elevado do homem, ele colocou todos seus mais profundos instintos desse tipo sob a sua proibição, desenvolveu seu conceito de mal, do mal pelo próprio mal, fora desses instintos - o homem forte como o réprobo típico, o "pária entre os homens." O cristianismo tomou partido de todos os fracos, do baixo, do que deu errado, e que fez um ideal fora de antagonismo a todos os instintos de autoconservação da
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vida saudável, que corrompeu até mesmo as faculdades daquelas naturezas que são intelectualmente mais vigorosas, representando os maiores valores intelectuais como pecaminoso, como enganador, cheio de tentações. O maior exemplo lamentável: a corrupção de Pascal, que acreditava que o seu intelecto havia sido destruído pelo pecado original, ao passo que na verdade foi destruído pelo cristianismo!”
Seria algo surpreendente, que esteja havendo um renovado interesse da comunidade internacional por Nietzsche?
O que incomoda e perturba os poderosos e nobres, que são sábios segundo o mundo é a verdade de que Deus tem escolhido para Si os que são humildes e fracos, para torná-los sábios e fortes segundo Deus, e não segundo o mundo.
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1Co 1:26 Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
1Co 1:27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes
1Co 1:28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são;
1Co 1:29 para que nenhuma carne se glorie perante ele.
1Co 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
1Co 1:31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
Por que Jesus Era um Traidor Para os Escribas e Fariseus?
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Não somente para eles, mas para todos os que detinham o poder em Israel, como os saduceus, outros que compunham o Sinédrio e demais líderes religiosos, Jesus foi um grande traidor, não da Lei de Deus, que Ele veio cumprir e não revogar, mas dos seus propósitos malignos e orgulhosos, de se considerarem o povo eleito de Deus para governarem todas as nações da Terra, por serem descendentes biológicos de Abraão.
Eles vinham por séculos, especialmente depois da volta do cativeiro em Babilônia, afirmando a chegada de um Messias que daria por fim, o poder prometido a Israel sobre as nações.
E ao verem Aquele Profeta ensinando, que muitos sequer eram filhos de Deus, mas do diabo, por praticarem suas obras malignas; e que Seu governo em sua volta seria composto por pessoas convertidas de todas as nações e não apenas de Israel, eles se enfureceram e começaram a agir com o intuito de matá-Lo o mais rapidamente possível.
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Jesus havia frustrado os seus propósitos carnais e malignos, e afirmou que eram hipócritas, pois debaixo de um alegado serviço a Deus e à sua Lei haviam acrescentado vários mandamentos que anulavam a Lei que fora dada a Moisés, e até mesmo que eram contrários a ela, como por exemplo, o ensino cabalístico de se odiar os inimigos.
Eles intentavam impor um governo mundial pela força do braço do Messias, e ficaram completamente devastados quando Jesus lhes disse que Seu reino não era como os reinos deste mundo, pois demandava de Seus súditos uma real transformação do coração, de cujo interior procedem todos os males; transformação esta, que é realizada pelo poder da Sua própria graça, que é concedida a todo aquele que nEle crê.
Um governo compartilhado com pessoas de todas as nações gentias era um ultraje para o modo de pensar deles. Um governo pelo qual deveria se esperar mediante o cumprimento da pregação do evangelho em todos os recantos da Terra, convidando à conversão pessoas de qualquer condição social e racial, para
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participarem do Reino de Deus era demais para ser aceito por eles.
Assim, seus sucessores, desde então têm trabalhado para produzir seu próprio messias, principalmente através do poder do dinheiro, com vistas à tentativa de erradicar o cristianismo em todo o mundo, e estabelecer o sistema iníquo de seu governo, que não tem qualquer consideração pelo próximo.
Estão fazendo isto, através da perversão dos valores cristãos, pelo uso da cultura, da mídia, das ações governamentais etc. Na verdade, não querem um messias, mas uma marionete que governe o mundo em nome deles, pois todos se consideram messias em si, e para si mesmo.
Esta é a razão de Jesus ser tão odiado por eles, e por todos aqueles cujas mentes são insufladas pela propaganda destas mentes perversas, que se encontram a serviço de Satanás.
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Todavia, poderoso é o Senhor para guardar todos os que Lhe amam, e dar o devido pago a todos estes falsos messias e seus seguidores, no tempo oportuno.
“Mat 23:25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
Mat 23:26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!
Mat 23:27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
Mat 23:28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Mat 23:29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos
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Mat 23:30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!
Mat 23:31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
Mat 23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
Mat 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?”
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Principal Causa das Perseguições na Grande Tribulação
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.”
O governo mundial do Anticristo durará exatos sete anos, sendo que nos três anos e meio do final do seu governo, empreenderá grande perseguição contra os cristãos que permanecerem na Terra após o arrebatamento da Igreja, e também aos judeus, porque estes rejeitarão adorá-lo como se fosse um deus.
Nosso Senhor Jesus Cristo, em Sua profecia sobre o tempo do fim, se reportou à citação de Daniel, para descrever o que ocorreria na Grande Tribulação.
O “lugar santo”, e o “abominável da desolação” citados em Mateus 24.15, pode tanto se referir a uma imagem pagã que exalte o Anticristo, colocada por ele num
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templo que seria reconstruído pelos judeus em Jerusalém; ou à presença do próprio Anticristo na referida cidade, com seus exércitos para produzir desolações em Israel.
Note-se que na profecia de Daniel há uma referência à remoção do “sacrifício costumado” que era oferecido no templo, e isto foi feito efetivamente por Antíoco Epifânio entre 175 e 165 a.C.; todavia não há referência à remoção de sacrifícios na profecia de nosso Senhor.
É importante destacar que Ele havia predito, que o templo de Jerusalém seria destruído, e não ficaria ali pedra sobre pedra; tendo a mesquita chamada Cúpula da Rocha sido construída exatamente no espaço que era por ele ocupado; e, desde que os romanos o destruíram em 70.d.C., nunca mais houve um templo no qual os israelitas apresentassem os sacrifícios que eram exigidos pela Lei, no período do Antigo Testamento.
“Mat 24:15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo ( quem lê entenda ),
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Mat 24:16 então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes;
Mat 24:17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa;
Mat 24:18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.
Mat 24:19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
Mat 24:20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;
Mat 24:21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.
Mat 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.”
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À luz de todas estas palavras podemos inferir, que um dos principais elementos propulsores das assolações que serão empreendidas pelo Anticristo contra os judeus, e os cristãos remanescentes que estiverem vivendo na Terra será o arrebatamento da Igreja no final dos primeiros três anos e meio do seu governo.
É possível que o arrebatamento seja explicado pelo Anticristo com uma mentira, de que foi em razão de terem sido amaldiçoadas pelo seu poder divino, que tais pessoas desapareceram misteriosamente da face da Terra; e como eram cristãs em sua totalidade, o que restava então, senão completar o trabalho de exterminá-los por completo, bem como qualquer resquício de cristianismo que ainda porventura existisse neste mundo.
Veja que já opera presentemente uma forte oposição ao cristianismo, tentando desacreditá-lo e ridicularizá-lo, como sendo contrário a princípios aceitos e legitimados pela Nova Ordem Mundial (casamento de pessoas do mesmo sexo, aborto, adultério, negação da existência
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de Deus e de uma moralidade baseada na religião revelada através da Bíblia etc.).
O Anticristo estará agindo por motivos políticos, mas por detrás disso estará Satanás, que sendo impedido definitivamente de se dirigir ao terceiro céu para acusar os cristãos na presença de Deus (até porque todos os crentes fiéis lá estarão por causa do arrebatamento, e não mais sujeitos a qualquer influência do pecado ou do diabo) atuará com grande fúria, e tentará magoar o coração de Deus produzindo o martírio de santos que estiverem na Terra.
Dan 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
Dan 7:26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim.
Dan 7:27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos
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do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.
Vale a pena ser fiel, especialmente nestes dias, para escaparmos de todas estas coisas, conforme predito e prometido pelo próprio Cristo:
Apo 3:10 Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
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Não Tomar o Todo Pela Parte
Rom 9:6 Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
Rom 9:7 nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
Rom 9:8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.
As promessas de Deus de estabelecer um reino futuro na Terra sob o governo de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme registradas em várias passagens bíblicas, não se destinam a todos os descendentes naturais de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel, ou seja, à sua descendência biológica, senão aqueles que são circuncidados não propriamente no prepúcio, mas no coração.
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Rom 2:28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Rom 2:29 Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
É a estes que são circuncidados no coração que as promessas se referem, a saber, a todos aqueles, de todas as nações, inclusive de Israel, que amam a Deus e a nosso Senhor Jesus Cristo, e que nasceram de novo do Espírito Santo, cuja carnalidade de seus corações tem sido despojada (circuncisão do coração) pela conversão e santificação de suas vidas devotadas a Deus e aos Seus mandamentos.
Não seria cabível imaginar um reino espiritual e santo de Jesus Cristo, com aqueles que se declarando judeus vivem escravizados ao pecado e na prática de males.
Não se deve, portanto tomar o todo pela parte, pois nem todos de Israel (que significa príncipe de Deus), segundo o dizer do apóstolo, são de fato israelitas para Deus.
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Não há um reino espiritual eterno prometido por Deus para qualquer israelita descendente de Abraão, que não pratique as mesmas obras de Abraão por meio da fé em Jesus Cristo; o que nosso Senhor deixou bastante claro em Seu ministério terreno.
E muito menos deve se pensar, que haja tais promessas para aqueles que se entregam à chamada causa sionista, de se tentar alcançar o poder mundial através da aplicação de métodos insidiosos e abomináveis à santidade e justiça de Deus.
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Escatologia
A palavra escatologia vem do grego éscatos (o último estado) e lógos (ensino, preceito, doutrina, palavra que encerra ideia), significando, portanto, doutrina das últimas coisas.
I – Introdução
Antes de qualquer análise específica cabe enfocar que há muita diversidade de interpretações do material escatológico, e dentre estas, há muita afirmação antibíblica gerada por influência de teólogos contemporâneos que negaram expressamente qualquer possibilidade de um retorno literal de Cristo em pessoa à terra para o estabelecimento de um reino milenal. Isto seria de ser esperado porque o apóstolo Pedro afirma que nos últimos dias viriam escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? (II Pe 3.3,4). Assim, estes teólogos que negam expressamente
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a possibilidade de uma segunda vinda de Cristo à terra, devem ser contados entre estes escarnecedores que são citados pelo apóstolo Pedro, e são dignos de serem chamados falsos mestres, conforme ele os designa nesta mesma epístola.
A título de ilustração podemos incluir entre estes um teólogo chamado Adolph Van Harnack, que há alguns anos atrás, escreveu um livro intitulado O que é o Cristianismo?
Segundo ele a vinda do reino de Deus significa simplesmente o governo de Deus na alma e nos corações das pessoas, é o próprio Deus no seu poder. Deste ponto de vista desaparece todo o sentido externo e histórico e também todas as esperanças relativas ao futuro. Adolph Van Harnack está dizendo que não há nenhuma Segunda Vinda, não há nenhum Reino futuro. Ele rejeitou completamente todos os aspectos escatológicos do Reino de Deus.
Outro teólogo muito famoso é C.H. Dodd que escreveu um livro chamado Parábolas do Reino. Este livro
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influenciou muitos teólogos contemporâneos. E se você fosse tentar entender Dodd mais completamente, você chegaria à conclusão que ele nega qualquer literal Segunda Vinda de Jesus Cristo. C.H. Dodd ensinou que a doutrina da Segunda Vinda é um mito.
Karl Barth, criador famoso do que chegou a ser conhecido como Neo-ortodoxia, afirmou o que ele chama de escatologia infinita na qual a vinda de Cristo é compreendida como um retorno literal futuro de Cristo, mas Barth disse que ela é um símbolo infinito de uma eternidade infinita em toda situação existencial de tudo aquilo que tem significação no mundo.
Rudolph Bultmann, também famoso entre estudantes de teologia, esforçou-se por aquilo que ele classificou de desmitolizar o Novo Testamento, porque segundo ele, o Novo Testamento está repleto de elementos mitológicos que devem ser reinterpretados, e não serem, portanto interpretados literalmente, como céu, inferno, a ressurreição e a segunda vinda de Cristo, e o dia do juízo final.
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Outro dos que negam uma segunda vinda literal de Cristo é o alemão Jergen Moltmann. Ele coloca a segunda vinda de Cristo em seus escritos como uma tolice.
Estes homens entre outros de um pequeno grupo, influenciaram a teologia moderna contemporânea da igreja de tal forma, que muitos que negam o cumprimento literal dos eventos escatológicos, pelo menos olham para isto com certa desconfiança. Mas os apóstolos não tinham este mesmo pensamento, e nos alertaram sobre aqueles que se levantariam nos últimos dias negando não apenas a segunda vinda de Cristo, como também o cumprimento dos juízos escatológicos relatados na Palavra de Deus, porque Pedro, no texto que citamos assim prossegue, referindo-se aos falsos mestres que negavam tal cumprimento na história: “Porque deliberadamente esquecem que, de longo tempo, houve céus, bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pelas quais veio a perecer o mundo daquele tempo afogado em água.
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“Ora, os céus que agora existem, e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios.” (II Pe 3.5-7).
Paulo, em I Tes 4.13-17 fala de uma ressurreição do corpo literal, de um arrebatamento dos crentes literal, e de uma segunda vinda de Jesus também literal (I Tes 5.2; II Tes 2.1,2). É preciso, pois ficar com a Palavra de Jesus, com a dos apóstolos na Bíblia, e não nos deixarmos influenciar pelas ideias desviadas da verdade de tais teólogos.
Uma das principais razões pelas qual Satanás tenta através destes seus instrumentos desacreditar a literalidade dos eventos escatológicos, é para enfraquecer os corações dos crentes e tirar deles qualquer esperança de uma recompensa futura, de um tempo de julgamento, e até do extremo de chegarem a duvidar se existe mesmo um céu real para onde irão depois da morte.
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Se não há um reino, se não há um juízo, uma recompensa, de que vale se esforçar para viver fielmente segundo a vontade de Deus revelada na Palavra?
É esta incerteza que Satanás procura gerar nos corações daqueles que deixam de crer na revelação da Bíblia por influência destes falsos mestres, contra os quais o próprio Senhor e os apóstolos nos ordenaram que nos acautelássemos dos mesmos e do seu ensino.
A negação da verdade pelos falsos mestres é usada por Satanás para tentar abalar a fé dos crentes na Palavra, mas tem boa acolhida pelos falsos mestres porque tal negação serve para justificar a sensualidade e carnalidade dos mesmos, tal como Pedro os descreve no segundo capítulo de sua segunda epístola.
O escárnio deles é construído na moralidade pervertida deles. Eles querem uma escatologia que se ajuste à conduta deles. Toda a perversão moral entre pessoas religiosas tem que ter uma teologia que lhes dê base para as suas afirmações e vidas. Assim eles desenvolvem
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uma teologia para permitir a perversão deles. Por exemplo, os que amam os prazeres terrenos e que vivem para acumular tesouros na terra, na condição de líderes na igreja haverão certamente de elaborarem uma teologia voltada para a prosperidade material, investindo-se tempo e esforços somente com as coisas deste mundo, desviando assim a atenção das realidades eternas.
Há, portanto, da parte de Deus, na revelação dos eventos escatológicos, um propósito de chamar o seu povo à vigilância para um viver reto, purificando o coração do pecado, porque haverá um tribunal para os crentes; e também para convencer os ímpios da necessidade de conversão, porque haverá um juízo final e uma condenação eterna num lugar de tormentos terríveis. Os crentes são chamados a se purificarem para que sejam achados inculpáveis na vinda do Senhor. Há um reino que será estabelecido em justiça e em santidade, por isso todo aquele que tem tal esperança deve viver em santo trato e piedade (II Pe 3.11-13).
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Um estudo correto de escatologia deve produzir este efeito do temor devido a Deus nos corações, além do regozijo em se valorizar tudo aquilo que é relativo ao reino de Deus e que é eterno. De modo a sermos estimulados em nossa caminhada terrena, especialmente em meio às nossas tribulações, a permanecermos firmes na fé, por sabermos o que nos está reservado no futuro.
Jesus voltará para reunir o seu povo com Ele. Ele virá para condenar os homens maus e os demônios. Ele virá para estabelecer o seu Reino e para trazer a justiça eterna. A restauração de todas as coisas se dará com o retorno do Senhor à terra.
II – O Princípio das Dores
Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se estenderiam até ao tempo determinado para a
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consumação do século, que será marcado pela pregação do evangelho em todo o mundo, para testemunho a todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo (Mt 24.15).
Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt 24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do verso 4 de Mt 24. E introduziu sua explicação com uma palavra de advertência para que eles não permitissem que ninguém lhes enganasse quanto a isto, porque muitos se levantariam com este propósito afirmando serem o Cristo (verso 5) e enganariam a muitos. E, além disto, haveria guerras e rumores de guerras, mas nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim (Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários lugares, mas tudo isto seria também o princípio das dores que antecederiam a consumação do século e não sinais que marcariam a proximidade da Sua segunda vinda (24.7,8). No trabalho da igreja no mundo, os
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crentes seriam atribulados e mortos. Odiados de todas as nações por causa do nome de Jesus, e muitos se escandalizariam, trairiam e se odiariam uns aos outros, e dentre os próprios crentes se levantariam muitos falsos profetas que enganariam a muitos.
A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se esfriaria. Mas em meio a tudo isto o evangelho será pregado por todo o mundo, e quando isto acontecer, quando a última nação for evangelizada, será determinado por Deus a marcha de todos os eventos previstos para a consumação do século (Mt 24.9-14). Todos estes sinais correspondentes ao princípio das dores são comparados por Jesus como as primeiras contrações de um parto. E elas vão se intensificando cada vez mais à medida que se aproxima a hora do nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado período da Grande Tribulação que precipitará todas as ocorrências que culminarão com o retorno do Senhor (Mt 24.15-31).
É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre haveria falsos cristos e falsos profetas operando no
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mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes, não dando crédito a qualquer um que alegue estar falando a nós da parte de Deus. Falsos mestres e falsas doutrinas têm sido espalhados pelo mundo, e isto podemos aprender na história da igreja e em nossos próprios dias. E assim, o Senhor nos alerta para que não deixemos ninguém nos desviar da verdade.
À medida que o tempo do fim se aproxima se multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo, semeando mais e mais a mentira e multiplicando com isto a iniquidade. Note que o Senhor disse que eles farão sinais e maravilhas. Sinais e maravilhas não são, portanto um meio seguro para sabermos se alguém está vivendo e pregando a verdade, porque os falsos cristos e profetas os realizarão em abundância.
Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo seguro do tempo do fim.
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No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também pestilências.
Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo do fim.
III – A Intensificação da Perseguição aos Crentes, Próximo e antes do Tempo do Fim
As perseguições e ódio sofridos pelos crentes durante toda a história da igreja, se intensificarão próximo e antes do tempo do fim. E isso é mundial e precipitará o que está em Mt 24.10. A pressão é tão grande da parte do mundo que começa a massacrar os crentes que algumas pessoas que se identificaram superficialmente com Jesus Cristo, e como a semente ficou sufocada pelos espinhos, quando eles virem o preço a ser pago, eles se escandalizarão e não estarão dispostos a pagar aquele preço. Assim eles odiarão os
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verdadeiros crentes, e os trairão entregando-os aos seus perseguidores. Eles os delatarão para serem mortos. Isto ocorre frequentemente em países muçulmanos, especialmente nos da chamada janela 10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito na Palavra.
Mas os verdadeiros crentes perseverarão até o fim, eles não negarão o seu Senhor, como estes crentes nominais que trairão a muitos dos crentes autênticos, especialmente no período da Grande Tribulação.
Em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um erro infernal diabólico, satânico.
Agora olhe o verso 12 que diz, que por se multiplicar a iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de
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Deus. Nós vemos isto começando a se multiplicar em nossos dias.
E, II Tim 3, Paulo descreve as características das pessoas dos últimos dias. Há vinte anos tais características não eram tão pronunciadas em todas as pessoas do mundo como nos dias atuais, e isto irá num crescendo.
Mas os crentes, que permanecerem fiéis em meio a tudo isto ganharão a sua alma pela perseverança, como está afirmado em Lc 21.19.
Estes reinarão com Cristo eternamente.
A última característica destas dores de parto que indicam o retorno do Senhor é a pregação do evangelho em todo o mundo em testemunho a todas as nações. Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja pregado em todo o mundo, a toda criatura.
Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento do amor de muitos, apesar de guerras, fomes,
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terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.
IV – A Grande Tribulação e o Anticristo
O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela eficácia de Satanás, enganando a muitos, que depositarão nele inteira confiança para a resolução dos problemas mundiais. Ele será o último falso salvador que o mundo verá. O último falso messias. Por isso é chamado de Anticristo, porque é um cristo falso.
O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em Daniel 9.27.
Agora, o que é o lugar santo?
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Algumas pessoas dizem que é a terra. Algumas pessoas dizem que é a cidade de Jerusalém.
O que é o lugar santo?
Há somente outro uso dessa frase em todo o Novo Testamento e encontra-se em Atos 21:28. E o Lugar Santo era um dos ambientes do tabernáculo e do templo de Jerusalém.
A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro cumprimento na pessoa de Antíoco Epifânio, e terá um último cumprimento na pessoa do Anticristo:
“Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora.”
A primeira parte de Daniel 11 descreve fatos que já tiveram cumprimento na história, e a parte posterior se refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo do fim. E o verso 31 trata de um duplo cumprimento, e historicamente já se cumpriu entre 175 e 165 a.C. correspondente ao governo do rei sírio Antíoco. Ele se
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chamava Epifânio, que quer dizer "o grande.". Ele foi um grande perseguidor do povo de Israel, sendo assim um tipo perfeito do Anticristo. Ele tentou acabar com a religião judaica e matou milhares e milhares de judeus, inclusive mulheres e crianças. Ele profanou o templo entrando nele e matando um porco no altar e obrigando os sacerdotes a comerem a sua carne.
Além disso, ele colocou a imagem de um deus grego no templo, provavelmente Zeus. E com o templo assim profanado os judeus deixaram de apresentar seus sacrifícios no mesmo. O sacrifício diário determinado pela lei foi completamente parado. E foi exatamente isso que Daniel profetizou cerca de 400 antes, que ele faria (11:31). Assim o templo ficou desolado, por causa daquela abominação, isto é, daquele ato detestável aos olhos de Deus e do Seu povo. O Anticristo também profanará o templo que será reconstruído, para afrontar os judeus e o Deus de Israel, e pelo mesmo efeito de rejeição que isto produzirá tal como no passado, nos dias de Antioco Epifânio, diz-se que será uma abominação desoladora. E é por isso que ao se referir à
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profecia exclusiva ao Anticristo em 9.26,27, Daniel usa as palavras desolação e abominação para se referir aos atos do Anticristo.
Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das setenta semanas. São setenta semanas de anos. Referem-se, portanto a 490 anos, sendo que a profecia estabelece dois períodos distintos, um que vai desde a “saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” são sessenta e nove semanas, isto é 483 anos. E depois da morte do Ungido se levantaria um príncipe que governaria por uma semana (a septuagésima semana) e que faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares no meio da semana (versos 26,27).
A profecia determina então um período “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos.” (9.24). Isto está vinculado de fato a duas fases: ao primeiro advento de Cristo trazendo a graça e a redenção para os habitantes da terra, e ao seu segundo advento para estabelecer o seu reino de justiça na terra.
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Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a primeira vinda de Jesus, e também o prazo que determinaria a sua segunda vinda, que está relacionada ao período da Grande Tribulação que será precipitada no governo de sete anos do Anticristo, e que corresponde à septuagésima semana da profecia de Daniel. Esta semana é isolada das demais 69 que se cumpriram no primeiro advento de Cristo, porque Israel tem permanecido endurecido até hoje à recepção de Jesus como o Salvador e Messias. E será exatamente no tempo do fim que se voltarão para o Senhor como nação para a sua redenção. Daniel queria saber de Deus quando acabaria o cativeiro de Israel, e quando este seria firmado como nação e reino sacerdotal, conforme havia sido prometido por Deus desde Moisés. E a resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta semanas, porque Daniel pensava que uma vez findo os setenta anos de cativeiro babilônico, conforme havia sido profetizado por Jeremias, Israel seria estabelecido como reino de Deus na terra.
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Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas, isto é, 483 anos. O decreto para a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca de 450 a.C. A contagem vai, portanto até a morte de Jesus, e não até o seu nascimento, porque somando-se 33 a 450 temos os 483 anos referidos na profecia. E de fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna” conforme se encontra registrado na profecia, isto somente seria possível com a morte de Jesus. E por isso a profecia de Daniel faz referência à morte do Senhor.
Mas “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos” conforme está também na profecia de Daniel haverá necessidade de que o Senhor volte e estabeleça o seu reino na terra, de maneira que o veremos assim como Ele é, e o que é em parte será aniquilado. As visões e as profecias terão tido o seu cumprimento, e já não andaremos somente por fé, mas também pelo que veremos. Hoje não há um único ser
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humano perfeito vivendo na terra, porque mesmo o maior dos santos é pecador e ainda está sujeito ao pecado em razão da natureza terrena. Mas, quando o Senhor voltar e nós com Ele em glória, todos seremos perfeitos, assim como Ele é perfeito.
O plano de Deus de restaurar a criação original terá cumprimento na volta de Jesus, e no estabelecimento do seu reino milenal com os salvos na terra. Deus criou a terra para este propósito, para que fosse herdada pelos justos, pelos que são puros de coração, e sem pecado. Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou desde antes da fundação do mundo.
Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.” Isto é, decorrerão três anos e meio para o retorno de Cristo e a consequente destruição do governo do Anticristo, a contar do momento em que for posta a abominação desoladora no Lugar Santo.
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Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260 referidos em Apocalipse 12.6, como tempo da perseguição do diabo aos judeus através do Anticristo durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser explicado pelo fato, de que a profecia de Daniel está enfocando o tempo para o estabelecimento do Reino, e não para o término do governo do Anticristo. Isto demandará o estabelecimento da separação entre os cabritos e as ovelhas, e temos assim uma primeira contagem de um prazo já determinado para o início do estabelecimento do reino.
Em Daniel 12.12 lemos: “Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.” Isto é, 45 depois dos 1290 já referidos. Muitas providências deverão ser tomadas para que a terra seja restaurada a uma condição adequada para o governo dos santos juntamente com Cristo. Para a separação das ovelhas dos cabritos e tudo o mais que for necessário. Haveria assim, provavelmente, um período de transição de 75 dias desde o retorno do Senhor até o estabelecimento do seu reino milenal.
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Jesus começou a remover a maldição do pecado da terra. A terra foi restaurada. Em Ezequiel 36.36 lemos:
“Então as nações que tiverem restado ao redor de vós saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas, e plantei o que estava desolado. Eu, o Senhor, o disse, e o farei.”
A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento quando da volta do Senhor:
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
Daniel chama o Anticristo de pequeno chifre, o rei com a face feroz, o rei voluntarioso. João o chama de a besta, e Paulo o chama de filho da perdição e homem do pecado. Ele é a culminação de todos os falsos cristos. Ele é tão convincente nisto que Daniel 9:27 diz que Israel
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fará um pacto com ele, crendo que ele seja o seu libertador e protetor. E todas as nações do mundo, em razão das suas perseguições, vêm a ficar debaixo do seu poder, e ele engana a muitos.
Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é poderoso, mas não pelo seu próprio poder. Ele causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver, e destruirá os poderosos e o povo santo (Dn 8.24). Não é o próprio poder dele, é o poder do inferno. Pela astúcia dos seus empreendimentos políticos fará prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a paz, ele usa a negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu poder.
No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais cousas sobre ele nos versos 36-45:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis, e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito.
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Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá.
Mas em lugar dos deuses honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas agradáveis.
Com auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas, e aos que o reconhecerem multiplicar-lhe-á a honra, fá-los-á reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio.
No tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros, e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará.
Entrará também na terra gloriosa e muitos sucumbirão, mas do seu poder escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.
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Estenderá a sua mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará.
Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as cousas preciosas do Egito, os líbios e os etíopes o seguirão. Mas pelos rumores do oriente e do norte será perturbado, e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos.
“Armará as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.”
E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, o engano dele é descrito em maior detalhe em Apocalipse 13. E lá João não o vê com uma face feroz e não como um rei voluntarioso, mas em outra perspectiva, como uma besta. Ele é uma besta que governa sobre as nações e o simbolismo é muito vívido. Ele é uma besta poderosa. Ele é uma besta devastadora. O verso 5 diz que lhe foi dado 42 meses para agir com autoridade. Isto equivale a três anos e meio, correspondentes à metade final do
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sete anos referidos em Daniel 9.27 como o tempo total do seu governo.
Assim, ele passará a empreender suas perseguições contra Israel desde a colocação da abominação desoladora no lugar santo, neste período de três anos e meio, correspondente à Grande Tribulação.
Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos:
“Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”
E sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também registrou em Apo 13.5,6:
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus;
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para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.”
Também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.” (7.8).
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade dum tempo.” (7.25).
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis,” (11.36).
Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles, ter se considerado superior ao Deus de Israel, ao ponto
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de se assentar no templo, proferindo palavras contra o Altíssimo.
Ele incorrerá no mesmo erro do rei Assírio Senaqueribe que se exaltou contra Deus e lhe dirigiu palavras de afrontas em desafio através de Rabsaqué, seu porta-voz (Is 36 e 37). Aliado ao poder obtido sobre as nações e sobre Israel, o Anticristo também terá por motivo de exaltação o fato de ser enganado pelo próprio Satanás e demônios aos quais estava servindo, porque o falso sistema religioso que estará a seu serviço, personificado na pessoa do chamado falso profeta (Apo 13.11-15). Fará uma imagem do Anticristo e a imagem falará, e será determinado que todos adorem a imagem, instituindo-se assim um culto idolátrico, e todo aquele que se recusar a adorar a imagem da besta será morto.
Será tal o sentimento de grandeza e de posse do Anticristo sobre toda a humanidade, que será determinado que todos recebam certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o nome da
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besta ou o número relativo ao seu nome que é 666 (Apo 13.16-18).
Muitos poderão estar perguntando, como poderia Israel se aliançar com a besta. No entanto, antes que ele assumisse o controle sobre as nações, revelando o seu caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os israelitas, ter livrado os mesmos da ameaça do mundo árabe. O ódio incurável e histórico do mundo islâmico contra Israel não cessará por qualquer tratado de paz. Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio no poder político que estará em evidência na ocasião sob o governo do Anticristo, tal como os israelitas dependem da sua aliança histórica com os Estados Unidos para a sua segurança no Oriente Médio.
É possível mesmo que nos três primeiros anos e meio de seu governo, que ele seja tido como o próprio messias pelos israelitas, sem que saibam que ele é um falso libertador.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o
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período da Grande Tribulação, ocorrerá a Sua segunda vinda, e quando isto se der, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados. Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão Sua manifestação vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.” (verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande Tribulação.
E como mais um sinal da Sua vinda, o Senhor disse na parábola da figueira que deveríamos aprender da lição que ela nos dá, porque quando os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão está próximo. E assim a geração que testemunhasse estas coisas, não passaria sem que tudo aconteça, pois ao virem todas estas coisas saberão que Ele está próximo às portas (Mt 24.32-34).
A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela renova suas folhas. Assim, quando a geração que presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor,
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precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como sabemos que o verão se aproxima quando a figueira renova os seus ramos e as folhas brotam. Assim os sinais estão reservados para as pessoas que estiverem vivendo no tempo do fim.
A abertura dos quatro primeiros selos citados em Apocalipse corresponde a eventos que estão acontecendo na terra, tipificados nos quatro cavalos e seus cavaleiros. O quinto selo corresponde à determinação da marcha das ocorrências relativas ao tempo do fim, com o clamor daqueles que foram mortos por causa do testemunho de Cristo.
O sexto e sétimo selo correspondem à segunda vinda do Senhor e os eventos que sucederão próximo e durante deste seu retorno.
Os selos são simbólicos. Um testamento que era deixado a alguém no passado deveria ser lacrado sete vezes segundo a lei romana, e assim não poderia ser violado
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sem que fosse percebido. E este é um testamento lacrado. É Deus está legando o mundo a Cristo. E como Ele abre um selo depois de outro, Ele leva de volta o mundo. Cada selo revela que eventos acontecem para que Ele retome o mundo para Si.
Em Apo 6.4 lemos:
“E saiu outro cavalo, vermelho, e ao seu cavaleiro foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também foi-lhe dada uma grande espada.”.
Assim, temos aqui a guerra, e o começo da ordem mundial para uma matança volumosa, que terá o seu ápice nos dias do Anticristo.
E nos verso 5 e 6:
“quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem. Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três
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medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.”
Isto se refere a condições de fome. Não há bastante comida para todos e isto é o resultado de guerra.
Então temos o quarto selo nos versos 7 e 8: quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem. E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.”. Temos aqui o massacre de um quarto da população do mundo.
No capítulo 9 de Apocalipse, a partir do verso 13, vemos que um exército de duzentos milhões de soldados saiu pela terra induzidos por quatro anjos que foram soltos e que se achavam atados junto ao rio Eufrates, e que dizimou a terça parte da humanidade.
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Apocalipse 13. 7 nos conta outra coisa interessante sobre esta guerra. O poder poderoso nesta guerra, em parte, não é somente das forças demoníacas do inferno e do próprio Satanás, mas do Anticristo, a besta:
“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação.”
Assim, é o Anticristo da mesma maneira que nós vimos no Velho Testamento, em Daniel. É ele que massacra o rei do sul, o exército do norte, derrota o exército do leste, e expande o poder dele mundialmente.
Outra passagem em Apocalipse 16.13,14 revela que três espíritos imundos, operadores de sinais, saem da boca do dragão, da besta e do falso profeta e se dirigem aos reis da terra para congregá-los para a batalha do Armagedom, no grande dia do Senhor, isto é, na segunda vinda de Cristo. Mas o intento deles será marchar contra Jerusalém para devastá-la. E no meio desta batalha Jesus virá e os destruirá.
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Os capítulos 8 e 9 de Apocalipse contêm os juízos relativos ao toque das 6 primeiras trombetas. Estes prenunciam o grande juízo de Deus contra os ímpios, contra a iniquidade que se multiplicou na terra, e serão despejados durante o período de governo do Anticristo e culminarão com a sétima trombeta correspondente à segunda vinda de Jesus, que consumará a destruição final dos ímpios. Somente os que tiverem se convertido durante o período do governo do Anticristo serão poupados.
A igreja terá sido arrebatada antes da Grande Tribulação, não sendo assim, atingida por estes juízos. Será lançado granizo misturado com fogo e sangue à terra. Uma terceira parte das árvores será queimada, e isto vai gerar fome. Uma como que grande montanha em chamas foi lançada ao mar e um terço da vida do mar morreu, e um terço das embarcações foi destruído. Aqueles que dependem do mar para o seu sustento foram prejudicados. Uma terça parte das águas dos rios e das fontes se tornou amarga, imprópria para o consumo. Uma terça parte do sol, da lua e das estrelas
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foi atingida, para que a terça parte deles escurecesse, afetando assim o ciclo das estações na terra, prejudicando, sobretudo as atividades agrícolas.
Tudo isso constitui desastres de proporções volumosas.
Além disso, ao toque da quinta trombeta corresponderá a soltura de demônios que estavam aprisionados no abismo, e eles atormentarão a terra por cinco meses.
E, no toque da sexta trombeta ocorrerá a destruição da terça parte da humanidade a que já nos referimos pelo exército de duzentos milhões de soldados.
Os capítulos 15 e 16 de Apocalipse descrevem os sete flagelos despejados em taças por sete anjos sobre a terra, com os quais se consumou a ira de Deus. Por meio de Jesus Cristo os crentes são livrados da ira de Deus, e isto é evidência suficiente para afirmarmos que a igreja não passará pelo período da Grande Tribulação, por ter sido arrebatada antes que o Senhor comece a despejar a sua ira sobre os incrédulos desde a abertura dos sete selos e do toque das trombetas. Muitos dos que
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estavam endurecidos até o arrebatamento da igreja, haverão de se converter durante o período da tribulação porque se diz que por amor dos eleitos, estes dias serão abreviados. A tribulação será, portanto um fator que contribuirá para a sua conversão livrando-os assim dos tormentos eternos do inferno.
Quando o primeiro anjo despejou os flagelos de sua taça, os portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem sofreram úlceras malignas e perniciosas. Desde os dias de Moisés, Deus havia prometido que não traria as enfermidades que lançou sobre os egípcios naqueles que andassem nos Seus estatutos, cumprindo a Sua vontade. Vemos assim que estas úlceras serão visitações de juízos sobre o pecado.
Então, o segundo anjo despejou a sua taça no mar e ele se tornou como o sangue de um homem morto. Você se lembra que no juízo dos selos aconteceu a morte de um terço do mar, mas agora todo o mar é atingido. Isto faz parte da palavra dada por Jesus em Lc 21.25-27:
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“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.”
Vemos assim que a precipitação destes juízos será rápida e próxima da vinda do Senhor, dando cumprimento à palavra de que estes dias finais da Grande Tribulação seriam abreviados por amor dos escolhidos. Não temos nisto, portanto, uma sucessão de eventos de grande impacto catastrófico e grande tormento, por um extenso período. São juízos rápidos e sucessivos que precipitarão e coincidirão com o retorno do Senhor, tanto para a consumação da destruição dos ímpios pela liberação da palavra da Sua boca, como para destruir as obras do diabo e do Anticristo, dando início ao Seu reino milenal sobre a terra.
O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue, e o anjo declarou
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que Deus é justo por ter julgado estas cousas, porquanto haviam derramado o sangue de santos e de profetas, e assim lhes estava dando sangue a beber porque eram dignos disso (Apo 16.4-7). A humanidade estava apoiando o Anticristo no seu trabalho de destruir aqueles que não estavam aceitando adorá-lo como deus. E o Senhor estava lhes dando a devida paga.
Quando o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, foi dado ao sol queimar os homens com fogo. Eles não se arrependeram para darem glória a Deus, antes blasfemaram o Seu nome (16.8,9).
O quinto anjo despejou a sua taça sobre o trono da besta, e o reino do Anticristo se tornou em trevas; os homens, por causa das angústias e das úlceras que sofriam, não se arrependeram, mas blasfemaram o Deus do céu (16.10,11).
O sexto anjo derramou a sua taça sobre o rio Eufrates, cujas águas se secaram para preparar o caminho para os reis que vêm do leste, para que pudessem se ajuntar no lugar chamado Armagedom (16.12-16).
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E o sétimo anjo derramou sua taça no ar, e sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra. A grande cidade se dividiu em três partes e caíram das cidades das nações, e lembrou-se Deus da grande Babilônia, para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira.
Toda ilha fugiu e os montes não foram achados. Houve grande saraivada sobre os homens com pedras que pesavam cerca de um talento, e por causa da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus (16.17-21).
Como vimos, Lucas fala de eventos horríveis, eventos amedrontadores que irão acontecer. Você pode voltar ao capítulo 6 de Apocalipse, e ver ali coisas horríveis como guerra e morte, fomes e massacre. Como o céu começa a se quebrar, como a terra começa a tremer com eventos terríveis. Indo para o capítulo 9, vemos o abismo sem fundo sendo aberto para a libertação de demônios. Os homens serão atormentados por eles, e buscarão a morte, mas a morte fugirá deles. O líder destes demônios (9.11) chama-se em hebraico Abadom,
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e em grego Apolion, que significa destruidor. Estes demônios levantam um exército terrível.
No capítulo 14, onde também se descrevem coisas que ocorreram próximo e durante a segunda vinda de Jesus. O resultado de todos estes juízos da ira de Deus e da ação direta do Senhor e dos seus anjos quando da sua volta, está relatado no verso 20:
“E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios”; isto é, um banho de sangue incrível e inconcebível, pois cobre uma extensão de quase trezentos quilômetros.
A chave de interpretação destes juízos de Apocalipse desde o capítulo 6 ao 19, que tratam da Grande Tribulação e da volta de Cristo está, portanto no entendimento de que tudo o que ali está referido não se dará num longo período de tempo, mas dentro do governo de sete anos do Anticristo, cujos três últimos anos e meio correspondem à chamada Grande Tribulação. Não há, portanto uma sequência cronológica
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exata das coisas narradas nestes capítulos. João passou a visão das coisas que viu neste período próximo da volta do Senhor.
A referência à queda de Babilônia, designada como grande cidade é possivelmente ao sistema econômico mundial, porque os mercadores da terra prantearam a sua queda. Esta queda se dará depois que o Anticristo tiver se manifestado e em meio a todos estes juízos que estarão sendo despejados sobre a terra. Não se refere, portanto à queda das torres gêmeas do World Trade Center nos Estados Unidos, em setembro de 2001.
Os sinais que ocorrerão no céu e farão os homens desmaiarem de terror, que são citados nos evangelhos pelo Senhor como indicações da proximidade da sua vinda, e que vimos anteriormente em Apocalipse, são também citados no Velho Testamento, como em Joel 2, e que são repetidos por Pedro em Atos 2:
“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua
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em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.” (Joel 2.30,31).
Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser comparados com as coisas que acontecerão próximo da vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se manifestado.
Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em várias épocas e locais específicos foram vítimas de perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que será empreendida contra os que confessarem a Cristo no período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento da igreja. Os que se converterem depois do arrebatamento haverão de sofrer as angústias terríveis relatadas em Mt 24.9,10. Isso excederá todas as outras perseguições. O mundo todo odiará por inspiração do Anticristo tanto os judeus quantos os cristãos.
Depois que a igreja for arrebatada Deus dará duas testemunhas ao mundo, e todos ouvirão a sua pregação
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do evangelho, e elas serão mortas, mas depois de três dias e meio eles serão ressuscitadas por Deus e serão ascendidas ao céu na nuvem diante do olhar de seus inimigos, e isto trará grande medo sobre muitos, e naquela hora haverá um grande terremoto, e ruirá a décima parte da cidade, e morrerão sete mil pessoas, e as demais ficarão sobremodo aterrorizadas, e darão glória a Deus (Apo 11.11-13). E certamente, muitos dentre estes se converterão ao Senhor, e serão duramente perseguidos pelo Anticristo, juntamente com os judeus, dando cumprimento à palavra profética da destruição dos santos, do povo santo, pela besta.
Estes que forem massacrados na Grande Tribulação são os que clamam debaixo do altar dizendo:
“Até quando, Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Apo 6.10).
E lhes foi respondido que aguardassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que iam ser mortos como eles. Note
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que na sequência desta visão João descreve que de fato seria muito breve o tempo que eles deveriam aguardar, porque o sexto selo foi aberto e precipitou os juízos finais da cólera de Deus sobre o mundo, tendo antes determinado que se selassem nas frontes os 144.000 servos de Deus de todas as tribos dos filhos de Israel, doze mil de cada tribo. Uma referência provável aos judeus que ainda se converteriam por ocasião da volta do Senhor. Estes, juntamente com os gentios que se converteram no referido período foram vistos em grande multidão que ninguém poderia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos. E um dos anciãos perguntou a João quem eram estes, e o próprio ancião respondeu dizendo: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (Apo 6.9-7.17).
João está descrevendo as coisas que estavam ocorrendo na terra no período da Grande Tribulação, e a conexão destas coisas com o céu. O prêmio do martírio daqueles
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que estavam sendo massacrados pelo Anticristo foi-lhe revelado por Deus, nestas visões de Apo 6.9-7.17.
No capítulo 12 vemos o dragão perseguindo uma mulher com uma coroa de doze estrelas na cabeça, vestida do sol e com a lua debaixo dos pés. Isto pode ser uma referência aos judeus que fugirão para os montes, seguindo a instrução de Jesus dada em Mateus 24.15-22, em face da Grande Tribulação. É de Israel que descende o filho da mulher que há de reger as nações com cetro de ferro, o Senhor Jesus (Apo 12.5). Mas “a mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.” (Apo 12.6).
Repare que estes mil duzentos e sessenta dias correspondem a três anos e meio. E é exatamente este o período da Grande Tribulação correspondente à perseguição do Anticristo. Muitos dos que forem poupados em Israel fugirão da cidade para o deserto e para os montes, e ali serão sustentados por Deus. E diz-se mais que quando Satanás foi atirado à terra por Miguel e seus anjos, de modo que não teria dali em
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diante mais acesso à presença de Deus, onde acusava os crentes de dia e de noite, isto fez com que ele ficasse muito encolerizado contra os habitantes da terra. Isto significa um aumento na fúria das perseguições contra os santos no tempo do fim e contra os judeus de um modo geral, dado ser a nação eleita através da qual Deus trouxe o Messias ao mundo. E assim lemos mais sobre a mulher que deu à luz o filho varão que regerá o mundo com cetro de ferro, em Apo 12.13-18:
“Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
Então a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca.
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“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.”
Note mais uma vez o período de três anos e meio, designado agora na profecia como “um tempo, tempos, e metade de um tempo”.
O lançamento de Satanás sobre a terra, não significa que somente a partir de então passaria a perseguir os crentes, pois tem feito isto desde o princípio, mas sim o impedimento de ir à presença de Deus para acusá-los.
Assim, os eventos do capítulo 13, como já dissemos, correm em paralelo com o que foi dito anteriormente, pois são ocorrências da Grande Tribulação. Aqui se descreve o Anticristo como o agente destas perseguições de Satanás descritas no capítulo anterior (12). Nos versos 7 e 8 lemos:
“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada
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tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.”
E, vemos no capítulo 17 a descrição da grande meretriz, isto é, do falso sistema religioso da Grande Tribulação que está embriagado com o sangue dos santos, dos mártires de Jesus. E em 16:6 se diz que eles derramaram o sangue de santos e profetas.
Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24. No verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz:
“Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.”
Então, complementa com as mesmas instruções que se seguem a Mateus 24.15: “Então os que estiverem na Judeia fujam para os montes...” e assim sucessivamente.
O que significa isto?
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Em Zacarias 14.1-3 lemos:
“Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade.
“Então sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha.”
E isto, não é uma referência ao cativeiro babilônico porque já havia acontecido, nem é uma referência à destruição pelos romanos, porque a profecia diz que as nações seriam juntadas contra Jerusalém.
Isto se dará no tempo do fim como está registrado em Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.
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V - O Arrebatamento
Quando Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra com fogo e enxofre, do mesmo modo que ele trará juízos sobre o mundo quando da segunda vinda de Cristo, Ele livrou antes o justo Ló, fazendo com que ele fosse arrebatado pelas mãos de anjos do meio daqueles ímpios, mesmo diante de certa relutância de Ló, colocando-o fora da cidade ordenando-lhe que fugisse para o monte (Gên 19.15-17). Pedro, sobre tal livramento da parte de Deus assim se expressa em II Pe 2.9 quanto ao resgate de Ló:
“é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar, sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”.
A igreja será arrebatada, não pelas mãos de anjos, mas pela poderosa mão de Deus para o encontro com Jesus nos ares (I Tes 4.16,17). Paulo diz que isto se dará quando for dada a palavra de ordem do Senhor, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus. Em I Cor 15.52 Paulo diz que este arrebatamento ocorrerá ao
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ressoar a última trombeta. Se há uma última trombeta, é porque houve várias trombetas soadas antes do arrebatamento.
O toque de trombeta significa o alerta de Deus contra o pecado, e a chamada dos pecadores ao arrependimento, para que se convertam e vivam (Is 58.1; Jer 6.17; Ez 33.3-11).
A última trombeta está associada ao arrebatamento porque todos os crentes atenderão a esta convocação e se reunirão ao Senhor. Há uma chamada de Deus na dispensação da graça para que os homens creiam em Cristo e sejam livrados da ira vindoura.
Todo aquele que atender ao chamado será livrado da grande tribulação que virá sobre a terra, conforme promessa do Senhor em Apo 3.10:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.”
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Observe que o Senhor está falando de uma hora de provação que virá sobre o mundo inteiro para experimentar os habitantes da terra. É provavelmente uma referência à Grande Tribulação da qual os verdadeiros crentes serão livrados segundo a sua promessa, por arrebatá-los antes que tais coisas sucedam. Mas como se diz em Apo 3.10, a provação referida terá o propósito de experimentar os que habitam sobre a terra, isto é, por ela, se conhecerá os que se voltarão para Deus, e os que permanecerão endurecidos pelo pecado, chegando mesmo a blasfemar o nome de Deus, conforme já vimos antes.
Muitos crerão pela dor, pela intensidade das perseguições e juízos do período da Grande Tribulação, mas aqueles que receberam a Cristo voluntariamente em seus corações, tendo crido nEle antes do período da tribulação, terão a distinção e honra de serem arrebatados, para serem livrados das coisas que sucederão ao mundo a partir do momento que a abominação desoladora for colocada no lugar santo.
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A igreja estará com o seu Senhor nas Bodas do Cordeiro referida em Apo 19.7-9. E o anjo disse a João que escrevesse que; “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.”
Cremos que um dos motivos além do principal da comunhão plena e perfeita com Cristo, a citação à bem-aventurança diz respeito ao livramento dos juízos que serão despejados sobre a terra e das perseguições do Anticristo no período da Grande Tribulação.
I Tes 1.10 diz que Jesus nos livra da ira vindoura, e nesta mesma epístola, ele afirma que o dia do Senhor vem como ladrão de noite, mas os crentes não estão em trevas para que esse dia os apanhe de surpresa, porquanto são filhos do dia, e que Deus não destinou a igreja para a ira, mas para alcançar a salvação mediante Jesus Cristo (I Tes 5.1-11).
Somos livrados não somente da condenação futura do grande juízo de Deus, como também dos juízos que serão manifestados em razão da ira de Deus contra o pecado por ocasião da segunda vinda de Cristo. Estes
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juízos são destinados aos incrédulos, ao mundo de pecado, e não faria sentido, que Deus submetesse a igreja à mesma condenação juntamente com o mundo. Isto contrariaria frontalmente todas as promessas bíblicas de livramento dos que têm a Cristo, dos juízos vindouros. Pedro é bastante explícito ao afirmar que “o Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar, sob castigo, os injustos para o dia de juízo,”
Ele não destruirá o justo juntamente com o ímpio quando trouxer Seu juízo sobre o mundo, assim como manifestou este caráter da Sua justiça a Abraão, quando este intercedeu em favor de Ló, e efetivamente livrou Ló da destruição que era destinada aos ímpios, assim, como também livrou Noé e sua família, nos dias do dilúvio que trouxe ao mundo para julgar o pecado que havia sobre a terra.
O Senhor disse a Abraão que, se houvesse dez justos em Sodoma e Gomorra, Ele pouparia a cidade da destruição. Entendemos então, que caso os crentes ainda estivessem no mundo durante a Grande Tribulação, Deus não despejaria os Seus juízos sobre o mundo por
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amor deles. É exatamente por terem sido retirados do mundo no arrebatamento, e por não ter ficado assim nenhum justo na terra a partir deste momento, que foi o fator que propiciou que Deus despejasse seus juízos descritos em Apocalipse sobre o mundo.
Além destas, há muitas outras razões para crermos que a igreja não passará pela Grande Tribulação.
Ninguém pode duvidar do arrebatamento, porque ele é ensinado clara e positivamente pela Bíblia. E podemos supor quanto ao tempo do evento que ele será antes da Grande Tribulação porque é dito na Palavra que quando Cristo se manifestar nós também seremos manifestados com ele, em glória (Col 3.4).
Ora, nós sabemos que o dia da segunda vinda, conhecido como o dia do Senhor, será um dia terrível, de juízos terríveis, porque o Senhor virá para entrar em juízo com o mundo de pecado.
E como poderemos nos manifestar com Ele em glória em tal ocasião se ainda estivéssemos na terra?
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Como poderia ter lugar a ressurreição dos crentes que haviam morrido antes dos que estiverem vivendo, e a transformação dos corpos deles e dos que estiverem vivendo na terra na ocasião, para o encontro com Jesus nas nuvens, exatamente no momento em que Ele se manifestar como o juiz de toda a terra, matando pela sua palavra o mundo de ímpios?
Como viríamos com Ele e com os anjos na segunda vinda, se tivéssemos que nos encontrar com Ele nas nuvens, exatamente na ocasião da sua segunda vinda para julgar o mundo?
Agora, tudo se encaixa e se harmoniza com a Palavra revelada, se colocamos o momento do arrebatamento antes do período da Grande Tribulação, e a segunda vinda de Jesus no final do referido período.
Outra razão para crermos que o arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação está na própria estrutura do livro de Apocalipse. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor se dirige à igreja. Mas nos capítulos 4 e 5 não se fala mais da igreja. Por que isto?
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A igreja não está na terra. Ela está no céu. O capítulo 4 é introduzido com a expressão:
“Depois destas cousas olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu.”
Observe que a cena se desloca da terra para o céu. As atenções estão voltadas no capítulo 5, para um livro escrito por dentro e por fora de todo selado com sete selos. É o livro referente à herança do Cordeiro, à tomada de posse definitiva da Sua propriedade. Da conquista final da terra e de tudo o que nela existe. A abertura dos seus selos precipitará todas as ações necessárias para a segunda vinda de Cristo e o estabelecimento do seu reino na terra. Ele é rei.
Ele disse a Pilatos que para isto havia nascido e para isto havia vindo ao mundo (Jo 18.37). Tudo foi criado por Ele e para Ele. Mas santo que é, importa que a sua propriedade seja tomada também em pureza e santidade. Ele não é o rei de um mundo pecaminoso, com co-herdeiros ainda sujeitos ao pecado. Por isso
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purificará a terra de suas más obras, e assumirá o reino com aqueles que tiver purificado pelo Seu sangue.
A abertura dos selos corresponde, portanto às ações de juízo sobre a terra para que esta seja reconquistada. E tudo isto se dará no período de governo do Anticristo. Assim, nos capítulos 4 e 5 de Apocalipse a igreja está no céu, e começarão a se desenrolar do capítulo 6 em diante, as ações sobre a terra no período de governo da besta. Do capítulo 6 a 18, não se menciona a igreja... Nunca se menciona como a igreja deveria agir durante a tribulação. Nenhuma outra palavra de advertência, de admoestação, de convocação ao arrependimento, como encontramos nos capítulos 2 e 3.
E qual é a razão disto?
A igreja está aperfeiçoada no céu, sem ruga nem mácula, porque já foi arrebatada. O foco da atenção na terra já não é, portanto a partir de agora a igreja, mas a segunda vinda do Senhor para estabelecer o seu reino, os que estão sendo perseguidos e massacrados pelo Anticristo, os juízos que terão que ser despejados sobre a terra para
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produzir a conversão de muitos dos que se arrependeriam em face das perseguições e das manifestações da ira de Deus.
A literatura apocalíptica, mesmo a dos dias do Velho Testamento, tinha por propósito consolar e conduzir à fé aqueles que estariam debaixo da aflição e juízos futuros. Eles poderiam reconhecer a sua experiência nos escritos proféticos que apontavam para as ocorrências do futuro. A maior parte do Apocalipse não se refere à igreja, porque durante as ocorrências ali narradas a igreja já está consolada no céu, não tendo do que ser consolada. Esta consolação será necessária para os que estiverem vivendo na terra no período da Grande Tribulação.
Um preço terrível terá que ser pago pela maioria dos que se converterem nos dias do Anticristo, para não negarem a fé, mas o livro de Apocalipse revela que valerá a pena pagar qualquer preço em face do gozo eterno que está prometido ao que vencer e perseverar até o fim, e do livramento dos horrores eternos no lago
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de fogo e enxofre para aqueles que negarem o nome de Cristo.
VI - A Segunda Vinda de Cristo
Um das verdades mais amedrontadoras de todas da Bíblia se refere ao evento que é identificado em I Tes 5.2 como o dia do Senhor. Aquele termo é um termo técnico da Bíblia para descrever o dia quando Jesus voltará trazendo a cólera flamejante e a ira de Deus sobre todos os pecadores do mundo. É um dia de devastação. É um dia de destruição.
Em várias outras passagens da Bíblia é usada a expressão o "dia do Senhor" para revelar que é um dia de angústia, de sofirmento, de juízo: Atos 2:20, 2 Tes 2:2; 2 Pe 3:10; Is 2:12, 13:6, 9; Jer 46:10; Joel 1:15; 2:11, 31; Amós 5:18,:20; Mal 4:5; Sof 1:14, 15.
Toda palavra profética relativa ao dia do Senhor é sobre julgamento, é sobre ira, desolação, vingança e
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destruição terríveis. É dito que é um tempo de melancolia e escuridão e angústia. Seis vezes é chamado de um dia de destruição. Quatro vezes é chamado de um dia de vingança.
Agora sempre o dia do Senhor se refere ao julgamento final mais cataclísmico de Deus sobre a terra, para visitar o pecado dos homens ímpios. É a culminação da cólera de Deus numa explosão final que consome o ímpio. Agora é verdade, que especialmente no Velho Testamento houve épocas em que Deus manifestou a sua ira sobre os homens, e usou meios providenciais humanos, como uma nação destruindo outra nação, ou usando fomes, terremotos ou pestes e doenças, como forma de juízo, mas nada disso se compara ao grande e final julgamento que ele despejará sobre a terra sob a forma de situações angustiantes. Assim todos os terremotos, fomes, desastres, doenças, tempestades, inundações, operações demoníacas, guerras, violências e todas as formas de tribulações que afligem os homens são apenas prelúdios da manifestação da explosão final
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da ira do Filho de Deus quando ele se manifestar para desarraigar o ímpio da terra, na sua segunda vinda.
O dia do Senhor deve ser visto então exclusivamente como um período de julgamento, julgamento dos ímpios. E assim, todas as manifestações de juízos que encontramos desde Apo 6 até 19 estão associadas ao dia do Senhor, isto é, à segunda vinda de Cristo, que como já vimos, ocorrerá no final do período de três anos e meio da Grande Tribulação.
São várias as passagens das Escrituras que afirmam que o dia do Senhor está próximo: Ez 30.3; Joel 2.1; 3.14; Ob 15; Sof 1.7; Zac 14.1. Sempre houve assim, a ideia de que Ele pudesse vir a qualquer momento.
O Novo Testamento diz que neste dia o Senhor virá como um ladrão. Não que o Senhor seja um ladrão, mas ele virá inesperadamente e não para dar boas vindas, mas para produzir destruição. Aqueles que não se aprontarem para serem livrados da surpresa deste dia terão que enfrentar as terríveis consequências da sua negligência.
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Joel 2.30,31 nos dá o caráter deste dia:
“Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo, e colunas de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.”
Então, o Senhor virá com poder e muita glória. Uma glória tal que escurecerá a própria luz do sol, da lua e das estrelas. Este será o chamado dia do Senhor. Um dia singular. Um dia totalmente diferente. Um dia profético, não necessariamente um dia de 24 horas. Como diz a palavra, porque "será um dia que será conhecido a Jeová." (Zac 14.7)
O que ele está dizendo é que não há ninguém que possa descrever este dia. Ninguém poderia entender este dia. Não há nenhuma explicação científica para este dia. Nenhum ser humano poderia ter a compreensão completa deste dia. É um dia que somente o Senhor pode explicar. É um dia somente conhecido a Ele. Não haverá nenhum modo de entendê-lo. Porque poderes
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miraculosos procederão do Senhor nos céus e na terra e os fundamentos do mundo serão abalados.
Então, o profeta Zacarias diz mais adiante (14.7):
"Não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.”.
Não é dia claro, nem noite. Assim, não é nem dia e nem noite. Mas, o verso 7 diz:
"mas haverá luz à tarde".
No término daquele dia, no fim daquele período profético, a luz virá. Assim Zacarias vê a mesma coisa. Tudo fica escuro. Ninguém pode entender o que aconteceu. Não há nenhuma explicação humana. Somente Deus sabe. Não é nem um dia claro, nem uma noite escura. É um dia singular.
Então no fim daquele período de trevas, a luz voltará. E o que é aquela luz?
É o sinal do Filho do Homem no céu que vem nas nuvens do céu com poder e grande glória.
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Qual será a intensidade e a majestade desta luz divina?
Apocalipse 21.23 nos dá uma ideia sobre isto, porque na Jerusalém celestial, o Cordeiro é a Sua lâmpada, e não necessita de nenhuma luz natural, nem do sol, nem da lua, nem das estrelas. Jesus encherá os céus com a glória da Sua luz.
Mas esta luz que brilhará na escuridão, será para os ímpios não um motivo de alegria, mas de puro terror. Por amarem as trevas os pecadores fogem da luz. Esta luz é para eles uma luz de julgamento vingador. Daí se dizer em Lucas 21.26 quanto a este dia:
“haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados.”
Hebreus 1.2,3 diz, que “Jesus foi constituído por Deus herdeiro de todas as cousas, e pelo qual também fez o universo, e que Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder.”
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Observe que Jesus não é somente criador do universo, mas também sustentador do equilíbrio de tudo o que há no universo. E como Ele fez e faz isto ?
Simplesmente pela palavra do Seu poder. É nEle que tudo é sustentado mediante a Sua palavra de ordem. Ele disse no princípio: “Haja luz”, e houve luz, e assim se fez com todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis. Da mesma forma que Ele criou e sustenta pela sua palavra, Ele também destruirá pela mesma palavra poderosa que procede de Sua boca.
Ele mostrou este Seu poder abundantemente em Seu ministério terreno, expelindo demônios, curando enfermidades, operando maravilhas meramente com a palavra proferida pelos seus lábios. Este mesmo poder ainda opera na igreja dentro dos limites estabelecidos e controlados por Ele, fazendo com que a palavra poderosa inspirada pelo Espírito que procede da boca dos seus servos, faça tudo quanto Lhe apraz.
O homem pode contar com a regularidade com que o Senhor sustenta todas as coisas, para enviar satélites ao
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espaço sideral, sabendo que eles não se desviarão de suas órbitas, porque há um poder que mantém o universo em equilíbrio.
Os corpos celestes são controlados pelo poder sustentador da palavra de Deus. Mas de repente, se o Senhor deixa de exercer este poder sustentador, o que nós temos?
O caos, e tudo o que está unido no universo passa a se descontrolar e desintegrar. E a terra se torna uma vítima deste desarranjo incrível de todo o universo. Os poderes dos céus serão abalados e nós já sabemos por que isto ocorrerá.
Deus manifestará o seu desagrado relativamente à impiedade dos homens que chegará a níveis insuportáveis nos últimos dias conforme descrito na Bíblia, através da remoção das condições de sustentação regular da vida do mundo físico que os homens tanto apreciam. Tal como um pai que priva o filho de um brinquedo muito querido, quando o castiga. Deus
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quebrará os pontos de apoio em que os homens costumam colocar a sua confiança e segurança.
Haverá escassez de alimento e de água, de condições climáticas favoráveis à saúde, haverá pragas e pestilências sem medida, acidentes provocados por terremotos, e outros eventos cataclísmicos, destruições e aflições decorrentes de guerras, operações de demônios, e tantas outras condições desfavoráveis para a vida do homem na terra, em decorrência dos juízos de Deus. A alteração no poder que sustenta o equilíbrio do universo terá em vista principalmente produzir tais condições desfavoráveis na terra.
É inconcebível como a terra não será totalmente destruída com isto, mas poderoso é o Senhor para mantê-la em plena ordem, se assim o desejasse, mesmo retirando tudo o mais do universo que a rodeia. Deus produzirá caos na terra, mas Ele controlará o caos pelo Seu poder, porque Ele restaurará a terra para o reino milenal paradisíaco de Cristo na terra.
Em Isaías 34.6 lemos:
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“A espada do Senhor está cheia de sangue, engrossada da gordura e do sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de Edom.”
Em outras palavras, haverá uma matança mundial da parte do Senhor, quando Ele vier com os Seus santos e os anjos para julgar o reino do Anticristo e a coligação de nações que se ajuntarão no lugar chamado de Armagedom para destruir Israel. O Senhor virá e destruirá os ímpios não somente que estiverem marchando contra Israel com o Anticristo, mas os de todas as nações.
O descrente será morto, mas o justo viverá. Os homens serão mais raros que o ouro de Ofir. E com estes crentes que estiverem vivendo sobre a terra e que sobreviverão à volta do Senhor, o mundo será repovoado para no período do milênio.
A espada referida em Is 34.6 que está cheia de sangue, não é uma espada física, e nem mesmo a ação de uma
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guerra conforme a ideia que nós temos de uma guerra, porque esta espada é a espada afiada de dois gumes. A espada que procede da boca do Senhor, que é a Sua palavra. Será meramente por meio da palavra de ordem que Ele proferir que os ímpios serão mortos em todas as nações do mundo, por ocasião da sua segunda vinda. É aqui que se cumpre em plenitude a palavra que Ele proferiu enquanto neste mundo; que deveríamos temer Aquele que tem poder para matar o corpo e lançar a alma no inferno.
Esta é uma referência a si mesmo, como Deus que é. É Ele quem tem as chaves da morte e do inferno. Isto é, é Ele quem tem o domínio sobre ambos. Ele revelará isto claramente na Sua segunda vinda.
Esta destruição dos ímpios não significa aniquilação, mas morte física, porque continuarão existindo em espírito, mas sendo lançados no inferno para aguardarem a condenação final ao lago de fogo e enxofre depois de serem ressuscitados depois do milênio e serem julgados diante do grande trono branco (Apo 20.11).
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Apo 19.11-21, e 20.1-3a descrevem parte dos eventos relativos à segunda vinda de Jesus, e ali se diz que “sai da sua boa uma espada afiada, para com ela ferir as nações,” (verso 15), e que a besta e o falso profeta foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre (verso 20), e que; “os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.” (verso 21).
Veja então, que pela Sua palavra o Senhor destruirá os ímpios de todas as nações por ocasião da sua segunda vinda.
Lembramos mais uma vez, que os santos estarão com o Senhor na Sua vinda (Zac 14.5), e também os anjos (I Tes 1.7). E vale lembrar as poderosas destruições de milhares de ímpios que o Senhor efetuou na terra nos dias do Velho Testamento, através do poder dos anjos. Haverá, portanto uma mortandade real de ímpios na segunda vinda de Jesus.
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O centro do governo de Jesus durante o milênio será em Jerusalém. Daí que, quando ele voltar, o teatro de operações da guerra de coligação de nações com o Anticristo estará se dirigindo para a referida cidade.
Em Zac 12.3 lemos: “Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.”
Na batalha de Armagedon há um foco sobre Jerusalém, e Jerusalém vai ser um lugar onde o Anticristo tentará estabelecer o seu governo. Até nisto ele tentará ocupar o lugar de Cristo.
Is 63.1-6 descreve vivamente as condições de mortandade geral em todo o mundo por ocasião da segunda vinda do Senhor. Apocalipse 19.13 apresenta as vestes do Senhor salpicadas de sangue, tanto quanto em Is 63, como resultado da matança dos seus inimigos, no trabalho de desarraigar o ímpio da terra. Pela sua própria impiedade é que eles serão desarraigados,
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tendo recusado voluntariamente a chamada de Deus para o arrependimento e salvação.
VII - O Milênio e a Prisão de Satanás
Jesus disse que os mansos são bem-aventurados porque eles herdarão a terra. Isto é uma referência clara ao retorno dos crentes à terra, para reinarem juntamente com Cristo durante os mil anos citados em Apocalipse, e da permanência na terra daqueles que se converterem no período da Grande Tribulação, no que podemos chamar de reino milenal. Este reino de mil anos será o cumprimento de várias profecias bíblicas, e especialmente da promessa feita a Davi de que da sua descendência sairia um rei que governaria Israel com justiça.
Este reino de mil anos é citado em várias porções das Escrituras, especialmente no Velho Testamento, conforme estaremos comentando adiante. No Novo
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Testamento há versículos que chamam este período de Regeneração, como em Mt 19.28: “Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.”.
Em Atos 3.21 é chamado de Tempos da Restauração: “ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.”
Em Ef 1.10 é chamado de Dispensação da Plenitude dos Tempos: “de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do céu como as da terra;”.
Na realidade, podemos afirmar que o Reino é o tema fundamental de toda a Bíblia. Que tudo da Bíblia realmente se orienta ao fato de que Deus governa, que Deus é soberano, e que a meta da história redentora é um Reino eterno no qual Deus governa. Tudo aponta para o reino. Jesus mesmo, logo que começou o Seu
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ministério pregava e continuou pregando a necessidade de fé e arrependimento porque o Reino de Deus estava próximo.
Deus sempre prometeu um reino que seria eterno, mas Ele prometeu que seria também um reino terrestre, tanto quanto Ele prometeu a esperança do céu eterno. Agora como Deus pode cumprir tudo isso?
Um reino eterno que é um reino terrestre e é também um reino divino?
Bem, a resposta é que o reino milenal é parte terrestre daquele reino eterno. No Velho Testamento, como estaremos vendo, as promessas dos profetas para Israel falam de um reino que é terrestre... Mas eles também falam de um reino que é divino, um reino que está aqui neste planeta e que é um reino que tem uma dimensão completamente diferente, um reino que é medido pelo tempo e um reino que está além do tempo.
E é necessário que Deus faça isto deste modo. Ele prometeu um reino terrestre. Naquele reino terrestre
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haverá pessoas com um corpo terreno, tal como o nosso, que não morreram na segunda vinda de Cristo. Eles sobreviverão ao tempo da Tribulação e eles serão os resgatados. Eles virão da nação de Israel e de outras nações do mundo.
Eles entrarão no reino terrestre glorioso renovado e reavivado na terra. Por isso o anjo disse a Daniel que são bem-aventurados os que esperam e chegam até mil trezentos e trinta e cinco dias, isto é, setenta e cinco dias após o término da Grande Tribulação, que como já vimos, é o provável prazo para o preparo e admissão final no Reino daqueles que sobreviveram à Grande Tribulação. Eles terão filhos, como veremos no estudo das profecias, especialmente no livro do profeta Isaías. A reprodução natural prosseguirá, e os processos naturais da vida seguirão o seu curso, só que Deus operará de tal forma que a longevidade dos primeiros dias conforme relatado no Gênesis será restaurada.
E assim, ainda haverá um grupo de pessoas na terra, descendentes destes crentes do Reino, tal qual no princípio, quando o mundo de hoje foi formado a partir
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da família de Noé, e dentre estes que tiverem descendido deles, haverá também não eleitos, pessoas que não se converterão, e que serão no fim dos mil anos seduzidas por Satanás quando ele for solto de sua prisão no abismo, por um breve tempo, para a sua condenação final no lago de fogo e enxofre. Assim, o reino enquanto é na realidade um reino que é dado às pessoas de Deus por via de cumprimento da Sua promessa, é também o tempo final no qual a redenção poderá acontecer nas vidas de seres humanos. E cumpre dizer, que haverá, portanto dois tipos de seres humanos vivendo na terra, os crentes que receberão corpos glorificados na primeira ressurreição e no arrebatamento e que retornaram à terra com Cristo na sua segunda vinda, e estes que citamos, ainda em corpos naturais, que sobreviveram à Grande Tribulação, cujo término coincidiu com a segunda vinda de Jesus.
A prisão de Satanás durante os mil anos não será no lago de fogo, mas num lugar chamado de abismo que é muito mencionado na Palavra (Apo 20.1, 3; II Pe 2.4; Lc 8.31).
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Todas as sete vezes que este abismo ou cova sem fundo é citado em Apocalipse isto se refere ao lugar onde os anjos caídos são mantidos aprisionados. O lugar onde eles esperam o encarceramento final deles no lago de fogo. Diz-se de forma muito interessante em Is 24:21-23: " Naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra. E serão ajuntados como presos numa cova, e serão encerrados num cárcere; e serão punidos depois de muitos dias. Então a lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém; e perante os seus anciãos manifestará a sua glória."
Quais são os exércitos do céu?
Anjos. Estes são anjos maus. O Senhor castigará naquele dia os anjos maus. Eles serão reunidos como prisioneiros no calabouço e serão limitados em prisão e então depois de muitos dias serão castigados. Primeiro eles são limitados e Isaías está vendo isto. Eles são limitados por um período para depois então serem sujeitados ao castigo eterno. Assim então, o primeiro elemento do Reino é a remoção de Satanás e seus demônios.
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Olhemos para o segundo elemento, o reinado dos santos. Da remoção de Satanás para o reinado dos santos:
“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.
Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os mil anos se completassem.
“Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.” (Apo 20.1-3).
Tendo sido removido Satanás, lemos nos versos 4 a 6:
“Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas
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mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem.
Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.”
Aqueles que morreram durante a Grande Tribulação não estarão, portanto em desvantagem diante daqueles que estiverem vivendo na terra depois da segunda vinda de Jesus, porque eles serão ressuscitados em corpos glorificados, para voltarem à terra com Cristo na segunda vinda, e para reinarem com Ele no milênio. Apo 20.5,6 chama de primeira ressurreição a todos quantos foram ressuscitados antes da segunda vinda de Jesus e inauguração do milênio.
Os crentes que haviam morrido antes do arrebatamento foram ressuscitados na ocasião do próprio arrebatamento, antes da Grande Tribulação, e estes que
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se converteram durante o governo do Anticristo e que morreram antes da segunda vinda de Jesus foram também ressuscitados, conforme se depreende de Apo 20.4, antes de terem retornado à terra com o Senhor, na sua segunda vinda.
Todos os líderes mundiais, simplesmente todos os governadores, todos os primeiros-ministros, todos os magistrados, todos aqueles que são responsáveis por educação, todos os legisladores, todos aqueles que são responsáveis pelo governo da sociedade na face de toda a terra serão os santos glorificados, e que já não se casam e não se dão em casamento, que terão autoridade delegada do próprio Senhor Jesus Cristo para levar a cabo a vontade dele em todos os lugares. Então haverá verdade na educação, então haverá justiça nas salas de tribunais. Então haverá padrões morais reais em todas as áreas da vida humana. E se cumprirá plenamente a palavra de que bem-aventurados são os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos (Mt 5.6). Então haverá honestidade nos noticiários. Não haverá poluição na terra, seja ela do tipo que for. Os
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livros estarão cheios de verdade, e a televisão somente transmitirá a verdade.
Apocalipse 20 faz referência ao início e ao fim do período do milênio, quando ocorrerá a batalha final chamada de Gogue e Magogue (20.8), com a destruição pelo fogo de todos os que marcharem contra a cidade central do governo de Cristo com os santos, em Jerusalém, o lançamento de Satanás no lago de fogo, e, então todos os descrentes terão sido mortos, e tanto os do período do milênio quanto os do passado, desde Adão, terão os seus corpos ressuscitados para que sejam julgados e condenados à segunda morte, que é o lago do fogo. E daí por diante a morte será finalmente vencida, porque já não haverá mais reprodução, e assim a possibilidade de nascerem pessoas descrentes. Por isso se diz também em Apo 20.14, que tanto a morte quanto o inferno foram também lançados no lago do fogo, indicando que já não haverá mais julgamento, nem condenação, daí por diante, motivo por que serão criados novo céu e nova terra, conforme relatado em
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Apo 21, onde estará a Nova Jerusalém como a morada eterna dos santos com o Cordeiro.
Mas, até que Satanás seja solto da prisão com seus demônios, o milênio será um período de justiça e de paz na terra, porque terá tal governo sobre a terra. Com a ausência de Satanás e dos demônios não haverá qualquer obstrução, qualquer obstáculo, para a manutenção da justiça e da paz. Por isso se diz em Is 65.20:
“Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado.”
Observe que quem pecar somente aos cem anos será amaldiçoado. A maldição não se apressará em vir sobre aquele que pecar porque não haverá condições favoráveis para viver pecando deliberadamente. Tudo chamará à paz, à justiça, à pureza. Não haverá um só governante injusto, porque o governo será dado aos santos, conforme o afirmam tantas passagens das
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Escrituras, dentre as quais gostaríamos de destacar Dn 7.18:
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade.”
E Dn 7.22: “até que veio o Ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino.”
As palavras de Jesus ganham um gosto especial, quando contemplamos estas coisas relativas ao seu governo futuro com os santos na terra:
“Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.2).
“Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra.” (Mt 5.4).
“Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.10).
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“Deles é o reino...”, é a nota que se repete. Aprouve ao Pai dar aos crentes o reino. O governo lhes pertence, juntamente com Cristo, e daí se dizer em Apo 20.6:
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos.”
Não se trata mais de ser bem aventurado simplesmente por ter escapado da condenação futura, mas por ser reino sacerdotal de Cristo na terra e pela eternidade afora.
A palavra de II Pe 2.9 terá cabal cumprimento, quanto ao exercício da função daqueles que estiverem em corpos glorificados na terra governando juntamente com Cristo: “sois raça eleita”, isto é, escolhidos para este propósito; “sacerdócio real”, isto é governantes justos que intercedem em favor dos homens junto ao Rei dos reis; “nação santa”, um povo eleito de sacerdotes reais porque é santo, porque tem o caráter santo do próprio Cristo.
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Nós seremos sacerdotes de Deus e de Cristo e reinaremos com Ele durante os mil anos.
O que faz um sacerdote? Um sacerdote traz as pessoas a quem?
Para Deus. Essa será nossa função mundial. Nós estaremos trazendo as pessoas a Deus, trazendo as pessoas ao Senhor, trazendo as pessoas ao conhecimento de Cristo, conduzindo-os à Sua presença gloriosa, trazendo-os à verdade. Essa será nossa função. Nós estaremos trazendo as pessoas à salvação, ao mesmo tempo nós estaremos regendo e reinando e executando os desejos do Rei.
Este mundo será maravilhoso. Satanás não será mais o seu príncipe, porque Jesus será eternamente o seu Rei, com domínio pleno sobre todos os seus habitantes. E os santos não terão que tentar entender o que devem fazer porque eles estarão glorificados e aperfeiçoados em santidade, justiça e amor e levarão a cabo a vontade de Cristo perfeitamente.
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Isaías 60 retrata a glória da cidade de Jerusalém tanto durante o governo milenal de Cristo, quanto da sua glória final, quando for estabelecida a Nova Jerusalém depois do milênio, quando forem criados novo céu e nova terra. Certamente até o verso 17, a referência é à glória da Jerusalém do milênio, porque se fala ainda de destruição de nações (verso 12; esta condição não existirá depois do milênio).
A partir do verso 18 a profecia se desloca para a Nova Jerusalém, porque se diz que nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas nos teus termos, pois sabemos que haverá ainda uma conflagração final no levante que for efetuado por Satanás, quando for solto no final do milênio. E também, porque se diz que nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará, mas o Senhor será a tua luz perpétua (verso 20), e que todos o do teu povo serão justos e para sempre herdarão a terra (verso 21) e sabemos que nem todos durante o milênio que estiverem vivendo na terra, e mesmo na cidade de Jerusalém serão justos durante o milênio.
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As portas da cidade de Jerusalém estarão continuamente abertas, porque não haverá ameaça de invasão e violência contra a cidade até que Satanás seja solto no final dos mil anos. Nos versos 11 a 14 de Is 60 lemos:
“As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharão, para que te sejam trazidas riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus reis.
Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão: sim, essas nações serão de todo assoladas.
A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário, e farei glorioso o lugar dos meus pés.
Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram, prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam, e chamar-te-ão a cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel.”
O profeta Miqueias diz isto:
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“Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão os povos.
Irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém.
Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá nações poderosas e longínquas.
“Estes converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Mq 4.1-3).
A razão disto é apresentada pelo profeta no verso 7:
“o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.”
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Muitos dos que nascerem durante o milênio serão conduzidos à fé e ao conhecimento de Cristo, e tal como nós estarão unidos a Ele espiritualmente para sempre.
Israel será abençoado. A terra de Israel, a cidade de Jerusalém voltará a ser gloriosa, e se cumprirá o que foi dito pelo profeta Zacarias:
“Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a festa dos tabernáculos. Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos não fará vir sobre ele a chuva.” (Zac 14.16,17).
Haverá um julgamento imediato sobre as pessoas que não adorarem o Senhor Jesus em Jerusalém.
Olhando então agora politicamente e espiritualmente para o Reino, nós podemos ver como o Senhor Jesus domina tudo.
O texto de Is 11.4-10 é uma descrição vívida da forma como será o milênio:
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“mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.
A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.
O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.
A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi.
A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.
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Naquele dia recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada.”
É interessante notar a citação da presença pacífica de animais dito selvagens no período do milênio. Assim como o Senhor reuniu os animais na arca de Noé preservando-os da extinção, Ele também os preservará na segunda vinda de Cristo para que continuem se multiplicando sobre a terra.
O capítulo 34 de Isaías depois de citar na primeira parte do capítulo, a destruição dos ímpios das nações na volta de Jesus, e da derrubada dos reinos deste mundo (versos 12 e 13), cita na parte final animais como o pelicano, ouriço, bufo, corvo, chacais, avestruzes, corujas e abutres, que não são animais nobres, que se fartarão das carnes dos que forem mortos na volta de Jesus, e a estes assim se refere nos versos 16 e 17:
“Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca do Senhor o ordenou, e o seu Espírito mesmo as
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ajuntará. Porque ele lançou as sortes a favor delas, e a sua mão lhes repartiu a terra com o cordel; para sempre a possuirão, através de gerações habitarão nela.”
O ímpio não herdará a terra, porque será desarraigado dela, mas Deus preservará os animais na terra.
E na sequência, o capítulo 35 de Isaías descreve a restauração da terra e alegria dos justos que habitarão nela.
Em Is 65.19-25 lemos:
“E exultarei por causa de Jerusalém, e folgarei do meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor.
Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado.
Eles edificarão casas, e nelas habitarão, plantarão vinhas, e comerão o seu fruto.
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Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.
Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles.
E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente.
“Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.”
Veja que o texto se refere a uma taxa de natalidade alta que contribuirá para o rápido repovoamento da terra. As condições reinantes no milênio serão quase semelhantes às existentes no Éden antes do pecado, no que diz respeito aos que fizeram parte da primeira
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ressurreição e que se encontram em corpos glorificados e que já não estão mais sujeitos ao pecado.
Mas, os descendentes daqueles crentes que entraram no milênio vindos da Grande Tribulação, e eles próprios, que não passaram pela morte, estarão sujeitos ainda ao pecado, tal como nós no presente. E estes também gerarão filhos não eleitos, que não estarão sujeitos à intensidade de tentações em razão do governo justo de Cristo e do fato da ausência de Satanás e dos demônios, mas a carnalidade deles se manifestará no final do período dos mil anos, quando Satanás for solto e seduzi-los para lutarem contra o governo de Cristo e dos seus santos.
Se este mundo é um lugar bonito mesmo estando amaldiçoado, imagine como será quando a maldição for retirada e o Senhor restaurar todas as coisas.
Bem, como vimos não se pode admitir à luz de toda a revelação uma outra interpretação verdadeiramente bíblica para o milênio, senão a pré milenista, que acabamos de enfocar. Os chamados pós milenistas
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creem que as coisas melhorarão e a igreja dominará algumas das instituições humanas, e isto fará com que haja um governo de justiça na terra.
Alguns deles são chamados os teólogos do reino e eles acreditam que de alguma maneira a igreja vai ganhar grande poder de milagres, e que por este poder nós vamos superar os demônios e vencer os poderes das trevas de um modo definitivo. A igreja estabelecerá o reino. O fim não virá porque as coisas melhorarão. Mas sabemos que o fim virá porque as coisas se tornarão piores.
A igreja nunca conquistará os reinos deste mundo, a igreja nunca assumirá as instituições sociais deste século, sem que haja uma intervenção direta do próprio Cristo na Sua segunda vinda. Por isso somos chamados a pregar o reino que se manifestará na segunda vinda do Senhor, a exercer o ministério da reconciliação do pecador com Deus, e não simplesmente levantar bandeiras de movimentos moralistas com vistas a reformar a sociedade. Este mundo não melhorará enquanto o ímpio não for desarraigado da terra, e
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somente Cristo poderá fazer isto, pelo Seu próprio poder; e Ele o fará no momento oportuno.
Por isso somos pré milenistas, como claramente a revelação é pré milenista, porque aguardamos a Cristo para a inauguração do Seu reino milenal sobre a terra.
E há ainda os amilenistas, que não creem que haverá qualquer reino milenal.
VIII - Novo Céu e Nova Terra
Agora, olhemos para uma alteração sem precedentes e que Jesus cita em Mt 24.35, em que Ele diz que depois da sua vinda com poder e muita glória “passará o céu e a terra”. Isso é uma declaração clara de que o céu e a terra atuais serão destruídos, e no lugar deles haverá uma nova criação, de um novo céu e de uma nova terra.
Pedro diz como isto vai acontecer:
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“Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
Visto que todas estas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.” (II Pe 3.10-12).
A palavra no grego para estrondo ou barulho, é rhoizedon que significa o som de crepitação. É usada para descrever um som zumbindo produzido por movimento rápido pelo ar. Em outras palavras, os céus começarão a se desintegrar com um estrondo. E é o estrondo de uma explosão nuclear. E é bem possível que Deus use a fissão nuclear do átomo para desintegrar o universo, como é dito por Pedro que os elementos abrasados se derreterão. Os elementos atômicos básicos começaram a derreter, enquanto liberam intenso calor. A terra será atingida por isto. A Palavra diz
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que os céus se enrolarão como um rolo de pergaminho. Isto significa compressão e não expansão. Encolhimento. Redução.
No verso 11, ele diz, que a terra e as obras que nela existem serão atingidas. O verbo no grego para “atingidas” é lúo, que significa desatar, soltar, desprender. O poder de coesão dos elementos pelo Senhor pela palavra do seu poder, como já vimos em Hebreus 1, será alterado. Os elementos serão soltos, desprendidos, esta coesão que garante a sua estabilidade será modificada, e tudo se desfará. Agora, isso é uma alteração sem precedentes do universo e isso está a caminho.
No fim do milênio, e depois do juízo de Deus sobre todos os ímpios, João fala a partir de Apo 21.1 de um novo céu e uma nova terra. E este processo de recriação será feito em duas fases. Na segunda vinda de Jesus haverá uma modificação no universo. E, ao término do milênio haverá uma recriação total de um novo céu e de uma nova terra que são eternos. Durante o Reino milenal será uma terra restaurada, e assim também o universo,
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como afirma a própria Palavra. Mas, no estado eterno final há uma nova criação, algo que não foi restaurado, mas refeito completamente, para ser a habitação eterna dos justos, por não mais existir nem morte, nem pecado, nem incrédulos, nem Satanás, nem demônios, nesta nova terra. E poderoso é o Senhor para fazer novas todas as coisas.
Alguns pensam que tudo será destruído pelo próprio homem com suas armas atômicas. Mas veja que será todo o universo que se desfará. Isto não será feito pelo homem, é Deus quem o fará.
Em Is 34, lemos: “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira.”
Deus destruirá, para fazer algo inteiramente novo.
Podemos ver o dia profético do Senhor em duas fases, porque para Ele mil anos são como um dia. A primeira fase, na segunda vinda de Jesus, e a segunda, ao término
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dos mil anos, quando fará novos céus e nova terra. Na visão profética, isto pode ser dado como um só evento aos olhos de Deus. Assim como temos isto no texto de II Pe 3.10-12. Ele fala do dia do Senhor, e ali se refere tanto à segunda vinda, quanto à criação do novo céu e nova terra, como se fosse um só evento. Isto porque este é o propósito revelado do Senhor, de fazer novas todas as coisas, a partir da segunda vinda de Jesus.
Em Apo 8.7 temos uma pequena amostra do que irá ocorrer no final do milênio. Aqui se descreve o que irá acontecer no período da Grande Tribulação próximo da segunda vinda de Jesus, mas, como dissemos, é uma pequena demonstração da destruição final quando do término do milênio:
“O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.”
Os juízos relativos ao toque da segunda e terceira trombetas trouxeram também, fogo sobre a terra. É
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descrito também que a destruição final dos ímpios no término do milênio será também com fogo que descerá do céu para consumi-los (Apo 20.9). É bom, portanto que aqueles que resistem quanto à probabilidade da ocorrência destes eventos com larga destruição da terra pelo fogo de Deus, se lembrem que o Senhor já deu mostras suficientes de destruição pelo fogo no passado, quer em Sodoma e Gomorra, quer entre os próprios israelitas rebeldes nos dias de Moisés. Saía fogo da parte do Senhor sobre eles, para que ninguém duvide que Ele fará uma destruição final pelo fogo por causa do pecado.
Por isso se lê em II Pe 3.7: “Ora, os céus que agora existem , e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios.”. E isto ele fará na segunda vinda de Cristo. E também, pelo fogo, destruirá todas as obras da terra e o universo, no final do milênio para criar novo céu e nova terra.
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IX - A Eternidade
Depois do Grande Julgamento do Trono Branco, somente a Trindade, os anjos eleitos, e os santos resgatados permaneceram no terceiro céu, que é a habitação do Deus Altíssimo. O universo, que é designado por céu, e a terra que hoje existem foram inteiramente destruídos, e Deus fez um novo céu e uma nova terra. Os inimigos de Cristo, tanto anjos quanto homens foram lacrados para sempre no lago de fogo onde sofrerão agonias e tormentos eternos.
Jesus trouxe a Nova Jerusalém desde o terceiro céu até a nova terra criada, onde não existe, como já dissemos, mais nenhum pecado. Então, o próprio Deus desceu à terra para viver para sempre com o homem resgatado (Apo 21:1-3).
A vida no estado eterno está perfeita. Não há mais morte, nem luto, nem choro ou dor (Apo 21.4). Então se cumprirá a palavra de Is 65.17:
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“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá memória delas.”
Quando Pedro se refere ao novo céu e à nova terra, a palavra utilizada no grego é kainos, que significa novo em qualidade, não novo em cronologia, nem tampouco novo em ordem, mas novo em qualidade, diferente, um gosto que nós nunca conhecemos dantes.
E nesta nova terra habita a justiça plena e perfeita, conforme é citado em II Pe 3.13. Uma justiça permanente, inalterável.
Este é o mundo que nós esperamos. Este é o mundo que foi prometido a nós em Jesus Cristo. É isso que Deus tem preparado para aqueles que O amam.
O Senhor mesmo será a luz deste novo mundo, conforme se lê em Is 60.19 e Apo 21.23 e 22.5. Uma luz de glória espiritual e eterna que jamais acaba. O sol é um corpo físico natural que se gasta ao longo do tempo, mas a luz de Deus é eterna.
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Lemos em Apo 21.1-3:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles.
“Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles.”
Veja que a habitação de Deus está entre os homens e Ele se estabelecerá e estará em casa com eles.
Somente o Senhor é digno de todo o louvor e de toda a glória, porque somente Ele, pelo Seu próprio poder pode realizar e trazer à existência todas estas coisas. Tudo isto teremos recebido por graça, e simplesmente por meio da nossa fé em Cristo.
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Todo o mérito é, portanto do Senhor, e por isso devemos adorar o Seu santo nome por toda a eternidade.
Maranata! Vem, Senhor Jesus.
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Adultério Espiritual
Veja que é possível que crentes genuínos, nascidos de novo do Espírito Santo, aos quais Jesus disse as seguintes palavras:
“Apo 2:19 - Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras.”
E também tenham sido admoestados severamente, em razão de estarem convivendo e tolerando com o seguinte quadro, por Ele descrito logo em seguida:
“Apo 2:20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.
Apo 2:21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
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Apo 2:22 Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.
Apo 2:23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras.
Apo 2:24 Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós;
Apo 2:25 tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha.”
Que alguns, em nossos dias, ao lerem estas repreensões se abençoam no seu íntimo, por pensarem que elas se aplicavam tão somente à Igreja de Tiatira, nos dias do apóstolo João. Todavia, este mal seria como tem sido de fato, muito mais intenso e amplo em muitas igrejas no tempo do fim.
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Jezabel era a esposa do rei Acabe, de Israel. Ela era oriunda de uma nação que adorava Baal, e foi por seu intermédio que o culto a este falso Deus foi introduzido e disseminado em toda a nação israelita.
Aquela Jezabel não era profetisa, mas a citada por nosso Senhor no texto de Apocalipse se declara profetisa, ou seja, quem ensina da parte de Deus aos homens, e consegue seduzir os servos de Jesus para se prostituírem espiritualmente, por se alimentarem do ensino de demônios, que lhes são passados através dessa Jezabel.
Ora, é sabido e notório o envolvimento da Igreja Protestante atual com sociedades secretas, com seus cultos ocultistas, inclusive pela participação bastante expressiva de lideranças denominacionais, cujos nomes têm sido divulgados amplamente em vários sites da Internet, até mesmo em noticiários da mídia secular.
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O Senhor diz que tem uma contenda contra estes, e que não lhes deixará descer em paz à sepultura, caso não se arrependam deste grande estrago que têm trazido à Sua igreja, por desviá-la da prática do genuíno evangelho que lhes foi dado para guardarem, pregarem e ensinarem sem qualquer contaminação com as coisas que eles chamam de “coisas profundas de Satanás”, ou seja, um conhecimento profundo das práticas e cultos satanistas dos quais participam e se orgulham, por conta da associação deles com tais sociedades ocultistas.
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Para Subir Com Cristo
A Natureza da Santificação Verdadeiramente Bíblica
Esta é a única santificação que garantirá ao crente ser arrebatado por Jesus.
É a única que o habilita a ser um vaso idôneo e útil nas mãos de Deus.
Ensinar o que é esta santificação, e mais do que isto, ajudar o Espírito Santo a forjá-la nos crentes, é o grande e principal desafio para todos os líderes que são levantados por Deus na Igreja para o referido propósito.
Há cerca de dez anos atrás, quando me dedicava ao ministério de ensino de modo conservador e formal, que contemplava apenas passar informações de caráter teológico a membros de Igrejas e seminaristas, o Senhor me separou para o trabalho que venho realizando desde então.
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Ele tinha ordenado anteriormente, que me dedicasse a estudar as obras dos pastores puritanos históricos dos séculos XVII e XVIII, e de D. M. Lloyd Jones, quando me disse que eu nunca mais ensinaria teologia da maneira como vinha fazendo até então, uma vez que passaria a fazê-lo de modo informal, com o intuito de ensinar o Seu povo a se santificar.
Não é preciso dizer que esta ordem implicava em que eu tivesse um maior empenho e cuidado com a santificação da minha própria vida.
Na ocasião, o Senhor não me disse qual seria o propósito disto.
Com o passar dos anos, há cerca de quatro anos atrás, comecei a publicar todo o material de ensino que havia produzido e os textos sobre o assunto que eu havia separado, até que recentemente caiu-me a ficha espiritual relativa ao propósito de tudo isto.
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NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ESTARÁ VINDO ARREBATAR A IGREJA EM BREVE.
E a condição sem a qual ninguém verá o Senhor, especialmente nesta ocasião é a santificação. Não uma santificação imaginada, mas real, bíblica, forjada pelo Espírito Santo, pela aplicação da Palavra de Deus em nossa vida.
Tenho entendido então, porque, já com certa antecedência o Senhor chamou não apenas a mim, mas a muitos que se dedicam ao ministério do ensino da Palavra, para estarmos nos dedicando de maneira tão intensiva, conforme somos capacitados e amparados pela Sua graça, a disseminar esta necessidade da santificação e o modo de obtê-la, para que Seus servos sejam preparados para o encontro com Jesus entre nuvens, porque este é o único modo pelo qual é possível fazê-lo, a saber, estando com a vida santificada.
Desta forma, peço aos amados que tenham paciência comigo em relação às postagens que venho fazendo, não apenas no FB, mas em diversos sites na Internet, e
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sei que muitas delas são bastante extensas; todavia, como ser fiel na exposição de um assunto tão amplo, significativo e vital, com poucas palavras?
Se isto fosse possível, Deus nos teria dado a Bíblia com apenas duas páginas, ou não muito mais do que isso.
Luc 12:43 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
1Ts 5:22 abstende-vos de toda forma de mal.
1Ts 5:23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1Jo 2:28 Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.
1Ts 3:13 a fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso
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Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.
2Pe 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
2Pe 3:11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
2Pe 3:12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
2Pe 3:13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
2Pe 3:14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis.
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Por Que Podemos Crer que Jesus Voltará?
Desde que Jesus fez a promessa de que voltaria são passados cerca de dois mil anos. E como podemos ter esperança e crer no cumprimento desta promessa, depois de tanto tempo?
Em primeiro lugar, deve ser dito que esta esperança é infundida no coração dos que nEle creem pelo Espírito Santo, mas Deus não nos deixou sem evidências históricas para entendermos os motivos desta aparente demora.
Não podemos esquecer, que houve também promessas feitas por Deus para a primeira vinda de Jesus para ser o Salvador e Redentor da humanidade, quando Ele morreu na cruz carregando sobre Si mesmo os nossos pecados.
Esta promessa de um Redentor foi feita ao primeiro casal, logo depois de ter sido enganado pelo diabo,
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ficando a sua descendência (toda a humanidade) sujeitada à morte espiritual e eterna.
Abramos aqui um breve parêntesis, para entender a necessidade que temos de um Redentor do nosso espírito.
No pecado, o espírito do homem está morto e sujeito à condenação eterna de Deus, num sofrimento também eterno.
Isto porque o espírito não deixa de existir, ele não pode ser aniquilado, mas pode ficar separado de Deus eternamente por causa do pecado, caso não seja redimido por Cristo.
Havia então, esta necessidade de um Salvador que pudesse pagar o preço exigido pela justiça divina, e assim, livrar desta condenação, todos os que viessem a crer nEle e viver para Ele.
É fato notório, que o homem nada pode fazer em relação ao reino espiritual, celestial e divino, porque não lhe foi dado por Deus, domínio sobre este reino
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espiritual – é somente Jesus que tem o pleno domínio sobre ele. O homem recebeu domínio somente sobre o reino natural, e isto é visto nas descobertas que tem feito no campo da física, química, biologia, etc., porque tudo isto pertence ao reino natural.
Nenhum homem tem poder sobre o espírito de outro homem, e nada pode fazer em relação a isto, porque sequer compreende o que seja o espírito.
É somente pela revelação que nos for concedida pela iluminação do Espírito Santo, que podemos ter nosso entendimento aberto para o reino espiritual, e mesmo assim, contemplamos estas coisas de modo muito parcial, e jamais chegaremos a entender enquanto estivermos neste mundo, qual é a plenitude deste reino espiritual e conhecer perfeitamente a pessoa infinita e eterna de Jesus Cristo.
O corpo físico que temos; que foi feito a partir do pó da terra é apenas um substrato para o nosso espírito, assim como o solo é para as plantas que nele vivem.
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Nosso espírito é aperfeiçoado ou arruinado pelo uso que fazemos do nosso corpo – se em justiça ou em injustiça – este corpo que temos passará pela morte física ou pela transformação no dia do arrebatamento, para o corpo glorificado que nos foi prometido, mas o espírito, em todo o caso, não pode ser aniquilado como o nosso corpo natural.
Muito bem - passemos agora adiante, com a nossa explicação sobre o plano de Deus relativo à nossa redenção.
Dissemos que a promessa de um Redentor foi feita a Adão e Eva, mas o início da formação de um povo exclusivo de Deus seria iniciado somente cerca de dois mil anos depois da promessa, e há uma razão para esta aparente demora.
Sabemos que a humanidade se corrompeu de tal forma, que não restou a Deus senão a alternativa de destruir toda a carne com as águas do dilúvio, com exceção de Noé e sua família (oito pessoas).
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Foi com estes que foi reiniciado o repovoamento da Terra, com a crença no único Deus verdadeiro.
Todavia, sabemos que muitos destes também viriam a se corromper; assim, Deus os espalhou pelo mundo pela confusão de línguas que lhes trouxe em Babel, e então começaram a ser formados os povos e nações.
Em sua grande maioria se tornaram politeístas e idólatras, com raras exceções, como Salém, do rei e sacerdote Melquisedeque.
Mas, não foi nestes poucos que permaneceram fiéis que Deus foi buscar alguém para formar a nação de Israel a partir dele, pois Abraão era de uma nação idólatra – ele vivia na cidade de Ur dos caldeus.
Assim, temos cerca de dois mil anos contados desde a promessa que fora feita a Adão - de que da sua descendência viria Aquele que esmagaria a cabeça da Serpente, Satanás, o diabo, ou seja, que destruiria suas obras, governo e liderança usurpadora sobre os pecadores – até a chamada de Abraão por Deus.
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E a Abraão foi feita a promessa e aliança de dar ao povo que seria formado a partir dele, o Messias, o Salvador, o Redentor da humanidade.
Haveria então necessidade de um longo tempo para que os primeiros descendentes de Abraão (Isaque, Jacó, etc.) chegassem a formar uma nação que estaria em sua própria Terra (Canaã, conforme promessa feita a Abraão).
Seria desta nação que viria o Messias prometido. Muitas profecias seriam dadas acerca dEle nas sucessivas gerações de Israel, até que Ele viesse.
Cerca de dois mil anos se passaram desde a promessa feita a Abraão, até a primeira vinda de Jesus.
E quantos não descreram na promessa da chegada do Messias em razão do tempo decorrido?
Mas, muitos se mantiveram firmes na fidelidade de Deus em cumprir todas as suas promessas, e sabiam que havia passado muito tempo também desde a promessa
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que foi feita a Adão, até que o povo do Messias fosse formado através de Abraão.
Agora nos encontramos, em pleno século XXI aguardando o cumprimento da promessa da volta de Jesus como o Restaurador de todas as coisas, para estabelecer Seu reino visível no Milênio, sobre toda a Terra.
Este cumprimento está mais próximo de ser cumprido agora, do que possamos imaginar.
A grande razão para isto é que são passados cerca de dois mil anos, desde que Jesus fez a promessa da sua segunda vinda – mais precisamente, 1986 anos, desde a sua morte e ressurreição, até este nosso ano de 2014.
Outro fator a ser levado em conta para esta aparente demora, é que Ele veio para redimir e formar um povo debaixo do Seu sangue remidor.
Se fizesse isto logo depois do dia de Pentecostes, e voltasse naquela mesma ocasião, quantos seriam os redimidos – 120 pessoas? Que glória Ele teria nisto?
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A humanidade se multiplicou assombrosamente neste último século, passando a ter cinco vezes mais a população que contava em 1.900, de um bilhão e meio de pessoas, pois conta atualmente com cerca de sete bilhões e meio.
A iniquidade tem se multiplicado também assombrosamente. A apostasia da igreja é um fato patente bem diante dos nossos olhos. O planejamento para a formação de um governo único mundial está em plena marcha, e sabemos que este governante será o Anticristo.
A incidência de cataclismos (terremotos, furacões, tsunamis, enchentes etc) também aumentou assombrosamente – dando cumprimento às predições de Jesus para os sinais do fim dos tempos.
O século XX foi o século das duas grandes guerras mundiais, e desde então tem havido terrorismo, guerras e rumores de guerras, fomes e pestes em todo o mundo, de modo crescente.
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Outra grande evidência da proximidade do retorno de Jesus é a própria nação de Israel, que se achava espalhada no mundo desde o ano 70, e somente em 1948 voltou a ser um país na própria terra que lhe fora dada, por promessa de Deus desde Abraão.
Quantos creriam que as profecias que foram dadas sobre a dispersão de Israel, inclusive desde Moisés (3.400 anos antes), que seu retorno à terra prometida ocorreria de fato, uma vez que isto sucedeu somente cerca de 1900 anos depois de terem sido expulsos pelos romanos em 70- d.C.?
Este retorno de Israel tem precipitado um conflito permanente naquela região, especialmente com os muçulmanos que visam à sua destruição. Jerusalém tem sido o palco de disputas, especialmente no que diz respeito à reconstrução do templo exatamente no local em que foi construída uma mesquita do Islã.
O ódio contra os judeus e as constantes ameaças da sua destruição final, não poderão ser aplacados senão somente pelo retorno de Jesus em poder e grande glória
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em Sua segunda vinda, para livrá-los das forças coligadas pelo Anticristo que marcharão contra a cidade de Jerusalém.
Então, a pergunta do nosso título deve ser invertida em face de tudo isto:
“Dá Para não Crer que Jesus Está Voltando?”
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Nicolaítas Modernos
Na mensagem do Senhor dirigida à Igreja de Éfeso, lemos:
“Apo 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”
E na mensagem dirigida à Igreja de Pérgamo:
“Apo 2:15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.
Apo 2:16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.”
Éfeso rejeitava os nicolaítas, mas um segmento de Pérgamo lhes dava acolhida. Então Jesus elogiou a primeira e repreendeu a segunda.
A palavra grega nicolaíta é uma palavra composta de:
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nikh = vitória (no sentido de exercer domínio)
laos= um povo peculiar (no caso os cristãos)
Portanto, o nome composto por estas duas palavras tem o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que exercem domínio sobre o povo".
Os nicolaítas então contrariam a ordem expressa de Cristo, especialmente aos pastores de sua Igreja para não exercerem domínio sobre os crentes à maneira dos governantes do mundo (Marcos 10.42-45); ordem esta reafirmada por Pedro em sua primeira epistola, capítulo 5 versículos 1 a 3.
Jesus instituiu ministérios de liderança para a condução da Igreja (apóstolos, pastores, profetas, mestres, evangelistas), mas também prescreveu o modo como esta condução deveria ser realizada.
Isto tem uma razão principal muito importante, quando Ele declara que odeia as obras dos nicolaítas, ou seja, estes que exercem domínio sobre os crentes, uma vez que os impede de funcionarem como Igreja, em
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harmonia com os seus líderes, pois na multidão de conselheiros é que reside a sabedoria, e isto seria também uma forma de prevenir o desvio doutrinário pela apostasia de um único dirigente, ou grupo que se nomeasse como tal.
Nós vemos a Igreja sempre sendo ouvida e participando de todas as decisões importantes na Igreja Primitiva (como em Atos 6 e 15).
Diótrefes, citado pelo apóstolo João em sua 3ª epístola é um triste exemplo de um nicolaíta, e no texto de 3João 9-11 se destaca um dos grandes motivos para se agir de tal forma: “gostam de exercer a primazia entre os irmãos”.
“3Jo 1:9 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida.
“3Jo 1:10 Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele
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mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja.
“3Jo 1:11 Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.”
Satanás tem usado e muito este espírito desejoso de primazia, para desviar os cristãos da sã doutrina, dando-lhes mestres autoritários e que não amam a humildade, a mansidão e a exata Palavra da verdade, pela qual somos salvos e santificados.
Ele tem chegado ao extremo de dar à Igreja nestes dias até mesmos pastores envolvidos com feitiçaria, com maçonaria, e que não amavam a Palavra da verdade, pois estão interessados em muitas outras coisas, menos em confirmar os crentes na verdade do evangelho.
O que tem facilitado este trabalho de infiltração é o modelo de governo das Igrejas no qual os crentes devem apenas seguir ao líder supremo, e aceitarem todas as suas palavras e decisões como verdadeiras e bíblicas.
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Os líderes nicolaítas modernos têm sido tão bem sucedidos em sua obra, que lograram neste tempo do fim, conduzir a Igreja à apostasia na qual aqueles que professam ser cristãos têm por sua vez, escolhido os seus mestres segundo o comichão que sentem em seus ouvidos, conforme profetizado por Paulo em 2 Tim 4.3, porque o padrão que vigora presentemente é o de não se dar ouvido à sã doutrina, senão à falsidade e mentira que os nicolaítas vêm semeando por décadas, e que trouxe a Igreja à sua presente condição.
O esforço dos Reformadores em libertar a igreja do jugo dos opressores, para que pudesse viver na liberdade para a qual fora libertada por Cristo, a saber, a de viver o puro evangelho, está tendo o seu trabalho perdido nestes dias, especialmente quando muitos segmentos entre os evangélicos, sobretudo o carismático, tem se sujeitado a mais uma nova liderança, a saber, a dos prelados da Igreja Romana, e do Papa, pelo ecumenismo que está em pleno curso, e ao qual têm aderido muitos líderes evangélicos – sobretudo pastores e cantores, que
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estão contribuindo com isto para a formação da grande igreja mundial que dará acolhida ao Anticristo.
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A Volta do Senhor - Zacarias 14
O 14º capítulo de Zacarias se refere ao dia da volta de Jesus, e revela qual será a condição da glória de Jerusalém, diante de todas as nações, a partir daquele dia, em que o Senhor voltará com poder e grande glória, para julgar a terra e estabelecer o Seu reino em Jerusalém.
A situação referida particularmente no verso 2, desta profecia de Zacarias foi citada por Jesus no texto de Lucas 21.20-24. Compare estas palavras de Jesus com a profecia de Zacarias:
“Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade.” (Zac 14.2).
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Veja que os exércitos de todas as nações que se ajuntarão para pelejarem contra Jerusalém serão levantados pela deliberação do próprio Deus, e não pelo Anticristo, conforme se costuma afirmar.
O Anticristo estará encabeçando esta coligação de nações, mas ele nada poderia fazer, caso isto não tivesse sido planejado nos conselhos eternos do Senhor.
O pobre miserável Anticristo terá caído nas redes da Soberania do Deus Altíssimo, para sofrer os juízos que estão determinados contra ele e seus seguidores.
A quem pertence verdadeiramente o poder?
Ao insolente Anticristo, que se levanta contra o Deus Criador e tudo que é santo?
Satanás que deu o seu poder à Besta?
O poder pertence ao Senhor, e isto será visto claramente pela manifestação da Sua segunda vinda.
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Veja que a profecia de Zacarias cita que as mulheres de Jerusalém seriam forçadas, quando a cidade fosse assolada por esta coligação de exércitos, e Jesus o confirmou, citando a aflição que viria sobre as mulheres grávidas e as que estivessem amamentando, porque seria mais difícil para elas fugirem da cidade, naqueles dias de grande tribulação (Lc 21.23).
Cabe ressaltar que tanto a profecia de Zacarias quanto a de Jesus, no texto de Lucas 21.20-24, tiveram um primeiro cumprimento quando Jerusalém foi assolada pelos romanos, em 70 d.C. tendo um grande número de judeus sido espalhados pelas nações da terra.
Para quem pensa que há um exagero ou crueldade, na profecia que afirma as assolações que ocorrerão nos dias do Anticristo, basta lembrar que foi permitido a Hitler, pelo Senhor, que exterminasse cerca de 6 milhões de judeus.
Assim, haverá um segundo e grande cumprimento destas predições nos dias do Anticristo, quando Jesus se
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manifestará com poder e grande glória, para destruir o trono da Besta.
Deus permitirá que a jóia dos judeus, Jerusalém, seja saqueada e espoliada por seus inimigos.
A avareza receberá o seu justo castigo, com o fato de serem saqueadas as riquezas deste mundo, que os judeus juntaram e tanto apreciam.
Por isso, a profecia diz que as casas serão saqueadas.
Eles recusaram o Messias, porque lhes falou de riquezas espirituais e celestiais, que eles desprezaram, porque apreciaram e amaram as riquezas materiais e terrenas, e agora receberiam mais uma vez, um grande juízo divino, para saberem que estas riquezas terrenas não podem livrar e socorrer o homem no dia da aflição.
Eles rejeitaram o Deus do céu por causa do deus Mamom, e teriam mais uma vez a oportunidade de reconhecer que Mamom nada pode contra o Deus Altíssimo, quando a Sua mão julgadora é estendida.
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Entretanto, Deus fez promessas de misericórdia em relação a Jerusalém, e que a colocaria por objeto de glória em toda a terra.
Então, Ele misturará a misericórdia com o juízo, e enviará livramento juntamente com o julgamento.
Muitos dos judeus que forem expulsos da cidade pelo Anticristo retornarão a Jerusalém convertidos por Cristo, que veio em socorro do povo de Deus, e então terão abrigo e segurança para sempre, debaixo do governo eterno do Messias.
Um remanescente de Israel mais uma vez será poupado pelo Senhor, no tempo do fim, e será salvo.
As nações que forem usadas por Deus, para servirem de açoite para o povo de Israel, serão também submetidas aos Seus juízos, por causa da própria maldade delas.
O Senhor pelejará contra eles, e destruirá a muitos ímpios destas nações.
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Ele fará com que bebam do mesmo cálice da ira, que eles haviam dado a beber ao povo de Israel.
Foi do monte das Oliveiras que Jesus ascendeu ao céu, depois da Sua ressurreição (At 1.12). Ali foi o último lugar sobre o qual Ele colocou Seus pés, enquanto esteve em carne neste mundo. E será justamente ali, onde Ele descerá por ocasião da Sua segunda vinda (v.4).
Tão grande será a glória do Senhor na Sua segunda vinda, que é dito que neste dia não haverá nem a luz do dia, nem as trevas da noite, tal o refulgir da glória do Senhor em toda a terra.
A volta do Senhor precipitará vários cataclismas sobre a face da terra, e até mesmo no universo, porque é dito que os fundamentos do céu e da terra serão abalados.
Isto está de acordo com as pragas descritas no livro de Apocalipse, que serão derramadas sobre a terra.
Aqui no texto de Zacarias é dito, que o monte das Oliveiras será fendido ao meio quando o Senhor pisar sobre Ele, e se transformará num vale muito grande (v.
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4), e que todas as terras ao redor de Jerusalém serão transformadas em planície (v. 10).
Isto será uma clara indicação, de que Deus começará um trabalho de restauração de toda a terra, que culminará com a criação de um novo céu e uma nova terra.
Um novo e vivo caminho seria aberto em Jerusalém, e dela sairiam águas vivas (v. 8), e dali procederá a palavra de governo do Senhor que reinará sobre todas as nações da terra no milênio (v. 9).
Jerusalém se tornou a fonte de águas vivas para o mundo, desde que o Espírito Santo foi derramado pela primeira vez no dia de Pentecostes, nesta cidade. E, estas águas vivas seriam espalhadas por todo o mundo, tanto o Ocidental, quanto o Oriental.
Deus não faria nenhuma distinção entre os povos, porque o evangelho é para toda criatura debaixo do céu.
Nem a seca do verão, nem o gelo do inverno poderão deter o derramar do Espírito em todo o mundo, porque a boca do Senhor o tem prometido (v. 8).
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“Irão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor.” (Is 2.3).
O final do verso 5 da profecia de Zacarias diz:
“Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo.”.
Agora, compare estas palavras de Zacarias com as que foram proferidas por Jesus em Mc 8.38:
“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do homem quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.”
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Depois da volta do Senhor, Jerusalém nunca mais será destruída e seus moradores estarão em completa segurança nela (v. 11).
E todos os povos que guerrearam contra Jerusalém, juntamente com o Anticristo serão feridos com uma praga do Senhor, que fará com que a carne deles apodreça estando ainda de pé, especialmente seus olhos e línguas.
Aquelas línguas que infamaram o Senhor e o Seu povo juntamente com o Anticristo serão apodrecidas (v. 12).
Estes exércitos se destruirão mutuamente.
Haverá uma desavença entre eles, e isto procederá do Senhor para humilhar a tentativa do Anticristo de formar uma unidade de governo em toda a terra (v. 13).
O despojo destas nações vencidas será muito grande, e Jerusalém de desprezada e rejeitada que era, terá que ser agora honrada por todas as nações, que serão tributárias de Cristo e da Igreja em Jerusalém (v. 14).
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Anualmente, todas as nações terão que subir a Jerusalém para adorar o Rei de toda a terra, o Senhor Jesus, e celebrarem a festa dos tabernáculos (v. 16).
A promessa feita por Cristo aos mansos, de que herdariam a terra terá sido finalmente cumprida, quando estiverem reinando juntamente com Ele, em Jerusalém (Mt 5.5).
Nenhuma das nações da terra poderá se recusar a subir a Jerusalém para adorar o Senhor, sob a ameaça de que Ele reterá a chuva sobre elas; isto é, Ele reterá as suas bênçãos e os ferirá com Suas pragas (v. 17 a 19).
É feita menção à festa dos tabernáculos, porque o teor desta festa era de louvor e alegria. Esta festa celebrava a comunhão do povo do Senhor com Ele.
Este será um tempo para pura alegria e louvor; quando Cristo estiver reinando sobre toda a terra, e os ímpios tiverem sido desarraigados dela.
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Os que restaram da grande destruição do juízo da Sua segunda vinda terão um grande motivo para celebrar a Sua grande misericórdia para com eles.
Neste tempo se tornará muito claro, o dever da adoração exigido pelo evangelho.
Deus busca adoradores, porque é dever de todo homem adorá-lO.
Não é nenhum favor que fazem a Ele quando O adoram, mas a justa obediência que é devida ao Criador de todas as coisas, e Salvador e Senhor dos pecadores.
E para que nunca se esqueçam que este dever de adoração deve ser em espírito e em verdade, isto é, em verdadeira santificação, até mesmo nas campainhas dos cavalos será gravado: “SANTIDADE AO SENHOR” (v. 20).
Já não haverá mais joio na Igreja, e os verdadeiros salvos não adorarão ao lado daqueles que não conhecem ao Senhor (cananeus).
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Somente os verdadeiros israelitas, a saber, os que foram lavados no sangue de Jesus, prestar-Lhe-ão culto de adoração (v. 21).
A profecia aponta para as atitudes que prevalecerão no futuro, para que nós as tenhamos no presente, isto é, devemos viver desde agora aquilo que seremos no futuro.
Por isso se diz em II Pe 3.10-14:
“10 Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas.
11 Ora, uma vez que todas estas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas não deveis ser em santidade e piedade,
12 aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
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13 Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.
“14 Pelo que, amados, como estais aguardando estas coisas, procurai diligentemente ser achados por ele em paz, imaculados e irrepreensíveis”.
O cristão deve se santificar com o olho no futuro.
Ele deve suportar sofrimentos olhando para a recompensa futura prometida.
Ele deve contemplar em espírito, aquele dia em que o Senhor voltará para restaurar todas as coisas (At 3.21), e deve pautar sua vida em conformidade com a perfeição de santidade, que será manifestada na volta do Senhor.
É para isto que todo cristão foi chamado por Deus; é para isto que ele deve viver, e por isso o Senhor nos tem falado pela palavra profética, que brilha como um farol, apontando-nos o porto seguro da Sua santa vontade para conosco em Cristo Jesus.
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“E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações;” (II Pe 1.19).
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A Origem das Manifestações Mundiais
Desde a chamada Primavera Árabe, com sua onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África; desde 18 de dezembro de 2010 envolvendo o Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã, Iêmen, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental há um movimento de guerras e rumores de guerras pairando sobre todo o mundo, especialmente pelo temor de uma possível terceira grande guerra sendo disparada, a partir dos recentes conflitos envolvendo a Rússia, Ucrânia e Crimeia, com a oposição declarada dos EUA e da União Europeia.
De onde emanou tudo isto em tão pouco tempo?
Por que o estado de inconformismo na população mundial não se manifestou anteriormente em termos tão incisivos?
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Por que a própria agenda da NOM somente agora está achando espaço para ser aplicada mundialmente?
É evidente que havia uma intervenção divina para que o mundo fosse trazido até este momento, sem estar debaixo de uma nova ameaça de um conflito de larga escala.
O Espírito Santo e o exército de anjos celestiais estavam colocando uma restrição, no plano satânico voltado para a destruição da humanidade e da criação de um governo mundial fascista, até então.
Todavia, como a iniquidade tem se multiplicado de forma avassaladora em todo mundo, e o homem não tem se arrependido de seu afastamento de Deus, e do respeito e obediência devidos aos Seus mandamentos, ao ponto extremo de apoiar as deliberações de líderes mundiais na aprovação de leis que são amplamente contrárias à moralidade prescrita por Deus na Palavra revelada, então os poderes espirituais celestiais que retinham o avanço da iniquidade têm sido retirados, e com eles, a restrição do antigo desejo da implantação de
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uma Nova Ordem Mundial baseada em princípios pagãos por parte de uma elite compromissada com o mal, que se opõe aos princípios divinos, também foi removida com a liberação dos juízos previstos no livro de Apocalipse.
Esta é a hora em que o comando para que os poderes destrutivos representados nos quatro cavaleiros do Apocalipse foi dado no céu, de maneira que seja revelada toda a hipocrisia da proclamada paz e segurança mundial que têm sido anunciadas desde os dias da Revolução Francesa no século XVIII.
Está sendo revelado o que há realmente no coração humano, quando não é governado pelo Espírito Santo e pela Palavra do Senhor.
Está sendo revelado o tipo de paz que o mundo pode oferecer, quando em vez de se deixar governar por Deus, segue debaixo da escravidão a Satanás.
A longanimidade de Deus aguardou por séculos, para que o homem se voltasse para Ele; porém como a
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condição espiritual e moral da humanidade como um todo só fez piorar, chegou então o momento do ajuste de contas, porque a iniquidade atingiu o ponto máximo que poderia ser suportada.
Esta mesma longanimidade esperou também por séculos até os dias de Noé, quando por multiplicação da iniquidade, não restou a Deus senão a alternativa de trazer o dilúvio em forma de juízo sobre toda a carne.
“1Pe 3:20 os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água,”
Os céus já não suportam ver toda a injustiça que é praticada em todo o mundo.
Os agentes da NOM estão tendo então, nesta época, a permissão para fazerem o que lhes estava sendo vedado anteriormente, e eles estão mostrando quanta agitação, inconformismo, conflitos, rebeliões e guerras podem produzir para trazer o caos social que será o argumento
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final, para a formação do governo mundial fascista que eles planejaram trazer à existência, há séculos.
“Apo 6:1 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!
Apo 6:2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
Apo 6:3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
Apo 6:4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
Apo 6:5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
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Apo 6:6 E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
Apo 6:7 Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
Apo 6:8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
Apo 6:9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
Apo 6:10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
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Apo 6:11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
Apo 6:12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue,
Apo 6:13 as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,
Apo 6:14 e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.
Apo 6:15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes
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Apo 6:16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro,
Apo 6:17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”
“2Ts 2:6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.
2Ts 2:7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;
2Ts 2:8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.
2Ts 2:9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,
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2Ts 2:10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
2Ts 2:11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,
2Ts 2:12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.”
Este é o momento próprio para o arrependimento e prática da santidade. Jesus está voltando. Já não haverá muito tempo para que possamos aprender a caminhar naquela verdade bíblica que nos levará à condição de sermos guardados por Deus, de todas as coisas que se apressam a vir sobre todo o mundo.
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O Grande Conflito Final
É no mínimo curioso se observar, que houve uma multiplicação de crenças em vários deuses no mundo antigo, apesar de ter sido ensinado por Adão e muitos de seus descendentes, que havia somente um Deus verdadeiro, criador dos céus e da Terra, cujo caráter santo, bom e perfeitamente justo lhes fora revelado.
Todavia, a natureza carnal (decaída no pecado) da humanidade sempre lhe conduzia ao paganismo, porque neste achava plena liberdade para dar livre acesso à prática da iniquidade, conforme a inclinação de seus corações.
Acrescente-se a esta tendência natural, a influência direta de Satanás, especialmente nos condutores das massas, lhes inspirando a dar-lhe culto de adoração pelas revelações malignas que lhes fazia, e, muitas delas sob a capa de lhes estar suprindo de sabedoria e poder para dirigir o povo sob sua direção.
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Tudo isto conduziu primeiro ao dilúvio; depois à dispersão de Babel, operados por juízos de Deus com vistas a preservar a humanidade da corrupção total.
Não muito depois disto, do meio de um povo completamente idólatra, com um culto estruturado a falsos deuses, inclusive com um enorme Zigurate elevado em honra a eles, em Ur dos caldeus, Deus chamou a Abraão para sair do meio deles para que formasse, a partir do patriarca, um povo para que Se revelasse ao mundo.
O próprio Abraão foi instruído acerca do caráter do Senhor, que lhe deu mandamentos e estatutos para que fossem transmitidos aos seus descendentes (veja Gênesis 18).
Mas, o maior propósito de Deus em tudo isto era o de formar um povo santo, numeroso como as estrelas do céu, que seria contado em todas as nações da Terra, através da sua união com o Descendente de Abraão, segundo a carne, que seria dado como Salvador do mundo, Jesus Cristo, que não somente morreria para
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perdoar os pecados daqueles que O amassem, como também passaria a viver neles em espírito, para que fossem transformados e recebessem a nova vida celestial, uma nova natureza espiritual.
Quando este povo chegasse ao número designado por Deus, no fechamento desta dispensação da graça, que seria inaugurada com a morte e ressurreição de Jesus seria autorizado a Satanás, que concluísse seu plano conspiratório, em razão da multiplicação da iniquidade em todo o mundo, de lançar nação contra nação em guerras e revoluções destrutivas, que gerariam o caos final que possibilitaria a ascensão do governo déspota satânico mundial na pessoa do Anticristo.
Este ódio e ressentimento entre as nações vêm sendo trabalhado pelo diabo há muito tempo, especialmente pela recriação de religiões cujos princípios são contrários ao caráter do único Deus verdadeiro que nos deu a Bíblia, e pela corrupção do cristianismo, especialmente por lhe dar líderes apóstatas, tanto no meio católico romano e ortodoxo, quanto no protestante.
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Valendo-se do ódio secular existente entre os árabes descendentes de Ismael, filho de Abraão, e os israelitas descendentes de Isaque, o filho de Abraão, através do qual Deus formou a nação através da qual traria Jesus ao mundo, Satanás produziu o Islã no século VI depois de Cristo, na Arábia, com o intuito de recrudescer este ódio, não somente por Israel, como também pelo cristianismo, uma vez que gerou um grande ressentimento entre as duas religiões, em razão da matança e pilhagem havida nas Cruzadas contra o Islã, e deste em todo o mundo pelo seu caráter expansionista, pela força da espada.
É isto que explica o desejo do Irã, da Síria, do Líbano, e de muitos outros países muçulmanos de destruir Israel e apagá-lo da face da Terra.
Vejam que nada disto tem a ver com Cristo e Seus mandamentos, especialmente os de amor ao próximo; inclusive aos inimigos, pela mudança de caráter dos seus seguidores para justo, santo, bom, manso, pacífico e humilde, em um coração puro, pelo poder do Espírito Santo que neles habita.
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O que teve Cristo a ver com os conflitos sangrentos entre católicos e protestantes na Irlanda?
Este ódio e ressentimento não foi obra de Cristo neles, mas de Satanás.
Quem inspirou líderes a criarem o comunismo para que houvesse sempre ódio e ressentimento entre os comunistas e os capitalistas?
Certamente não foi o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
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O Arrebatamento
O propósito de Deus na formação da Igreja foi o de conduzi-la às Bodas de casamento, como Noiva de Jesus, o Cordeiro de Deus, que a lavou de todos os seus pecados e a apresentará a Si mesmo, igreja santa, gloriosa, sem mancha ou ruga, ou qualquer outra coisa semelhante distinta da santidade divina.
Assim, as Bodas ocorrerão imediatamente após a Igreja ser arrebatada deste mundo para o céu, num abrir e fechar de olhos. Ninguém o verá, senão somente os que forem arrebatados.
Este arrebatamento tem sido profetizado nestes dias, segundo as visões e revelações que o Senhor Deus tem dado a muitos dos seus servos em todas as partes do mundo, lhes alertando para que se preparem através da santificação de suas vidas, para o encontro com Jesus no céu, entre nuvens, que ocorrerá brevemente.
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1Ts 4:13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança.
1Ts 4:14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.
1Ts 4:15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.
1Ts 4:16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
1Ts 4:17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
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1Ts 4:18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
1Co 15:47 O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
1Co 15:48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
1Co 15:49 E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
1Co 15:50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
1Co 15:51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
1Co 15:52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
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1Co 15:53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
1Co 15:54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
1Co 15:55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
1Ts 4:2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
1Ts 4:3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
1Ts 4:4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
1Ts 4:5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
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1Ts 4:6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
1Ts 4:7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
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A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo
Em seu livro, A Cruz Quebrada, o escritor católico Piers Compton faz a seguinte citação:
“Alguma indicação dos projetos proféticos, ou cuidadosamente planejados das sociedades secretas, pode ser lida em uma carta dirigida a Mazzini, datada a 15 de Abril de 1871, e catalogada na Biblioteca do Museu Britânico. Naquela época, as guerras foram conduzidas em uma escala relativamente pequena e restrita, mas esta carta, escrita há mais de quarenta anos antes do início do primeiro conflito mundial pode ser interpretada como uma previsão da Segunda Guerra Mundial, juntamente com mais dicas possíveis de uma terceira e ainda maior catástrofe que ainda está por vir. Aqui é citado:
"Vamos desencadear os niilistas e os ateus, e vamos provocar uma catástrofe social formidável que, em todo o seu horror mostrará claramente para as nações o
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efeito do ateísmo absoluto, selvageria original, e o tumulto mais sangrento.”
“Então, em todos os lugares, os cidadãos obrigados a se defender contra a maioria dos revolucionários mundiais irão extinguir os destruidores de civilizações, e a multidão, desiludida com o cristianismo, cujos espíritos deístas estarão a partir daquele momento, sem bússola, ansiosos por um ideal, mas sem saber onde praticar a sua adoração receberá a verdadeira luz, por meio da manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer, trazida finalmente para a visão pública, uma manifestação que resultará do movimento revolucionário geral que seguirá a destruição do cristianismo e do ateísmo, ambos conquistados e exterminados ao mesmo tempo."
Segundo Piers Compton, o Papa João XXIII estivera ligado à sociedade secreta Rosa Cruz, e que desde o citado papa, que convocou o Concílio Vaticano II com vistas a patrocinar o ecumenismo, a Igreja Romana vem sendo infiltrada por sacerdotes que têm contribuído para o avanço da causa dos illuminatis no mundo.
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Por seu turno, muitos líderes evangélico-protestantes têm se afiliado à maçonaria e contribuído, muitos deles, ingênua e ignorantemente, para a consecução do ideal illuminati da promoção de uma Nova Ordem Mundial, que é sinônima de governo do Anticristo.
Todavia, aos cristãos genuínos, fiéis e sinceros é feita a promessa de Cristo de que as portas do inferno jamais prevalecerão contra os mesmos.
Estando em Cristo, não podem ser abalados, porque Ele é uma Rocha firme na qual estão firmados pela graça, mediante a fé.
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Guardando-se Incontaminado de Babilônia
Babilônia, nos dias do profeta Daniel era um reino tão poderoso que diferentemente da forma da dominação Assíria, antes dela, que espalhava os povos conquistados pelo mundo, ela os conduzia para o seu próprio território, como foi o caso do povo de Judá que para lá foi levado por Nabucodonosor.
Babilônia era, portanto um misto de nações, pelo seu propósito de trazer a todos à cultura e à religião babilônica, conforme podemos inferir da adoração idolátrica que Nabucodonosor tentou impor a todos, sob ameaça de pena de morte àqueles que se negassem a se curvarem diante do ídolo de ouro que ele mandou erigir.
Daniel e seus três amigos que se encontravam com ele servindo na coorte babilônica, se guardaram de toda aquela idolatria e de toda forma de contaminação pagã daquele reino.
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Hoje, a grande Babilônia mundial que está sendo formada por via da globalização nos coloca à prova de modo muito mais amplo, para que consigamos resistir aos seus costumes e nos mantermos fiéis a Deus.
Os ídolos e os hábitos paganizados já não nos são apresentados de forma tão grotesca e direta como nos dias de Daniel. A Babilônia atual é sutil e sofisticada, e tem múltiplas formas de nos seduzir para nos amoldarmos às suas práticas abomináveis.
Por isso somos advertidos pelo Senhor Deus com as seguintes palavras de exortação:
“Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.” (Apocalipse 18.4,5)
Ainda que esta seja uma palavra dirigida ao juízo que será executado por Deus no tempo do fim, somos chamados a vigiar e a manter um procedimento
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inteiramente santo para o encontro com o Senhor entre nuvens, no arrebatamento que está se aproximando a passos rápidos de nós.
“A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tiago 1.27)
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A História se Repete em Maior Dimensão
“6 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.
7 Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã.
8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra.
9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá,
12 e Résem entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
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Além de Canaã, Cão, filho de Noé, gerou a Mizraim, Pute e Cuche. Este Cuche gerou além de outros filhos, a Ninrode, que foi o fundador da cidade de Nínive, capital da Assíria, e que havia principiado seu reino em Babel, a cidade onde Deus confundiu as línguas dos homens, agilizando e precipitando com isto, a formação das nações.
Diz-se de Ninrode que foi poderoso na terra, e observe que ele é filho de Cão, mas não na linhagem de Canaã, que foi amaldiçoado. Ele é filho de Cuche, outro dos quatro filhos de Cão.
Deste Ninrode se diz, que começou seu reino em Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Observe que são quatro cidades sobre as quais ele reinou no princípio.
Ele expandiu os termos do seu reinado partindo para a Assíria, onde edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá, e Résem que foi uma grande cidade que ficava entre Nínive e Calá.
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São citadas assim, oito cidades sobre as quais ele governou. Tendo iniciado, como vimos antes, o seu reinado entre aqueles que estavam em Babel, que tinham por propósito permanecer na região que teria o topo da torre que estavam edificando como referencial, para não se espalharem pela terra, e com isto estariam frustrando o plano de Deus de que toda a terra fosse habitada pelo homem.
Naquela ocasião, isto era facilitado pelo fato de todos falarem a mesma língua.
Se havia mais de uma língua na terra antes do dilúvio, a partir deste, é bem provável que a língua que passou a ser falada em toda a terra era a mesma que era falada pela família de Noé.
Era Ninrode, como vimos quem fundou Babel e governava sobre eles quando Deus, por ato miraculoso e extraordinário fez com que grupos e grupos falassem um idioma diferente, de modo que não podiam mais se comunicar mutuamente, e todos já não podiam mais
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entender e, por conseguinte acatar as ordens do governador.
É bem provável que tenha sido este, o motivo de Ninrode ter se dirigido para outras terras, para fundar novos reinos com aqueles que passaram a falar o mesmo e novo idioma que ele começou a falar.
O desejo dos poderosos da humanidade de ter um governo único sobre todo o mundo é antigo, como podemos ver na tentativa de Ninrode de se estabelecer em Babel, e para este propósito começou a erigir uma torre elevadíssima, que servisse de ponto de referência para a sua grandeza e concentração das massas debaixo do seu poder.
Àquela época havia uma única língua falada em toda a Terra, o que facilitaria em muito o seu intento. Todavia Deus o frustrou com a confusão de línguas, que obrigou os grupos distintos de mesma língua a migrarem para outras terras, formando as nações, conforme o Seu propósito divino de impedir que toda a humanidade viesse a se corromper debaixo de uma única liderança,
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conforme sucedeu nos dias que antecederam o dilúvio, e que deu causa ao mesmo.
Hoje, está sendo propiciado pela tecnologia, um intercâmbio mundial como nunca visto antes, com a derrubada da barreira linguística pelos modernos meios de tradução automática e instantânea, permitindo, por exemplo, que líderes de todas as nações possam se comunicar nas reuniões promovidas pela ONU.
Todavia, este intercâmbio tem em vista corromper o governo de todas as nações, para a execução do plano maligno de condução do Anticristo ao poder. É daí que decorre, que quase tudo o que é feito presentemente no mundo, por aqueles que detêm o poder, não tem em vista beneficiar a população de cada nação, senão que sejam mantidos e aumentados o poder e o controle financeiro mundial, pelas grandes corporações e pelos grandes bancos.
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A Grande Ceifa da Iniquidade
"1 O SENHOR Deus me fez ver isto: eis aqui um cesto de frutos de verão.
2 E perguntou: Que vês, Amós? E eu respondi: Um cesto de frutos de verão. Então, o SENHOR me disse: Chegou o fim para o meu povo de Israel; e jamais passarei por ele.
3 Mas os cânticos do templo, naquele dia, serão uivos, diz o SENHOR Deus; multiplicar-se-ão os cadáveres; em todos os lugares, serão lançados fora. Silêncio!” (Amós 8.1-3)
A iniquidade de Israel havia amadurecido, até o ponto de estar parecida com a daqueles frutos de verão em um cesto, que Deus mostrou a Amós em visão, e que significava que haveria uma colheita de juízo que seria feita com a opressão e cativeiro dos israelitas do Reino do Norte pelos assírios, o que ocorreu em 722 a.C., alguns anos após a profecia que foi entregue a Amós.
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A medida da iniquidade de Israel havia sido completada, tal como a dos amorreus nos dias de Moisés e Josué, e também como a de todo o mundo em nossos dias, de forma que a colheita será feita brevemente, e a foice do Grande ceifeiro há de passar sobre toda a Terra, para fazer a grande e final colheita de destruição do fruto amargo espiritual produzido pelos homens, em razão de terem escolhido viver sob a escravidão do pecado, rejeitando a liberdade do referido jugo, que está sendo oferecida gratuitamente em Cristo Jesus para todos aqueles que se arrependem.
Então, dar-se-á cumprimento à palavra revelada em Apocalipse 14.14-20.
“Apo 14:14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada.
Apo 14:15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
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Apo 14:16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada.
Apo 14:17 Então, saiu do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada.
Apo 14:18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
Apo 14:19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus.
Apo 14:20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios.”
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Comerciantes de Almas
Quantos ficaram felizes, quando viram que haviam por fim sido encarcerados alguns líderes que estavam furtando o dinheiro do povo.
Todavia, muitos daqueles que detêm o poder, não somente os políticos, como os que exercem domínio sobre eles, através do poder financeiro e da posição elevada que ocupam na sociedade furtam não somente dinheiro, mas almas. São comerciantes de almas e as vendem por nada àquele que é o pai da mentira, e que veio a este mundo com o único propósito de roubar, matar e destruir, não propriamente dinheiro e propriedades, senão almas.
Quando se nega às pessoas o direito de aprenderem sobre o caráter puro, santo e justo de Deus nas escolas; almas estão sendo furtadas daquilo que é o seu direito de receber, conforme ordenado pelo próprio Deus a toda a humanidade. Veja Deuteronômio 6.
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Quando se ensina e se incentiva a prática da luxúria e a promoção de eventos, para entreter o povo, nos quais Deus é escarnecido e negado abertamente, pela troca de obtenção de votos, e outros interesses, o que se está fazendo na verdade é o furto de almas. Eles visam somente à obtenção de riquezas e poder, e para isto fazem comércio com a alma humana.
Quantos não são chamados a venderem sua alma a estes comerciantes, corrompendo-se em seus costumes, para satisfazer os desejos deles e cumprirem seus propósitos tenebrosos?
Este é um grande comércio, sem limites, e se expressa das mais variadas formas com o uso de anzóis ocultos e enganosos, que são usados para pescar a alma de pessoas, com vistas à sua destruição.
Não é sem razão, que o próprio Jesus nos ensina a vigiar e a orar em todo o tempo, para que possamos escapar destes comerciantes de almas que estão a serviço do inferno.
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“Apo 18:1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
Apo 18:2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
Apo 18:3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.
Apo 18:4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;
Apo 18:5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.
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Apo 18:6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.
Apo 18:7 O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!
Apo 18:8 Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou.
Apo 18:9 Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio,
Apo 18:10 e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo.
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Apo 18:11 E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,
Apo 18:12 mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro, e de mármore,
Apo 18:13 e canela de cheiro, especiarias, incenso, unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.
Apo 18:14 O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão achados.
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Apo 18:15 Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando,
Apo 18:16 dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas, e de pérolas,
“Apo 18:17 porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos labutam no mar conservaram-se de longe.”
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Sermão Profético de Jesus Sobre o Fim - Mateus 24.1-31
“1 Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo.
2 Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.”
4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão.
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6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares.
8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão.
11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;
12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.
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14 E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),
16 então os que estiverem na Judeia fujam para os montes;
17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa,
18 e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa.
19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!
20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado;
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21 porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.
22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis;
24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito.
26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.
27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.
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28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados.
30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”
Jesus chamou de princípio das dores ao conjunto de sinais que antecederiam a sua segunda vinda, e que se estenderiam até ao tempo determinado para a consumação do século, que será marcado pela pregação do evangelho em todo o mundo, para testemunho a todas as nações (Mt 24.14), e à manifestação do
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abominável da desolação do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo (Mt 24.15).
Quando os discípulos perguntaram a Jesus quais seriam os sinais da Sua vinda e da consumação do século (Mt 24.2), o Senhor começou a lhes responder a partir do verso 4 de Mt 24.
E introduziu sua explicação com uma palavra de advertência para que eles não permitissem que ninguém lhes enganasse quanto a isto, porque muitos se levantariam com este propósito afirmando serem o Cristo (verso 5) e enganariam a muitos.
E além disto haveria guerras e rumores de guerras, mas nenhuma destas coisas seriam sinais do tempo do fim (Mt 24.6), e nação se levantaria contra nação, reino contra reino, e haveria fomes e terremotos em vários lugares, mas tudo isto seria também o princípio das dores que antecederiam a consumação do século e não sinais que marcariam a proximidade da sua segunda vinda (24.7,8).
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E no trabalho da igreja no mundo os cristãos seriam atribulados e mortos. Odiados de todas as nações por causa do nome de Jesus, e muitos se escandalizariam, trairiam e se odiariam uns aos outros, e dentre os próprios cristãos se levantariam muitos falsos profetas que enganariam a muitos.
A iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se esfriaria.
Mas em meio a tudo isto o evangelho será pregado em todo o mundo, e quando isto acontecer, quando a última nação for evangelizada, será determinado por Deus a marcha de todos os eventos previstos para a consumação do século (Mt 24.9-14).
Todos estes sinais correspondentes ao princípio das dores são comparados por Jesus como as primeiras contrações de um parto. E elas vão se intensificando cada vez mais à medida que se aproxima a hora do nascimento. E tudo isto terá o seu clímax no chamado período da Grande Tribulação, que precipitará todas as
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ocorrências, que culminarão com o retorno do Senhor (Mt 24.15-31).
É digno de nota que o Senhor nos alertou que sempre haveria falsos cristos e falsos profetas operando no mundo. Isto nos chama a sermos criteriosos e vigilantes, não dando crédito a qualquer um que alegue estar falando a nós da parte de Deus.
Falsos mestres e falsas doutrinas têm sido espalhados pelo mundo, e isto podemos aprender na história da Igreja, inclusive em nossos próprios dias. E assim, o Senhor nos alerta para que não deixemos ninguém nos desviar da verdade.
À medida que o tempo do fim se aproxima se multiplicarão os falsos cristos e profetas no mundo, semeando mais e mais a mentira e multiplicando com isto a iniquidade.
Note que o Senhor disse que eles farão sinais e maravilhas. Sinais e maravilhas não são portanto um meio seguro para sabermos se alguém está vivendo e
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pregando a verdade, porque os falsos cristos e profetas os realizarão em abundância.
Mateus 24.6, fala de guerras e rumores de guerras. E que é necessário que isto ocorra, e por isso não devemos ficar alarmados. Mas nada disto é ainda um indicativo seguro do tempo do fim.
No verso 7, Jesus fala de terremotos e fomes em vários lugares. O texto paralelo de Lucas inclui também pestilências.
Isso tudo está em andamento para marcar aquele tempo do fim.
As perseguições e ódio sofridos pelos cristãos durante toda a história da Igreja, se intensificarão próximo e antes do tempo do fim. E isso é mundial e precipitará o que está em Mt 24.10.
A pressão é tão grande da parte do mundo que começa a massacrar os cristãos que algumas pessoas que se identificaram superficialmente com Jesus Cristo, e como a semente ficou sufocada pelos espinhos, quando eles
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virem o preço a ser pago, eles se escandalizarão e não estarão dispostos a pagar aquele preço.
Assim eles odiarão os verdadeiros cristãos, e os trairão entregando-os aos seus perseguidores.
Eles os delatarão para serem mortos.
Isto ocorre frequentemente hoje em dia, em países muçulmanos, especialmente nos da chamada janela 10/40, mas se espalhará pelo mundo conforme predito na Palavra.
Mas os verdadeiros cristãos perseverarão até o fim, eles não negarão o seu Senhor, como estes cristãos nominais que trairão a muitos dos cristãos autênticos, especialmente no período da Grande Tribulação (os cristãos que estiverem na terra e que não foram arrebatados antes da Grande Tribulação).
E em Mt 24.11 lemos que muitos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Não falsos cristos agora, mas falsos mestres. E estes falsos profetas vão ensinar um erro infernal diabólico, satânico.
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Agora olhe o verso 12 que diz que por se multiplicar a iniquidade o amor de quase todos esfriará. Alguns fogem porque eles não pagarão o preço exigido pela fidelidade a Cristo. Alguns fogem porque eles são enganadores. E alguns retrocedem porque eles optaram pela iniquidade, que significa que eles violam a lei de Deus. E nós vemos isto começando a se multiplicar em nossos dias.
Em II Timóteo 3, Paulo descreve as características das pessoas dos últimos dias. Mas os cristãos que permanecerem fiéis em meio a tudo isto, ganharão as suas almas pela sua perseverança, como está afirmado em Lc 21.19.
Estes reinarão com Cristo eternamente.
E a última característica destas dores de parto que indicam o retorno do Senhor, é a pregação do evangelho em todo o mundo em testemunho a todas as nações. Antes que o fim venha, importa que o evangelho seja pregado em todo o mundo, a toda criatura.
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Apesar da perseguição, apesar das traições, apesar dos falsos cristos e profetas, apesar do inferno que lança os seus demônios por toda a terra, apesar do esfriamento do amor de muitos, apesar de guerras, fomes, terremotos, pestilências, o evangelho do Reino será pregado em todo o mundo. E então o Reino virá.
O engano citado em Mt 24.4,5, culminará com o maior engano de todos na pessoa do Anticristo que agirá pela eficácia de Satanás, enganando a muitos, que depositarão nele inteira confiança para a resolução dos problemas mundiais.
Ele será o último falso salvador que o mundo verá. O último falso messias. Por isso é chamado de Anticristo, porque é um cristo falso.
O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma referência à profanação, pelo Anticristo, do templo que ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é citada em Daniel 9.27.
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A exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de ter vencido as nações e exercido domínio sobre elas, e de ao subjugar o povo de Israel matando milhares deles, ter se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto de se assentar no templo, proferindo palavras contra o Altíssimo.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à tribulação daqueles dias”, isto é, imediatamente após o período da Grande Tribulação, ocorrerá a sua segunda vinda, e quando isto se der o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão abalados. Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão a Sua manifestação vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.” (verso 30).
Assim, o Senhor virá imediatamente após a Grande Tribulação.
E como mais um sinal da sua vinda, o Senhor disse na parábola da figueira que deveríamos aprender da lição que ela nos dá, porque quando os seus ramos se
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renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão está próximo. E assim a geração que testemunhasse estas coisas não passaria sem que tudo aconteça, pois ao virem todas estas coisas, saberão que Ele está próximo às portas (Mt 24.32-34). A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra ela renova a suas folhas. Assim, quando a geração que presenciar a Grande Tribulação referida pelo Senhor, precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar certa de que presenciará a volta do Senhor, assim como sabemos que o verão se aproxima quando a figueira renova os seus ramos e as folhas brotam. Assim os sinais estão reservados para as pessoas que estiverem vivendo no tempo do fim.
Muitos eventos cataclísmicos já acontecem desde há muito sobre a face da terra, mas em nada poderão ser comparados com as coisas que acontecerão próximo da vinda de Jesus, depois que o Anticristo tiver se manifestado.
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Os que creem em Cristo têm sido perseguidos e odiados pelo mundo ao longo da história da igreja. Muitos, em várias épocas e locais específicos foram vítimas de perseguições terríveis. Mas nada se comparará à que será empreendida contra os que confessarem a Cristo no período da Grande Tribulação, depois do arrebatamento da igreja.
Os que se converterem depois do arrebatamento haverão de sofrer as angústias terríveis relatadas em Mt 24.9,10. Isso excederá todas as outras perseguições. O mundo todo odiará por inspiração do Anticristo tanto os judeus quantos os cristãos.
Em Lucas 21 temos o paralelo ao ensino de Mateus 24. E no verso 20 de Lucas, temos o paralelo à abominação desoladora citada em Mateus 24.15. Lucas diz: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.”. E então complementa com as mesmas instruções que se seguem a Mateus 24.15: “Então os que estiverem na Judeia fujam para os montes...” e assim sucessivamente.
O que significa isto? Em Zacarias 14.1-3 lemos: “Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. Então sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha.”. E isto não é uma referência ao cativeiro babilônico porque já havia acontecido. E nem é uma referência à destruição pelos romanos, porque a profecia diz que as nações seriam juntadas contra Jerusalém.
Isto se dará no tempo do fim como está registrado em Lucas: “quando virdes Jerusalém rodeada de exércitos”.

Edition Notes

Published in
Rio de Janeiro, Brasil

The Physical Object

Format
Paperback
Pagination
xxviii, 329p.
Number of pages
329
Dimensions
21 x 14,8 x 2 inches
Weight
429 grams

ID Numbers

Open Library
OL25938322M

Work Description

Religião cristã

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September 2, 2016 Edited by Silvio Dutra Edited without comment.
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August 10, 2016 Edited by Silvio Dutra Edited without comment.
August 10, 2016 Created by Silvio Dutra Added new book.