Armor Pires Mota

Armor Pires Mota nasceu no dia 4 de Setembro de 1939, no lugar de Águas Boas, na freguesia de Oiã. Após efectuar a escola primária, entrou no Seminário de Aveiro, onde despertou para a vida literária, publicando o seu primeiro livro, intitulado “Cidade perdida”, no ano de 1960, e onde chegou a dirigir a Revista Semente, carreira que abandonou em 1961, ingressando então no ensino liceal, em Sangalhos.

Fez o serviço militar em Mafra e Estremoz, após o que foi mobilizado, em 1963, como alferes miliciano, para uma comissão de serviço na Guiné. Nesse período começou a publicar o seu “diário de guerra” no “Jornal da Bairrada”. As crónicas foram reunidas no livro “Tarrafo”, publicado em 1965, mas que rapidamente foi apreendido pela PIDE (polícia política do regime de então).

Apesar de ter sido empresário e fundador de algumas empresas, Armor Pires Mota tornou-se um conceituado jornalista e escritor. Como jornalista, colaborou numa vasta gama de jornais e revistas nacionais e regionais, com especial destaque para o “Jornal da Bairrada”. Como escritor, publicou dezenas de livros, dos mais diversos estilos e sobre os mais variados temas: poesia, crónicas, contos, romances, ensaios, monografias, investigação histórica e etnográfica. Armor Pires Mota figura em quatro antologias, e ainda no “Dicionário de Escritores e Poetas Luso-Galaicos” e no VI volume do “Dicionário Cronológico de Autores Portugueses”, organizado pelo IPLB. É sócio da Associação Portuguesa de Escritores e sócio fundador da Associação de Jornalistas e Escritores da Bairrada.

Em Maio, será publicado o livro “Avelãs de Cima – o Lado da História” e, em Outubro, o livro “Igreja de Oiã no altar da memória”, a favor do Museu de S. Simão. A aguardar publicação, estão os livros “Uns tamancos para o meu professor” e “A Parteira de Deus e outros contos de Natal”, “No coração da memória” (poesia) e “António Soares de Almeida Roque – o Comendador do Povo” (biografia).

No ano de 2001, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro atribuiu a Medalha de Mérito Cultural a Armor Pires Mota, cidadão que também desempenhou funções em colectividades locais, de âmbito desportivo, recreativo, social e religioso.